A partida entre Botafogo e Athletico-PR, inicialmente adiada devido a problemas na energia no Estádio Nilton Santos, foi posteriormente agendada para acontecer sem público. Essa decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) provocou críticas veementes, especialmente do colunista do "UOL", Walter Casagrande Júnior. O ex-jogador e comentarista esportivo expressou sua preocupação com os impactos da escolha da CBF no Campeonato Brasileiro.
Casagrande critica CBF
Walter Casagrande Júnior destacou que a CBF, ao decidir realizar o confronto sem a presença de torcedores no estádio, desequilibrou a competição pelo título brasileiro e as disputas por vagas diretas na Libertadores. Mesmo que Botafogo e Athletico-PR tenham sido consultados sobre o adiamento, Casagrande argumenta que o jogo sem público favorece o visitante e prejudica o Botafogo, que vinha se destacando em seus domínios. O ex-jogador ressaltou que a força da torcida é um elemento crucial para o desempenho das equipes que estão na briga pelas primeiras posições na tabela.
Além disso, Casagrande fez referência a casos anteriores, como os de Santos e Vasco, que foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e tiveram que jogar partidas com portões fechados. No entanto, esses times conseguiram se recuperar com o apoio de suas torcidas quando as punições terminaram. O comentarista argumentou que em um campeonato de pontos corridos, a igualdade de condições é essencial. Jogos sem público deveriam ocorrer apenas como resultado de punições, e não devido a falhas na infraestrutura do estádio, como a falta de energia. Casagrande questionou por que o Botafogo deveria sofrer as consequências de uma "punição" desse tipo quando está na disputa pelo título.
Uma das críticas mais contundentes de Casagrande foi direcionada aos torcedores do Botafogo que adquiriram ingressos para o jogo. Muitos deles viajaram de outros estados para acompanhar a partida de perto, e a decisão de realizar o jogo sem público os deixou frustrados. O comentarista argumentou que esses torcedores pagaram caro pelos ingressos e esperavam ver um espetáculo completo, não pela metade.
O jogo em questão terminou empatado em 1 a 1, e a controvérsia em torno da decisão da CBF de realizar o confronto sem público continuou a gerar debates entre os amantes do futebol brasileiro. A crítica de Walter Casagrande Júnior destaca a importância de se equilibrar a competitividade e garantir a igualdade de condições em um campeonato tão disputado como o Campeonato Brasileiro.
Por Thiago Guedes
