Veja análise de alguns comentaristas sobre a primeira partida do Botafogo no Campeonato Brasileiro
O Botafogo venceu o São Paulo pelo placar de 2 a 1, em partida válida pela primeira rodada do Brasileirão 2023. No Estádio Nilton Santos, Tiquinho Soares e Eduardo marcaram para o Bota, com Calleri descontando para o São Paulo.
Após a primeira rodada da competição, alguns comentaristas falaram sobre a estreia do Botafogo e o que esperar da equipe comandada por Luis Castro na temporada.
Comentaristas analisam vitória do Botafogo na estreia
Alguns comentaristas analisaram a vitória do Botafogo por 2 a 1 na estreia do Brasileirão, dentro do Estádio Nilton Santos.
André Risek, SporTV
Gostei da atuação de vários jogadores. Lucas Perri foi muito seguro, Cuesta fez de novo um bom jogo, Adryelson como sempre, Eduardo está jogando muito bem… O Lucas Fernandes entrou no lugar do Tchê Tchê e achei que melhorou o jogo, deu uma lucidez. Júnior Santos bem, Tiquinho muito bem, jogador muito inteligente… (Matías) Segovia entrou bem no jogo também. Nesse ano, o Botafogo estreia já com o elenco encorpado e tem tudo para fazer um campeonato melhor do que ano passado.
Esse tipo de gramado cria identidade com o jogo de velocidade que o Castro gosta. O Botafogo sempre foi um time muito mais reativo, que gosta de chamar o adversário. Eu conversei com o Luís Castro bem antes de o Botafogo decidir colocar a grama sintética e ele não entendia porque um país com o nosso clima tinha gramados sintéticos. Acho que ele não é exatamente fã desse tipo de piso.
Lédio Carmona, SporTV
O Botafogo tem um bom time, por isso que eu estava irritado com a campanha no Estadual. Não tem um timaço, mas está começando o trabalho com a SAF, achou bons jogadores, faz um trabalho legal de mercado. O Eduardo sempre foi um bom jogador, jogou aqui no Fluminense há muito tempo, é difícil ter jogador igual a ele, ele é raro.
Gilmar Ferreira, Extra
O time de Luís Castro superou três barreiras na noite de sábado (15): a emocional, que o afeta como mandante no Nilton Santos; a psíquica, que travava o time em estreias desde 2013; e a técnica, que por vezes justificou os tropeços na abertura de edições anteriores na divisão principal. Portanto, a vitória sobre o São Paulo de Rogério Ceni carrega motivos de sobra para animar os alvinegros. O Botafogo pecou por baixa a intensidade na marcação depois de abrir o placar, e por pouco não tropeça num adversário que carece de virtuosismo. Mas o gol no final o salvou do tropeço e coroou o belo momento do meia Eduardo.
Arnaldo Ribeiro, Canal Arnaldo e Tironi
É muito previsível. Não digo calmante, mas estou precisando tomar remédio durante os jogos. O roteiro é muito previsível. É a terceira vez que Rogério Ceni perde para o Botafogo do Luís Castro do mesmo jeito. Qual a formula, dá a bola para o São Paulo, que é um time time horrível e o técnico quer que jogue, e atua na bola aérea ou no contra-ataque. O São Paulo tem um zagueiro, Arboleda, se tirar a bola dele a chance de fazer gol é gigante. Perri fez boa partida, mas defesa difícil não teve. Foram defesas boas, mas triviais. Esse tipo de jogo com um monte de jogador grosso, perna-de-pau, não vai a lugar nenhum. O jeito dele (Rogério) é propor e o time dele é horrível. Não vai colar. Se não jogar pelos pontos, vai cair de divisão pela primeira vez na vida. Rogério está estragando a possibilidade de jogar de forma mais consistente, menos arriscada, o empate vale. Ainda mais fora de casa ou no mata-mata. Não em casa contra o Ituano.
Luís Castro é tão esperto que bota o time dele todo atrás, joga no contra-ataque ou bola aérea, porque o São Paulo vai falhar. O elenco do São Paulo é fraquíssimo, ainda mais com as lesões. Se o técnico não se adequar às limitações, vai cair. O futebol do Rogério tem que construir um bando de perna-de-pau, o time é uma bagunça. Voltou com um sistema bagunçado contra o Botafogo, tomou castigo, contra um adversário que é fraco e ganha do São Paulo toda hora, porque o técnico é inteligente. Rogério pôs um time mais ofensivo com as alterações no segundo tempo, ficou atacando com cinco ou seis. E o Luís Castro “dane-se”, ouvindo vaias, “vamos jogar atrás, não vamos errar”. É curioso um treinador que percebe que o time dele é um lixo e mesmo em casa sabe um ponto é diferente de zero. É o caso do Luís Castro. Todas as vezes que jogou com o São Paulo acabou com os três jogos, porque o São Paulo é um time ridiculamente previsível e o técnico tem a soberba da derrota.