Time toma virada para o Athletico, em Curitiba, e volta a exibir erros do tropeço para o Goiás

A virada que o Botafogo tomou do Athletico-PR por 3 a 2 deixou algumas lições para Luís Castro e seus jogadores. Foram poucas oportunidades criadas na Arena da Baixada e parece que mais uma vez o time se acomodou em campo (assim como contra o Goiás), algo que não pode acontecer de jeito nenhum em torneios mata-mata como é a Copa do Brasil.

Apesar dos 2 a 0 conquistados, o time não fez um bom primeiro tempo, mas soube aproveitar as poucas chances criadas. Mas tudo mudou no segundo tempo e o que era festa acabou se transformando em uma derrota amarga.

Botafogo recebeu lição e precisará aprender se quiser passar de fase

O Botafogo teve um inicio impressionante no Brasileiro e sua invencibilidade na temporada chegou a 15 jogos, mas o time sofreu a sua segunda derrota seguida na noite desta quarta (3 a 2 para o Athletico). A volta será no dia 31, no Nilton Santos, e o placar em si não chega a ser um drama e não há razão para desespero. Porém, é importante corrigir erros que voltaram a se tornar comuns e aprender algumas lições dadas nestas duas derrotas seguidas.

Mudança de postura

Luis Castro gosta de dizer que não quer a posse de bola e quer apenas a redonda na hora e no lugar certo. Muitas vezes a equipe treinada pelo português se sente mais confortável dessa forma, apostando na velocidade dos pontas. É uma estratégia que deu certo até domingo, mas o Botafogo precisa saber que terá hora que ele precisará mudar de postura. 

O time que se viu em campo pouco ameaçou os donos da casa. O Furacão teve o controle da bola dentro do campo de ataque, se movimentou, pressionou e recuperava rápido a bola quando perdia. Se você tem a bola no pé, você tem mais chances de acalmar o jogo, ditar a partida e de certa forma controlar a situação. 

A partida na Arena da Baixada teve uma rotação altíssima com as duas equipes lutando muito, cada uma a seu estilo. Mas quando o seu estilo de jogo não encaixa, você precisa mudar sua postura e ter saída para não ficar preso na pressão do adversário.

"Sentar" no resultado

O futebol é cheio de folclores e frases feitas, e umas delas diz que “2x0 é um placar perigoso, não pode achar que já ganhou." Isso porque, segundo estereótipos do futebol, na grande maioria das vezes o time que está ganhando pensa que pode ter uma vitória tranquila, mas se toma 1 gol as coisas começam a mudar dentro do jogo. Se ele sofre o empate, a certeza que tomará a virada se torna quase que 100%.

Nas últimas partidas, a vantagem no intervalo deu um certo conforto para o Botafogo se defender e contra-atacar, do jeito que gosta. Mas ontem o que vimos foi um time nervoso, atordoado, que criou e se defendeu mal. A verdade é que o time relaxou.

Quando a virada do Furacão na Arena da Baixada foi se desenhando, o time ficou abalado emocionalmente e não demonstrou nenhuma força para uma reação. No jogo contra o Goiás, a torcida disse que a impressão é que o Botafogo acha que pode construir o resultado a qualquer momento. Será? Ontem ficou claro que não!

Bola aérea

Era a nossa arma na temporada, mas agora parece que a mira virou para nós. Aliás o Botafogo sempre tomou muito gol de bola aérea, todo escanteio ou bola levantada na área parece um pênalti. 

No primeiro gol deles, o Vitor Roque aproveitou desvio de escanteio na primeira trave para marcar o 1° do Furacão. Pouco depois, Hugo perdeu a bola no meio-campo e na construção da jogada, Vitor Bueno soltou uma pedrada de canhota para empatar. Ok, esse não foi de bola aérea, mas o terceiro gol sim. Fernandinho se antecipou da marcação de Hugo em uma cobrança de falta para desviar de cabeça na primeira trave e virar o jogo.

Perigo do mata-mata

No início disse que o Botafogo também precisa mudar de postura e abrir mão das suas convicções quando seu estilo de jogo não encaixa. Porém vou ser honesto para reconhecer que o time até muitas vezes vem sendo versátil em 2023, conseguindo vencer de diferentes formas.

O time de Luis Castro sabe aproveitar as poucas oportunidades que tem para construir o placar. Porém, em torneio eliminatório, você tem que elevar isso e matar o jogo! O confronto está aberto, mas em torneios mata-mata você precisa aprender duas lições:

  1. A primeira, MATAR o jogo. Não se faz 2 a 0 e toma virada. 
  2. Não se cochila em jogo eliminatório. Quem se acomoda em resultado fica pra trás.
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