Suas ideias e projetos ambiciosos geram debates acalorados e dividem opiniões.

John Textor, o investidor norte-americano que adquiriu a SAF do Botafogo, tem sido o centro das atenções no futebol brasileiro. Suas ideias inovadoras e investimentos ousados prometem revolucionar o esporte no país, mas também geram debates acalorados e dividem opiniões. Neste artigo, vamos analisar a trajetória de Textor no futebol brasileiro, seus projetos ambiciosos e as polêmicas que o envolvem.

Um novo capítulo para o Botafogo

A chegada de John Textor ao Botafogo marcou um novo capítulo na história do clube. Com investimentos significativos em infraestrutura, contratações de jogadores e desenvolvimento de categorias de base, o Alvinegro busca recuperar seu protagonismo no futebol brasileiro. A SAF, modelo de gestão que Textor defende, promete maior profissionalização e sustentabilidade financeira aos clubes.

Essa é a qualidade que podemos esperar. Se nos unirmos como clubes no Brasil, vamos conseguir melhorar o padrão. Eu acho que o jogo foi incrivelmente bem apitado, o profissionalismo que vimos é o que o Brasil precisa. Eu sei que nossos torcedores ou torcedores adversários podem reclamar de uma ou outra situação de jogo, mas faz parte.

John Textor e a polêmica do fair play financeiro

Uma das principais discussões envolvendo John Textor diz respeito ao fair play financeiro. O investidor norte-americano tem sido criticado por alguns dirigentes por seus investimentos consideráveis no Botafogo, enquanto outros clubes enfrentam dificuldades financeiras. John Textor, por sua vez, defende a importância de atrair investimentos estrangeiros para o futebol brasileiro e argumenta que seus investimentos estão dentro das regras.

Nós estamos construindo uma organização, uma equipe. Estamos fazendo investimentos em jogadores e nós estamos gastando consideravelmente menos do que diz a lei do fair play sobre os 75% dos nossos rendimentos em vendas e em salários de jogadores. Acho que o Landim no outro dia disse que precisávamos ter regras porque lugares como o Brasil não têm essas regras, se um investidor vem e se aproveita do fato de que não temos as regras. Mas estamos em total concordância com todas as definições do fair play financeiro ao redor do mundo. Fui o primeiro a falar sobre isso. Eu disse que se não fizermos algo sobre teto salarial e convidarmos investimentos estrangeiros, vão vir de nações de riqueza soberana com dinheiro e petróleo, então nós realmente temos um problema. Sou um advogado do fair play financeiro, mas, por favor, não venham, não olhem para o Botafogo e digam que estamos quebrando as regras e que nós não poderíamos fazer isso em outros países porque nós poderíamos. Eu acho que é impressionante. Quando eu cheguei aqui dois e meio anos atrás, eu tinha três jogadores que jogaram na Série A. Comprei o time em março de 2022. Foi reportado que nós compramos mais cedo, mas isso não é verdade. A temporada começa cerca de 15 de abril. Tínhamos que construir do nada. Provavelmente é verdade em termos de investimentos, compra de direitos e de jogadores. Eu tinha que construir tudo de novo, enquanto nossos competidores têm grandes bases, grandes rendas e alto orçamento. É claro que eu estaria gastando mais do que eles estão gastando para construir meu time e ser competitivo. Me lembro de um torcedor de 17 anos que sempre me enviava comentários no Instagram. A maior parte do tempo era difícil, ele me dizia o quanto gostava de mim, nós perdíamos um jogo e eram xingamentos. Mas ele disse: “construa para nós um time competitivo, nós só queremos competir. Segundo, estou fazendo exatamente o que a Lei da SAF diz. Não sei por que isso ofende outros clubes. A estrutura desses negócios é que eles te entregam o clube e você se compromete a fazer um investimento significativo. Você preferia que eu comprasse banners ou extensões ou que comprasse jogadores para aumentar o valor? Se eu compro um jogador por 20 milhões e ele chega até a Seleção Brasileira, então talvez ele valha 30 milhões. A Lei da SAF convidou as pessoas para um investimento, os contratos me mandam investir. Agora que eu estou investindo de maneira inteligente, sinto dizer às pessoas, mas nossas vendas cresceram cinco vezes mais.

A relação com os torcedores e a hostilidade nos estádios

A relação de John Textor com os torcedores do Botafogo é marcada por paixão e expectativas. Enquanto muitos torcedores celebram os investimentos e as perspectivas de futuro, outros criticam a forma como o clube está sendo gerido. Além disso, John Textor tem relatado casos de hostilidade em jogos fora de casa, o que gera preocupação com a segurança e o clima nos estádios brasileiros.

Não tentem ler muito o fato de eu não ir para São Paulo assistir a um jogo. Eu tenho uma família que mora na Flórida, tenho outros clubes e eu olho o calendário. Vou admitir que amo os jogos de casa, amo o amor. Não gosto muito de ir para outros estádios e ver as pessoas levantando o dedo no meio para mim, falando a expressão que os torcedores do São Paulo estavam gritando quando eu estava passando por eles. Mas, não, só porque eu não vou para o outro jogo, não quer dizer nada. Na próxima semana eu tenho a primeira viagem do Lyon para a Liga Europa. Vamos jogar com o Olympiacos, que o dono é um grande amigo. Vou para esse jogo por isso. Eu não estou evitando São Paulo. Ando pelo aeroporto de lá o tempo todo. As pessoas são muito boas para mim quando não estão na arquibancada gritando contra. Acho que as pessoas apreciam que eu trago boas ideias ou más ideias, mas sempre ideias novas. Sinto muito amor dos torcedores brasileiros. Não estou evitando São Paulo na próxima semana. Eu realmente aprecio que o Julio (Casares) esteja aqui esta noite. Ele foi um dos primeiros que me recebeu no Brasil de uma forma muito boa. Sei que vocês todos estão reportando um monte de conversas sobre tudo o que aconteceu no ano passado, ou talvez não tenha acontecido, sobre as questões do fair play financeiro. É importante para as pessoas entenderem que os presidentes ainda podem ser amigos, eles podem ser muito civis um com o outro, podem advogar por seus pontos de vista de política pública. Como amigo, eu diria que foi ótimo vê-lo aqui. Demos um abraço forte porque não nos víamos há muito tempo. Nos dias de Libra, foi uma das pessoas que me recebeu melhor.

O sonho de construir um time competitivo e internacional

John Textor tem como objetivo construir um time competitivo capaz de disputar títulos nacionais e internacionais. Para isso, o investidor norte-americano tem investido em jogadores de qualidade e em uma estrutura de futebol moderna. No entanto, o caminho para o sucesso é longo e exige paciência e planejamento.

Por último, tem a questão dos vários clubes. Nós temos só uma vantagem sobre os outros clubes e é chamado de confiança. Quando eu tenho um problema com um zagueiro e preciso ir ao mercado encontrar um jogador, eu poderia ir para outro clube, eu poderia fazer um acordo com eles, poderia encontrar alguém que não está jogando muito e contratar, como Alex Telles. Se eu estou fazendo um acordo com outro clube, ou um acordo com um dos meus clubes, eu ainda tenho que ir no jogador que o convencer do projeto. Você não pode apenas dizer-lhes onde ir. Dizer que talvez você não esteja jogando agora, ou talvez não esteja com contrato, mas venha e nos ajude a ganhar títulos. Todo clube no Brasil pode fazer a mesma coisa que eu faço. Pegue o telefone, chame o outro clube, encontre um atleta, venda o projeto e contrate. A razão pela qual as pessoas estão vindo para nós agora é porque gostam do nosso projeto. Se não fosse o Adryelson, que veio do nosso clube [Lyon], seria o Vitinho, que veio de outro. Seria o Alex Telles, que veio de outro. Então, jogo justo significa que todos têm a mesma oportunidade. Todo clube pode ser um pouco mais criativo e fazer as coisas que eu estou fazendo. A Lei da SAF significa que todo pequeno clube tem a oportunidade de ir e encontrar um investidor. Coloque um plano de negócio, faça uma proposta, diga-lhes que o Criciúma é uma ótima oportunidade e deixe esse pequeno clube trazer um investidor. Isso traz dinheiro para o Brasil. É por isso que eles passaram a lei. Essa lei significa que todo pequeno clube pode ganhar um campeonato. E o que eles estão falando agora é: “ei, mudem essas regras”. “Se os investidores aparecerem, nós temos problemas. Se os multiclubes aparecerem, nós temos problemas”. Não deixe que eles te digam que precisam de fair play. Isso é Palmeiras e Flamengo, e esses grandes clubes se lamentam. É um pouco engraçado, certo? Acredito que todo pequeno clube no Brasil deve sonhar em ganhar um campeonato. Eu gosto do Rodolfo (Landim), eu gosto do Julio (Casares). É um bom debate sobre política pública. Eu vou falar com alguns dos outros presidentes. Acho que devemos ter essa conversa abertamente. Talvez um grande painel, todos nos juntarmos, deixamos o público ouvir. Respeitamos as ideias sobre o futuro do futebol do Brasil. É por isso que devemos fazer a liga que falamos. Podemos ter essas reuniões produtivas o tempo todo, como líderes desses clubes. Eu não acho que um grupo de cinco clubes se juntar e dizer que vamos nos encontrar, fazer sugestões e vamos dizer a todos o que fazer. Isso parece justo? Então, eu acolho o debate.

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