O duelo entre Botafogo e São Paulo pelas quartas de final da Libertadores promete fortes emoções. Após um primeiro jogo equilibrado e com muitas oportunidades, os jogadores alvinegros analisaram o confronto e projetaram o próximo capítulo. A partida, marcada pela intensidade e pela busca incessante pelo gol, deixou o torcedor ansioso pela definição do classificado.
O Jogo de Ida: Análises e Expectativas
O empate em 0 a 0 no Nilton Santos deixou um gostinho de "quero mais" para os torcedores do Botafogo. Os jogadores, por sua vez, destacaram a força do time e a dificuldade do adversário. Alexander Barboza, um dos destaques da partida, acredita que o jogo no Morumbi será mais aberto e que o Botafogo, com seu estilo de jogo, pode explorar os espaços deixados pelo São Paulo.
No primeiro tempo a intensidade foi muito alta, não deixamos o rival jogar. O segundo tempo, obviamente, é natural o cansaço. Talvez na segunda bola o time chegava um pouco tarde e isso dava mais espaço para eles. Mesmo assim, não ocasionou muito em situação de gol. Vai ser aberto. Eles aqui ficaram muito baixo. Acho que vão querer sair para o jogo. A torcida também vai empurrar para isso. E nós, quando temos espaço, somos um time bem difícil.
Matheus Martins, que entrou no segundo tempo, também vê a disputa como aberta e acredita na capacidade do Botafogo de conquistar a classificação. O jogador lamentou as chances perdidas e já virou a chave para o clássico contra o Fluminense.
Totalmente aberto. A linha de defesa deles fez um bom jogo, mas creio que a gente vai fazer um grande jogo também no Morumbi. Temos total capacidade de conseguir a classificação Eles vão ter o fator casa, com a torcida deles, mas vamos nos preparar para fazer um grande jogo lá e, se Deus quiser, conseguir a classificação. Criamos muito, tivemos chances de fazer até mais do que dois gols. Mas é o futebol. Agora temos que focar no fim de semana, temos mais um jogo muito importante pelo Brasileiro, para depois pensar no São Paulo.
A Força do Elenco do Botafogo e a Projeção para o Próximo Jogo
Marçal, um dos líderes do elenco, ressaltou a importância da chegada dos reforços e a competitividade interna do grupo. O lateral-esquerdo acredita que o Botafogo tem tudo para sair de campo com a vitória no Morumbi.
O resultado não foi o que procuramos, procuramos vencer o tempo inteiro. Tivemos muitas oportunidades no primeiro tempo, o gol não saiu, no segundo tempo também tivemos oportunidades. Ficou para decidir na próxima semana. Vamos focar agora no jogo do fim de semana e preparar bem para poder sair com a vitória lá. É ruim jogar sem o apoio da nossa torcida em massa, em casa temos tido esse apoio incondicional. Perdemos aí. Mas o jogo fora de casa é 11 contra 11, da mesma maneira que o São Paulo veio aqui e teve um resultado superpositivo pela maneira como se comportaram, vamos lá para buscar a vitória e temos tudo para conseguir. O pessoal que chegou está correspondendo, quem estava aqui também está querendo jogar e elevando o nível. É positivo para o Botafogo, independente de quem joga o interesse é sempre ganhar jogos e ajudar nossa equipe. Ainda mais em jogos importantes assim ninguém quer ficar de fora, essa disputa está sendo sadia e vamos deixar essa dor de cabeça para o mister.
Marlon Freitas, capitão do time, falou sobre a falta de eficiência e sorte no primeiro jogo. O volante destacou a importância de trabalhar a finalização para conseguir a classificação.
Foi um jogo muito aberto, buscamos o gol a todo momento, fomos uma equipe intensa. Faltou eficiência e um pouco de sorte. No segundo tempo tivemos um pouco de ansiedade no meu ver, erramos passes no meio, na construção que trabalhamos muito no dia a dia. O jogo está aberto. Vamos trabalhar para fazer mais um grande jogo lá, tenho certeza que vamos trabalhar essa parte aí para poder concluir em gol e sair com a classificação, que é nosso maior objetivo. Temos muita qualidade no meio, né? Foi um jogo muito difícil, o São Paulo veio muito fechado, você acaba tendo mais erro, porque acaba tendo que forçar passe, tentar entrelinhas. Gregore e eu tentamos ajudar na construção, o erro faz parte, o importante é buscar esse parte entrelinhas para Almada e Savarino. Trabalhamos isso no dia a dia, o problema é não fazer no jogo, ficar com medo de tentar. E eu arrisco mesmo. Quando acerto, vão bater palma, quando erro, vai ter uma vaia ou outra, faz a parte. Sobre ano passado, não gosto de falar. Eu já me achava forte, depois de tudo fiquei mais forte ainda. Sei quem sou, de onde vim, tenho base familiar boa, o grupo, o Mister me ajudou desde que chegou, estou rodeado de pessoas boas. Isso ajuda muito. Sou um cara muito tranquilo, trabalhador, batalhador, não cheguei à toa. Tenho méritos do meu trabalho, meu sacrifício, sempre falo isso, dos sacrifícios que fazemos longe da família. Nosso treinador está longe da família, em outro país, a família dele do outro lado do mundo. São cicatrizes que tenho, responsabilidade minha, carrego, aprendi muitos com meus erros, não estou tirando o meu, mas faz parte, bola para a frente.