CEO deu entrevista e falou sobre diversos temas no Fogão

Thairo Arruda, CEO do Botafogo, deu uma entrevista ao “CNN Esportes S/A”, neste domingo (16/07). O executivo do Botafogo falou sobre diversos temas envolvendo o Glorioso. 

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Entrevista Thairo Arruda - “CNN Esportes S/A” - 16/07

Abaixo, veja trechos da entrevista dada pelo CEO do Botafogo, Thairo Arruda, ao "CNN Esportes S/A".

Centro de Treinamento

De certa forma é um projeto de longo prazo, temos tratado com a Prefeitura, agradeço ao Eduardo Paes, que pessoalmente tem tratado conosco. Processo do setor público naturalmente é mais moroso que do setor privado, temos que ter paciência por essa terra para colocar em prática nosso projeto de CT. A ideia é ser CT multiuso não só para a SAF do Botafogo, mas o Lyon ter seu espaço para formar jogadores latino-americanos. O Lyon pode ter a área deles, metodologia deles e desenvolver atletas. E inclusive estamos querendo ajudar o clube social, tendo espaços em que possamos trazer benefícios ao clube social e aos esportes olímpicos. Clube social forte faz a SAF forte e vice-versa.

 

A Prefeitura no passado já teve concessão de terra nos terrenos de Fluminense e Vasco, quer fazer o mesmo com o Botafogo. Para desenvolver o esporte, a região, tem contrapartidas óbvias. O esporte tem que ser visto como um setor diferente, gera externalidade positiva, emprego, mexe com a paixão do torcedor. Tem que ser tratado com carinho pelo setor público. 

Conflito de interesse não existe, os próprios contratos têm outros acionistas, o que protege. Aproveitamos muito de sinergias. O Lyon já é consolidado como uma casa de shows na França, nosso diretor de operações foi lá e aprendeu bastante. O Lyon faz contrato com mesmos promotores que nós. Nosso departamento de scouting também tem os ajudado bastante. 

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Dívida

Essa dívida histórica do clube é uma responsabilidade da SAF, até pela lei, temos que fazer essa gestão, da maneira mais objetiva e correta. Não adianta fechar acordo com grupo de credores e não cumprir. Quando assumimos, o acordo era impossível de ser cumprido, do jeito que estava estruturado. Hoje, temos trabalhado com o clube social por formas mais eficientes de gerir esse passivo. Temos R$ 250 milhões em dívidas trabalhistas, no RCE (Regime Centralizado de Execuções), com correção pela Selic, hoje temos plano que vai nos dar mais fôlego para pagar esse passivo e ficou bom para os credores, porque não é tão oneroso quanto recuperação judicial. 

A dívida está entre R$ 900 milhões e R$ 950 milhões, R$ 250 milhões são trabalhistas, R$ 450 milhões na área cível R$ 250 milhões na tributária. Tem jeito de pagar, vamos provar e pagar. Assim que tivermos os novos planos de recuperação aprovados, vamos reduzir o passivo até acabar. 

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Tiquinho Soares

Com certeza. Tiquinho Soares hoje em dia é o melhor jogador do Brasil, pelos resultados, e fora de campo é uma pessoa incrível. O mercado de meio do ano é muito mais ativo, é natural o Botafogo atrair atenção de outros clubes. Hoje não somos desesperados por dinheiro, antes o clube era. Temos planejamento, se um dia tiver que vender jogador, que tenhamos planejado a reposição à altura. Confiamos muito no nosso scouting. 

Não, não sai. 

Nova Liga

O Textor, conversando muito com Cruzeiro e Vasco, decidiu formar esse grupo independente e se posicionar no meio. A gente cria uma forma mais tranquila de clubes migrarem para o entendimento. A gente vai convidar todo mundo para vir para o meio. Estamos estudando para capturar o que é melhor da Libra e o que é melhor do Futebol Forte e construir esse conceito intermediário.

O tema Liga tem tomado muito o meu tempo e o do Textor. Depois da Lei da SAF, talvez seja o projeto mais importante do futebol brasileiro. Isso realmente vai mudar o patamar que vivemos aqui, inclusive, em um nível de competição internacional. Isso tem que ser feito. A gente começou a discussão das ligas um ano e meio atrás e ainda temos os mesmos problemas sendo discutidos. O Textor disse que precisava resolver, pelo menos, a vida do Botafogo. Na minha visão, parece que se criaram grupos antagonistas, no qual um clube dificilmente migra para o outro lado. Parece que vai ser visto como um clube traidor e isso dificulta a união e a transição de um grupo para o outro.

A tão esperada união dos 40 clubes vai acontecer um dia. Tem que acontecer e vai acontecer. Ou por amor ou pela dor. Pela dor, vejo duas formas. Um dos grupos perdendo clubes e esvaziando ou o mercado ditando o que vai acontecer. Por exemplo, uma TV oferece mais dinheiro para Libra do que para o Futebol Forte. Os clubes vão querer ir para Libra. Isso deve acontecer um dia. A gente acredita que negociar de forma coletiva tem um valor muito grande. O caminho do Botafogo é pré-decisão coletiva. É entender qual coletivo a gente quer participar.

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Planejamento

Nosso plano é sempre de longo prazo. Também estamos um pouco entusiasmados com esse momento, não esperávamos estar agora na primeira posição com essa diferença. Esperávamos no futuro, chegou antes. Nosso horizonte é de longo prazo, com planejamento estratégico e sem loucuras. A visão é ser um clube sustentavelmente competitivo. O ano passado foi de sobrevivência, esse ano, o segundo, temos casa organizada, time competitivo. É o ano que chamamos de crescimento – explicou Thairo, que estimou aumento nas receitas.

O aporte que o John Textor está fazendo por contrato é o recurso que temos para cumprir esse gap entre receitas e despesas até atingirmos a sustentabilidade. Temos mais um ano e meio utilizando esses recursos extras para chegar em um nível financeiro em que o Botafogo seja sustentável. Temos desenvolvido novas formas de receita, quando assumimos era R$ 100 milhões, esse ano vamos fechar em R$ 250 milhões, no ano que vem estimamos R$ 300/350 milhões. Quando o Textor terminar aportes, esperamos estar em nível sustentável e competitivo.

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Novas Receitas

Nosso objetivo, nossa missão, é utilizar os recursos da melhor forma até ser sustentável. Ser competitivo sem queimar caixa. No Brasil, folha salarial está diretamente ligada à colocação na tabela. Quando cresce nível de receita, mais condição de elenco mais caro, mais condição de ganhar títulos. Mas se é uma receita que todos os clubes têm, não crio vantagem competitiva. Não é só gerar receitas, é gerar receitas que meus competidores não conseguem. Como business de show. Criamos uma receita que os outros não têm.

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