No duelo entre Botafogo e Bahia pelo Campeonato Brasileiro, o VAR, comandado por Igor Junio Benevenuto, anulou um gol de Júnior Santos, alegando impedimento de Damián Suárez. A decisão gerou revolta entre os torcedores e especialistas. André Henning, narrador do TNT Sports, criticou a decisão ao questionar a linha de impedimento traçada no jogador do Botafogo e no atleta do Bahia.
As Críticas de André Henning
Henning expressou seu descontentamento e pediu explicações:
Parece que traçaram a linha no cotovelo do jogador do Botafogo e no ombro do jogador do Bahia. A CBF e a Comissão de Arbitragem precisam explicar.
O jornalista exigiu transparência sobre os critérios usados e sugeriu que, em caso de erro técnico, todos os envolvidos no VAR deveriam ser afastados.
Tem polêmica sobre a linha de impedimento. Teve um gol anulado do Botafogo, traçaram linha, parece muito mal traçada. Com a palavra, a CBF e a Comissão de arbitragem para explicar por que colocam a linha no cotovelo do jogador do Botafogo e no jogador do Bahia no meio, no ombro. Precisam explicar. Olhando aqui, leigamente, erraram. Se foi um erro técnico, o cara é afastado. E aí tem que afastar todo mundo do VAR. Por que não tem uma voz ali, ninguém para falar não é o ponto mais próximo. Tem que explicar.
Com a palavra, a Comissão de Arbitragem da CBF, porque parece um erro muito claro. Tem que vir uma explicação para entender por que aconteceu o erro e afastar. Não é possível que o cara não saiba a regra. Até tem árbitro que não sabe. Mas tem que saber a regra e fazer exame de vista.
Comentaristas Discordam da Decisão
Os comentaristas do Grupo Globo, Pedro Moreno e Conrado Santana, também não ficaram convencidos pela marcação de impedimento no lance. Moreno argumentou que a linha deveria estar mais próxima do ombro, o que validaria o gol de Júnior Santos.
Pode subir a linha, até o braço dele. Estou realmente em dúvida com essa linha do impedimento do gol do Botafogo! Lance MUITO ajustado… Mas minha sensação é que essa marcação do Suarez deveria ser mais pra dentro, mais próxima do ombro, o que validaria a posição e o gol seria legal. Mas repito: muito ajustado!
Críticas ao VAR e à Arbitragem de Botafogo x Bahia
Walter Casagrande Jr., comentarista da UOL Esporte, criticou duramente o VAR e a arbitragem. Para ele, o diálogo do VAR foi escandaloso e a decisão de anular o gol foi incorreta.
Casagrande também destacou a falta de conhecimento e competência dos árbitros ao usarem a tecnologia:
Não foi impedimento do lateral do Botafogo. Na minha visão, o VAR anulou a jogada de uma forma errada. O áudio do VAR é tão escandaloso! Não é de roubo, de desonestidade, é de falta de conhecimento, de competência para trabalhar uma máquina. Os árbitros a cada rodada se escondem mais na responsabilidade e jogam a decisão principal de um jogo para o VAR, não conseguem decidir nada, eles não têm mais personalidade. Antes eles erravam, porque eram ruins, mas tinham que bancar, agora não bancam mais nada.
É muito claro. Na dúvida do impedimento, continua a jogada e vale o gol, se sair o gol, claro. O impedimento tem que ser claro, porque no futebol tem que valorizar o gol. Eu já falo isso há três anos, o VAR do Brasil trabalha contra o gol, a favor do impedimento. Quando o VAR chama o árbitro, está procurando o impedimento: “Vem ver o ombro do cara, o dedinho do cara.
O Textor fez um péssimo trabalho ao péssimo futebol brasileiro que já era péssimo de arbitragem. Ele foi tão mal, que hoje ele poderia espernear. John Textor hoje teria total razão de tirar a bandeira do Botafogo e falar um montão, mas ele não pode, está constrangido, porque já fez isso sem razão e sem provas. Eu vi o jogo, ouvi o áudio, olhei fotografia por fotografia, e não vi nada para você dar impedimento naquela jogada.
Além disso, Casagrande apontou que o VAR brasileiro parece trabalhar contra os gols e valorizar os impedimentos, pedindo mudanças no sistema de arbitragem.
O futebol brasileiro, não é só responsabilidade do Textor, tá?, é sem lei, tipo aqueles filmes de faroeste. O Campeonato Brasileiro é o Velho Oeste, não tem lei, aquele que atirar mais rápido vai ganhar, pode até atirar pelas costas.
Histórico de Controvérsias
Igor Junio Benevenuto, que estava no comando do VAR durante o jogo, já tinha um histórico de polêmicas com o Botafogo. Em 2014, expulsou dois jogadores do clube em um confronto contra o Bahia, gerando protestos de Emerson Sheik, que chamou a CBF de uma vergonha.
Em 2020, Benevenuto validou um gol do Internacional contra o Botafogo após interferência do VAR, contrariando as regras de reinício de jogo.
A Defesa do VAR
Apesar das críticas, Paulo Cesar Oliveira, comentarista do "Seleção SporTV", defendeu a decisão de Igor Junio Benevenuto. Segundo ele, o impedimento de Damián Suárez estava correto após a análise detalhada das imagens, ressaltando que o limite do impedimento deve ser considerado até a parte inferior da axila.
Temos chamado atenção que virou o campeonato da suspeição em relação à computação gráfica. Costumo dizer que é importante aguardar a divulgação do VAR da CBF, porque analisa com zoom, com imagem com melhor definição do que no telão e na televisão. Vendo o áudio divulgado pelo VAR, entendo que a posição era irregular. Procura posição do Arias e do Damián Suárez, na minha avaliação foi bem anulado. Já mostramos, e a CBF já reconheceu em outras oportunidades, erros, mas em jogada como essa temos que tomar cuidado. Quando é coisa muito evidente, muito aparente, pontuamos. O limite é a parte inferior da axila. É a parte permitida para fazer um gol. Quando olhamos a linha, comparam com Santiago Arias, aparentemente não está impedido, mas temos que aguardar o resultado, principalmente em fase aérea. Essa projeção no solo vai cortar alguma parte, vão dizer que cortaram braço, cotovelo.
Oliveira destacou ainda que a linguagem utilizada pelos árbitros pode ter sido mal interpretada, causando confusão sobre a marcação da linha.
Ficou parecendo reproduzindo que o operador fala “é o braço dele”. Foi no momento da linha vertical, tem que subir até o braço. Correto seria dizer até o braço, ou até a parte inferior da axila. Parece que consideraram o braço, mas foi um jogo de linguagem. É o sistema utilizado no campeonato todo, só tem a gritaria quando prejudicam o seu.