Por Thiago Guedes
O universo do futebol brasileiro tem estado sob os holofotes não apenas pelas jogadas em campo, mas também pelas declarações e comparações que vêm gerando debates acalorados fora das quatro linhas. Recentemente, a comparação feita por Alexandre Padilha, Ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, entre John Textor, acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, e o empresário Elon Musk, suscitou uma série de reações. Vinicius Assumpção, vice-presidente geral do Botafogo associativo, classificou as declarações de Padilha como "infelizes" e sem base na realidade do futebol ou na conduta de John Textor.
O Contexto da Polêmica com John Textor
Declarações de Alexandre Padilha
Em um evento sobre inteligência artificial em Brasília, Padilha comparou John Textor a Elon Musk, enfatizando suas ações no cenário global e suas implicações para o Brasil. Musk, conhecido por suas controvérsias e por ser dono do X (antigo Twitter), havia feito declarações polêmicas contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), o que levantou questões sobre a liberdade de expressão e a censura no país.
Este indivíduo (Musk), um milionário que tem interesse direto nesse tema, fez um ataque à Suprema Corte. Ele disse que a Suprema Corte está praticando a censura no país. Eu fiquei chocado, porque na última semana tivemos dois indivíduos que têm características similares. Um é o Textor, eu diria que é o X do futebol, que fez acusações ao futebol brasileiro, à Justiça Desportiva, dizendo de manipulação de jogo, sem trazer nenhuma prova, nenhuma prova. O outro é o X das redes sociais. Esses dois têm uma característica muito parecida, são bilionários que acumularam bilhões, bilhões, bilhões de reais nesse mundo globalizado, muitas vezes apoiando regimes antidemocráticos, como o apartheid, e se enriquecendo com a situação, ou fazendo campanha por golpes, dizendo que poderiam apoiar qualquer golpe no país e desrespeitando as instituições e o Estado democrático de direito com um país como o Brasil.
A Defesa de Vinicius Assumpção
Vinicius Assumpção, em defesa de John Textor, destacou a importância de separar as figuras e suas ações. Assumpção sublinhou o respeito de Textor pelas instituições brasileiras, evidenciado pelo seu cumprimento das obrigações tributárias e trabalhistas, além de sua presença em julgamentos, demonstrando seu comprometimento com o estado democrático de direito.
Uma infeliz declaração do Ministro da Secretaria das Relações Institucionais do Governo Federal, Alexandre Padilha, comparando o John Textor com o Elon Musk, como se fossem a mesma pessoa e tivessem as mesmas práticas. Como um representante do Estado brasileiro, o ministro deveria ouvir um dos maiores acionistas estrangeiros de uma SAF, em vez de soltar bravatas sem conhecimento de causa. Textor respeita as instituições e as Leis brasileiras, tanto que cumpre todas as obrigações tributárias e com a legislação trabalhista vigente. No seu julgamento no STJD, em que também fui julgado, fez questão de comparecer pessoalmente. Conheço o John Textor e posso afirmar que tem um grande respeito pelo estado democrático de direito, pelo Brasil e pelo seu povo.
O que me assusta é a histeria de vários setores da sociedade, inclusive de um ministro de estado, que tentam um julgamento precipitado, antes de entender o que realmente está acontecendo no futebol brasileiro. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!
As Implicações no Futebol Brasileiro
A Visão de Assumpção sobre o Julgamento Precipitado
Para Assumpção, o julgamento precipitado de Textor, impulsionado por declarações como as de Padilha, reflete uma histeria injustificada que não contribui para o entendimento do que realmente está acontecendo no futebol brasileiro. Segundo ele, é crucial distinguir entre as personalidades e as práticas antes de emitir julgamentos que podem afetar negativamente a imagem e as operações de entidades envolvidas no esporte.
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