Por Thiago Guedes
Rafael, lateral-direito, marcou sua trajetória declarando um amor profundo pelo Botafogo. Em uma recente participação no podcast da “Botafogo TV”, Rafael compartilhou histórias de sua carreira e reiterou seu amor pelo clube, anunciando uma decisão impactante: aposentar-se ao final de 2024, independente de títulos ou reconhecimentos individuais. "Não vou mudar de ideia. Posso ser campeão, jogando muito, ser o melhor lateral do Brasileiro, que paro", afirmou com convicção.
Desafios e Superação: Rafael e o Impacto das Primeiras Atuações
No início de sua jornada no Botafogo, Rafael enfrentou dificuldades. Lesões e a pressão de jogar no clube do coração pesaram, gerando ansiedade e afetando temporariamente seu desempenho. Contudo, com o passar do tempo, a paixão que inicialmente o atrapalhou transformou-se em força motriz, impulsionando-o a superar obstáculos e contribuir significativamente para a equipe.
No começo, quando cheguei, me machuquei, quando voltei atrapalhou um pouquinho. Hoje não. Botei na cabeça que não jogo sozinho, já dei entrevista falando sobre isso. No começo pensava que tinha que fazer tudo. Jogo sempre assim, tentava fazer mais ainda, ficava ansioso, queria fazer tudo de uma vez. Agora não atrapalha mais não.
A Influência de Marçal e o Carinho do Elenco
A amizade com Marçal, outro nome de destaque no futebol, e o apoio do elenco do Botafogo foram fundamentais na carreira de Rafael. Marçal, em uma mensagem emocionante, expressou admiração pela força de vontade e resiliência de Rafael, destacando seu retorno triunfante após lesões. O elenco do Botafogo demonstrou um carinho especial por Rafael, especialmente evidente durante seu aniversário, reforçando a atmosfera de fraternidade e apoio mútuo dentro do clube.
Fiz minha carreira toda lá fora, 15 anos. Foi uma emoção até maior, talvez por isso tenha atrapalhado no início. Nunca tinha jogado no Brasil, assistia aos jogos, via o Botafogo desde que estava lá fora. Pode perguntar ao Marçal, ele falava “está ficando maluco, porque está vendo esse jogo aí?” Depois veio jogar comigo aqui. Até jogos de madrugada eu via. Depois ia me virando.
Sempre fui muito Botafogo. Edgar Pereira que foi meu treinador e me levou para a Seleção sabe de várias histórias. Tinha jogo do Bot, eu era do Fluminense, tinha que respeitar, mas ficava vendo.
Lesões e Reflexões: O Dilema da Aposentadoria
As lesões desempenharam um papel crucial na decisão de Rafael de se aposentar. Apesar de ser um momento difícil, refletiram sobre o impacto físico e mental prolongado no esporte. Este período de reflexão foi marcado por apoio psicológico e uma compreensão mais profunda da importância do bem-estar mental. Rafael destacou a relevância do acompanhamento psicológico, que o ajudou a enfrentar crises de ansiedade e a preparar-se para o próximo capítulo de sua vida após o futebol.
Nem sei, cara. Nesse momento passa muita coisa. Eu só queria parar de jogar, só pensava em parar de jogar. Bate um desânimo. Porque nós vínhamos bem, eu estava jogando muito bem contra o Vasco. No meu melhor momento, me machuco de novo, lesão séria, falei para a família que queria parar. Ninguém quer sofrer o tempo todo, você quer mudar, fazer alguma coisa. Ali naquele momento só pensava em parar.
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Por Thiago Guedes
