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Luís Castro dá entrevista à BandSports; confira trechos

Técnico afirma que há muitos jogos no Brasil, mas elogiou bastante o futebol brasileiro

autorPor Thiago Guedes
Data Publicação:20/06/2023
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Luís Castro dá entrevista à BandSports; confira trechos

O técnico Luís Castro participou do programa "Baita Amigos", da BandSports. O treinador comentou sobre diversos temas e falou sobre o calendário de jogos no Brasil.

O treinador alvinegro também foi perguntado pelo ex-zagueiro Mauro Galvão sobre o atual elenco do Glorioso e falou sobre a sequência da temporada 2023.

Confira trechos da entre vista de Luis Castro abaixo. Aproveite e siga o Botafogo Hoje no Facebook, no Instagram e no Twitter e acompanhe as ultimas do Fogão.

Entrevista Luis Castro à BandSports - 19/06/2023

Confira trechos da entrevista de Luis Castro ao programa "Baita Amigos".

Sequência de jogos no Brasil

Começando pela loucura do futebol brasileiro, é loucura pela densidade de jogos. São muitos jogos. Embora na pandemia já tenha passado por isso no Shakhtar Donetsk, aqui no Brasil é por opção. O Brasil optou por condensar jogos, fazer de dois em dois dias, chegou à conclusão que o produto é muito vendável, o mundo também já chegou a essa conclusão, por isso a Fifa está a pensar em regulamentar tempo de descanso aos jogadores, que não são máquinas. Essa loucura penaliza fundamentalmente o futebol brasileiro, não deixa vender da melhor forma para o mundo. Só um jogador fresco consegue desempenhar seu máximo. Como regulamentar tudo isso, os gramados, o número de jogos, o número de lesões que vamos tendo ao longo do campeonato, é algo que não compete a mim, compete à CBF. Vamos ver como consegue equilibrar tudo isso.

Claramente é um número exagerado de jogos, não para nós treinadores, mas para quem está dentro do campo. As equipes em determinados momentos estão exaustas, com jogadores lesionados, suspensos, a forma como saem os amarelos do bolso dos árbitros é muito fácil, muitas vezes não é porque o jogador tenha propósito de agressão, é pelo cansaço, pela descoordenação mental. Temos um número demasiado de jogos já na temporada. Quando vim ao futebol brasileiro, sabia que ia apanhar por isso, aceitei em consciência. É um dos campeonatos mais difíceis do mundo, felizmente com jogadores e treinadores de grande qualidade, o que me dá prazer de estar aqui.

Pausa na Data-Fifa

Vocês sabem que quando voltamos ao nosso país temos sensações que nos invadem, um gosto enorme voltar ao país que nos viu nascer, na condição que voltei. Tenho estado pouco tempo nos últimos anos lá. Saí do Al-Duhail, passei no Porto para trocar mala e viajei para o Brasil. Agora foram dois dias em Portugal, vemos família, amigos, conversamos com pessoas, contamos histórias, ouvimos histórias e as histórias que contei desta vez eram bonitas.

Há uma coisa que eu gostaria de falar, sou treinador do mundo, não sou treinador português. Tive o Marinho Peres e Paulo Autuori como meus treinadores, eu não dizia “o treinador brasileiro”. Dizia o professor Paulo Autuori, o Mister Marinho Peres. Sempre disse que quem sai cedo de casa abraça o mundo, não o país. Não distingo pessoas, países, raças, nada. Treinador deve ser transversal ao futebol. Outra coisa que tenho bem consciente, tenho grandes amigos aqui, bons amigos treinadores no Brasil, não é nacionalidade que me faz saber mais ou menos. Aprendo muito com meus amigos treinadores.

Estilo de jogo de Luis Castro

Sou um treinador que gosto que minhas equipes controlem o jogo, joguem no momento ofensivo ocupando os três corredores, tenham variações, cheguem juntos à frente, ocupem a área com muitos jogadores. Mas depende do contexto que trabalhamos. Muitas vezes os objetivos ds clubes que representamos é diferente, em relação a jogar para ser terceiro e conseguir uma classificação para a Champions League do que ser campeão. Equipes que jogam para ser campeãs têm mais vitórias. Jogar de forma ofensiva me atrai, mas para jogar de forma defensiva todos têm que estar bem postados. No ataque podemos chegar com três e fazer um gol, ao defender com menos três você vai passar dificuldades. Apesar de ser ofensivo, o que mais peço para minhas equipes é para jogar para ganhar contra qualquer equipe do mundo em qualquer lugar do mundo. Só uma equipe bem equilibrada dá para a paz necessária para uma equipe atacar. Sou esse treinador.

Elenco e a sequência da temporada

É sempre difícil fazer essas projeções. As lesões vão nos atingindo, todos estão prontos para dar seu melhor, mas as equipes são formadas por pequenas sociedades dentro de campo, e esse conjunto de sociedades às vezes se quebra com lesões ou suspensões. Estamos conseguindo manter essa sintonia. Mesmo que tecnicamente um jogador não esteja no mesmo nível do outro ou o nível de entendimento do jogo não seja o mesmo, a nível mental e físico a equipe está em um nível muito bom. Há uma ou outra posição em que poderíamos fazer um upgrade e melhorá-la. Nós treinadores sempre queremos mais e mais, mas estou muito satisfeito com o elenco que tenho, muito satisfeito com os jogadores que tenho, que são muito determinados, têm muita ambição. Com esses valores de coragem, compromisso e respeito, podemos continuar no mesmo caminho. 

Confira mais declarações de Luis Castro logo após a publicidade abaixo.

Campeonato Carioca

A imprensa sabe o que o cliente quer, tem estudos no mercado, sabe quando o pico da audiência está, sabe o que vende menos. Em função desse GPS da imprensa, adotam um discurso e dá ao cliente aquilo que ele mais quer. E já percebeu que quanto mais problemas trouxer, mais será ouvido. O ser humano tem essa característica que é um paradoxo, muitos vão ver uma corrida na Fórmula 1 para ver se tem algum acidente. No futebol também acontece isso. Já senti muito isso, no final de um jogo do Estadual todos achavam que eu deveria sair, quase todos não entendiam como eu ainda podia continuar. Tive um conjunto de jogadores lesionados, eu dizia que quando a equipe estivesse toda ela teríamos melhores resultados. O Estadual não tem qualquer qualidade pelos terrenos do jogo e pelas formas como as equipes encaram o jogo, os jogos tinham 30% de bola rolando. Abordamos o Estadual com sete dias de treino. Não houve um interesse de analisar de forma profunda, mas nada me surpreendeu nesse momento. Já sabia que era assim. Não estou dizendo que não fizemos um Estadual horrível. Fizemos. Deveríamos ter passado para as semifinais. Mas aí a mídia pedir a saída de um treinador? 

Cobrança da torcida

A torcida eu entendo, a torcida é emotiva, vai ao estádio para expressar seus sentimentos. O que me choca de alguma forma são as pessoas que analisam pela rama, acho que todos que são profissionais devem dar seu máximo. No dia que eu tiver que sair por ser o culpado pelo que se passa internamente no clube, irei sair. E sairei agradecendo à diretoria, jogadores e torcida. Acho estranho como a imprensa se refere a nós treinadores de forma tão pouca correta e elegante, nos dando como incompetentes, que não viveram nada, não tiveram uma história. Custa muito perceber que podemos perceber a confiança no período de férias. Estive quase à beira de uma Libertadores e depois de dois meses já era incompetente. Quem penaliza os treinadores está penalizando o futebol brasileiro. 

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Por Thiago Guedes

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Sou Thiago Guedes, Jornalista e Publicitário. Fiz da internet o meu país e nas minhas redes sociais não coloco ninguém em vacilo. Aqui no portal, servimos bem para servirmos sempre! Você confere todas as noticias do Botafogo, os jogos do Botafogo hoje, horário do jogo do Botafogo, classificação e tabela completa atualizada e muito mais!

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