John Textor, acionista da SAF do Botafogo, está decidido a enfrentar a corrupção no futebol brasileiro. Após denúncias às autoridades, ele agora planeja lançar um documentário intitulado "Time to Set Fire", que promete revelar as entranhas da manipulação de resultados no esporte. Em entrevista ao site “GE”, Textor detalhou seus planos e a motivação por trás de sua cruzada.
Eu vim aqui para me divertir. Mas eu tinha que defender meu clube. Eu sabia que este dia chegaria. Eu acreditava que esta era uma partida de xadrez que eu venceria. Eu acho que leva um tempo, se o seu oponente for a corrupção, para saber que você vai levar um xeque-mate. Você só não sabe disso ainda. Então o que eu comecei a fazer foi planejar algo que posso anunciar hoje. Há um bem financiado documentário, que será distribuído globalmente, que estamos produzindo faz um tempo. Se chama ‘Time to Set Fire’. Botafogo, como vocês sabem, significa exatamente isso. Mas adquiriu um novo significado para mim. Porque eu percebi que deveria queimar a casa da corrupção.
A História e o Propósito do Documentário
Segundo Textor, "Time to Set Fire" não apenas contará a história de um grande clube, mas também destacará a luta contra a manipulação de resultados no futebol mundial. Ele enfatiza que o filme não será um ataque ao Brasil, mas sim uma celebração de como o país pode liderar a luta contra a corrupção no esporte.
É a história da origem de um grande clube, que já foi um dos maiores clubes da história do Brasil... Está acontecendo de novo... É a história de um grande clube, vencedor de grandes campeonatos, um fornecedor de jogadores para a Copa do Mundo, dos grandes jogadores da história do Brasil e que chegou muito perto de reconquistar a glória pela primeira vez desde os tempos de Montenegro e do grande campeonato de 1995. E não aconteceu. Foi dolorido. Fomos do melhor primeiro turno da história do Campeonato Brasileiro para o pior colapso da história do futebol. É assim que isso é citado fora do Brasil.
As Acusações e a Resposta do STJD
Textor não se arrepende das denúncias feitas e critica duramente o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por sua conduta. Ele destaca que o STJD não é um tribunal de verdade e que suas ações foram necessárias para proteger a integridade do futebol.
Eu fui obrigado a fazer isso. O STJD não é um tribunal de verdade. Eu acho que tudo isso deveria estar nas mãos de um promotor de verdade. Eu ocultei os nomes dos jogadores e entreguei de maneira confidencial para o STJD. Depois disso eu fui perseguido, na imprensa, pela Leila. ‘Mostre as provas! Mostre os nomes!’ Eu não sei quem é o responsável pela manipulação nesses jogos. Eu não posso dizer por que aconteceu, por que fizeram. Por paixão? Por amor? Por dinheiro? Eu não sei. Mas Leila não deveria ser a pessoa liderando a acusação contra mim, me fazendo mostrar evidências. Porque o Palmeiras poderia ser parte, o São Paulo poderia ser parte. Talvez um apostador, uma empresa de apostas poderia ser parte da investigação. Eu não tinha escolha a não ser mostrar as provas.
O Impacto Global de “Time to Set Fire”
Textor acredita que a manipulação de resultados é um problema global e que o Brasil tem a oportunidade de ser um exemplo na luta contra esse mal. Ele promete que o documentário será justo e fiel aos fatos, protegendo reputações e instituições enquanto expõe a verdade.
Sou acusado de fazer acusações sem provas. Mas eu não fiz acusações. Eu mostrei um relatório confiável, de um expert estabelecido, que diz definitivamente, com 99% de certeza, que o jogo foi manipulado. E menos de 48 horas depois eles (do STJD) dizem: ‘Não vale a pena. Não vamos investigar’. Mas eles nem leram o relatório. Eles nem me entrevistaram, nem entrevistaram a empresa (que fez o relatório), não checaram a credibilidade do expert. Mas, ironicamente, quando eles foram pressionados a fazer algo a respeito, eles não me convidaram de volta lá para mostrar as provas. Não é apropriado, é vergonhoso.
John Textor rebate crítica de ‘clube-satélite’ ao Botafogo
John Textor rebateu as críticas de que o Botafogo é um “clube-satélite” e explicou como funciona a Eagle Football, sua plataforma multiclubes. O empresário americano destacou a forma que os jogadores foram contratados e citou exemplos.
“A Eagle é bem clara. Todos os clubes merecem um título. Essa crítica de clube-satélite é usada normalmente em plataformas multiclubes nas quais há literalmente times menores que desenvolvem jogadores para serem aproveitados no clube grande. Eu diria que somos menos uma pirâmide e mais uma constelação. Pensamos que todas as comunidades merecem ser campeãs. Sabemos que essa comunidade ama o clube, os avós amam o clube. Eles não se importam com Lyon ou Crystal Palace. Isso é muito importante e por isso penso que somos diferentes. Eu não inventei a dinâmica na América do Sul ou nos Estados Unidos, onde cada jogador nas Américas do Norte, Central e Sul quer chegar até a Premier League. Isso aconteceu antes de mim. Eles se tornaram a maior liga do mundo não necessariamente porque têm os melhores jogadores, mas porque são mais organizados, é aí que chegamos nessa conversa de liga,” explicou John Textor, ao site “GE”.
“Estamos tentando reverter o fluxo. Eu estou tentando motivar jogadores de outras partes do mundo [a virem para o Brasil]. Thiago Almada estava nos EUA recebendo ofertas de clubes top da Europa, como da Espanha, e sim, nós pagamos um preço competitivo e demos a ele um planejamento razoável. Mostramos como seria legal ele vir e vencer pelo Botafogo. Ele chegou dizendo que quer ser um ídolo. Ele conhece os grandes jogadores do nosso passado. Eu não estou gastando uma grande quantidade de dinheiro em uma escala global. Esses não são grandes preços para atletas do topo. Eu apenas sou o primeiro a fazer o caminho contrário. Como a compra de 20 milhões é um recorde no Brasil? É um número pequeno na Premier League,” acrescentou.
A Influência da Eagle Football
John Textor ainda comentou sobre Luiz Henrique, que tinha possibilidade de ir para o Lyon, mas optou por permanecer no Botafogo.
“Dizer que o Botafogo é satélite… pegue seu telefone, eu te dou o número, ligue para o Mathieu Louis-Jean, chefe de scout do Lyon. Pergunto se ele está pronto para ter o Thiago agora. Pergunte se ele prefere que vá logo de cara. A resposta é sim. Foi o time aqui que identificou o jogador, que o convenceu a vir. É por isso que ele está aqui. O mesmo com o Luiz Henrique. Todo mundo sabe que fui até a sala da casa dele, da família, das ligações com o Botafogo. Eu dei a ele o direito em contrato de dizer, nessa janela, que quer voltar para a Europa. Ele veio, está amando e quer ficar mais,” ponderou.
“Esse temor se vão ficar pouco ou muito tempo, isso é com o jogador. Assim como a água flui para onde tem que ir, o mesmo acontece com jogadores. Escravidão e servidão acabaram há muito tempo. No futebol, é muito interessante. O clube detém os direitos, mas o jogador controla o acordo de prestação de serviço. Eles decidem onde querem viver, amar, rir e jogar,” disse Textor.
Fair Play Financeiro e Teto Salarial no Brasil
O empresário americano ainda lembrou que respeita completamente o fair play financeiro e pediu novas medidas no Brasil.
“Eu não violei as regras do fair play financeiro em nenhum lugar do mundo. Isso é usar a força do nosso balanço para comprar um ativo, os direitos de um jogador. O fair play financeiro no mundo, e por isso que eu chamei de fraude em um discurso que dei em Londres, é construído para manter os grandes times grandes, e os pequenos, pequenos. Pense nas regras. Você só pode investir 70% das suas receitas nos seus jogadores. Se você já é o Liverpool, ou o Flamengo, tem mais receitas que todo mundo. Se você colocar uma regra dessa aqui no Brasil, você sempre vai ter o Coritiba na parte de baixo da tabela. Essas regras são feitas para manter o status quo. Porque não tenho como alcançar do dia para a noite os 40 milhões de torcedores que o Flamengo tem. Isso é uma fraude, mantém os times pequenos embaixo,” criticou.
“Se queremos paridade, deveríamos fazer um teto salarial. A NBA, a NFL fazem isso funcionar muito bem. É negociado com o sindicato de jogadores. Cuida não só dos grandes jogadores, mas estabelece um pagamento mínimo para jogadores que estão começando. Estabelece dinheiro para aposentadoria de jogadores. Então, quando a carreira acaba, infelizmente muito cedo, há ajuda e suporte para essas pessoas seguirem para o pós-carreira. E todo mundo tem o mesmo nível salarial. É por isso que Cleveland consegue ganhar um campeonato e Nova York não. Toda cidade pequena na NBA tem chance de vencer um campeonato se for um clube bem gerido e tomar boas decisões. Fazer isso seria maravilhoso. Isso é fair play financeiro. Poderia ser feito no Brasil, não na Europa,” argumentou Textor.
A Situação do Futebol Brasileiro e o Papel do Bahia
Por fim, ele mostrou preocupação com a força que o Bahia pode ter, por ser do Grupo City.
“Se você não se importa, eu queria voltar para falar de um grande multiclube. Se não fizermos alguma coisa sobre o fair play financeiro aqui, deveria ser um teto salarial, porque não tem os problemas que a Europa tem com teto salarial. Seria um limite contido internamente. Você não poderia gastar mais do que essa quantidade de dinheiro e garantiria que o fluxo ajudasse os jogadores ao longo de todos os níveis. É possível fazer isso de forma bem saudável. Se você fizer isso ou nada, e esse é meu aviso para Corinthians, Palmeiras, Flamengo… Se não fizermos algo, vamos acordar daqui a 70 anos, sob a atual estrutura administrativa, com as pessoas que estão aqui hoje, o Bahia vai ganhar o Campeonato Brasileiro em 17 de cada 20 anos,” alertou.
“Eu amo as pessoas no Manchester City, as pessoas que trabalham lá são incríveis. Mas o fato é que o Brasil trouxe dinheiro do petróleo para casa. Se não fizermos algo agora sobre um teto salarial, o Bahia vai comer nosso almoço. Aquela cidade maravilhosa [Salvador], ótimo hotel, ótima comida, perfeita. Eles vão ganhar todos os campeonatos por 20 anos consecutivos. Lamento dizer isso para os torcedores do Flamengo aí fora. Esqueçam, acabou, acabou. Precisamos consertar isso agora. A Liga tem que ser feita agora, o teto salarial também,” avisou.
Estratégias Futuras e IPO da Eagle Football
Uma das estratégias que poderá ajudar o Botafogo será uma IPO da Eagle Football.
“Sim! Vamos registrar na SEC (Securities and Exchange Commission, a CVM dos EUA). Nós vamos preparar esse documento logo, nas próximas semanas. Na bolsa de valores de Nova York. Isso vai ajudar o Botafogo. Se for bem-sucedido, vai reforçar nossa base de capital, reduzir a nossa dívida, como por exemplo a que fizemos quando compramos o Lyon,” completou Textor.
John Textor revela que fará mais contratações no Botafogo e admite que pode haver saídas
O Botafogo vai fazer mais contratações. O clube trouxe Allan, Thiago Almada e Igor Jesus e buscará mais reforços. Quem confirmou foi o acionista da SAF, John Textor, em entrevista ao site “GE”.
“Sim (contrataremos). Mas a razão pela qual eu não falo os nomes é porque isso soaria como uma condenação a alguém que ocupa uma posição específica no campo. Mas os nossos melhores torcedores sabem onde estão as lacunas no time. Vamos fazer algumas coisas. Temos muito poder de fogo em diferentes posições do ataque, especialmente com os novos reforços, Igor (Jesus), o grande meia Allan e, obviamente, Thiago (Almada). Defensivamente estamos olhando algumas coisas,” listou Textor.
Possíveis Saídas e Empréstimos
Por outro lado, ele admite a possibilidade de saída de jogadores especialmente jovens, como Carlos Alberto e Segovinha.
“A cada janela tem um fluxo de água entrando e saindo. Então talvez não necessariamente vender, mas pode haver empréstimos para permitir aos jovens que tenham mais tempo de jogo. Nós realmente gostamos do nosso time. Temos grandes jogadores e estamos tentando descobrir como aproveitá-los. Trouxemos Carlos Alberto de volta, eu adoro esse jogador, todo mundo adora, é um atacante muito poderoso. Temos a volta de Matías Segovia, temos que lidar com algumas lesões. Temos que pensar sobre esses jovens jogadores em formação, vamos dar tempo e espaço para eles se desenvolverem. Acho que esses dois jogadores são muito valiosos para o mercado europeu. Não estou prevendo que esses dois serão necessariamente emprestados. É só um exemplo do que você deve fazer quando tem muitos jogadores. E agora sim, temos um time muito bom se formando,” explicou.
A Influência de Textor nas Decisões do Clube
John Textor participa de todas as decisões de futebol no Botafogo.
“Em todas. Eu assisto a tantos jogos, direto no campo ou por vídeo, quanto qualquer pessoa na organização, com exceção do nosso departamento de scout, que deve ver 20 vezes mais jogos do que eu. Mas isso apenas me prepara para fazer as perguntas certas. A Eagle é legal nesse sentido. Eu posso ligar para o Dougie [Freedman] no Crystal Palace e perguntar ‘o que acha desse jogador no Brasil?’. E ele já sabe porque está de olho em todo o Brasil. Obviamente o líder aqui no Botafogo é Alessandro Brito. Temos uma maneira simples de nos comunicar quando falamos de um jogador de ponta. Recebo feedbacks de Matthieu Louis-Jean, do Lyon. Então, quando você pergunta se eu me envolvo, eu me coloco no meio desses caras todos, eu reúno as opiniões deles. Mas não sou eu quem toma as decisões de futebol. Eles tomam. Eu apenas incentivo uma colaboração entre eles,” concluiu Textor.
Textor elege ‘jogador preferido no mundo’
Qual o jogador dos sonhos de John Textor? O que ele compraria na hora se pudesse? Em entrevista ao site “GE”, o empresário americano revelou qual o atleta e disse ter um no Botafogo que está nesse caminho.
“Bernardo Silva. É o meu jogador preferido no mundo. Ele não sabe disso, ele não se importaria, mas é o tipo de jogador que eu adoro. E realmente gosto muito desse perfil de jogador para nós. É por isso que temos o Thiago Almada. É por isso que temos Matías Segovia, que é uma versão jovem e em desenvolvimento de Bernardo Silva. Um jogador incrivelmente perigoso, que gosta de ter espaço, capaz de enxergar o campo, encontrar seus companheiros,” destacou Textor.
John Textor crê que Botafogo ‘não está jogando tão bem quanto pode’ e escolhe qual título prefere ganhar
Onde o Botafogo pode chegar em 2024? John Textor prefere não fazer prognósticos e nem coloca o clube como favorito, apesar da liderança no Campeonato Brasileiro.
“Ainda é cedo. Dado o que aconteceu em 2023, nós queríamos ter uma chance de competir e estar no topo cedo. Tem muitas equipes boas no topo, uma diferença de apenas três pontos, mas é muito bom estar lá,” afirmou Textor, ao site “GE”.
“Não estamos jogando tão bem quanto podemos. Temos um ótimo treinador, ele é ótimo com os jogadores e no vestiário. É um sistema novo, é diferente do que jogávamos no passado. Os jogadores e o técnico têm um nível de confiança e há a expectativa de brigar pelo título. Mas eu sou um torcedor, eu assisto a esses jogos como todos os outros. Não tenho expectativas, eu só tento aproveitar a jornada,” acrescentou.
O acionista da SAF do Botafogo escolheu qual título prefere ganhar este ano.
“Eu diria que o Campeonato Brasileiro,” disse.
Em relação à trajetória no Botafogo, ele tem orgulho por tudo que já foi feito e se arrepende apenas da saída de Bruno Lage em 2023.
“Voltando ao dia 11 de março de 2022, no momento em que assinamos o contrato de compra, nós tínhamos quatro jogadores com experiência de Série A a cinco semanas para o Brasileirão começar. Eu olho de volta para esse dia e foi significativo ter permanecido na primeira divisão. Recebi várias mensagens de torcedores reclamando, falando que eu era uma piada e pedindo um time competitivo. Voltando ao ano passado, cometi erros, foi horrível o fim da temporada. Eu reclamo de muitas coisas que aconteceram sobre manipulação, mas o fato é que poderíamos ter apenas vencido um jogo no fim do ano. Poderíamos ter segurado uma vitória por 1 a 0 no fim por duas vezes e seríamos campeões. Foi horrível. Estou muito orgulhoso hoje. Pessoas do estafe, cozinha, comissão técnica, funcionários… Como eles acordam e vão trabalhar todos os dias faz a diferença. Eu poderia ficar na minha casa dos Estados Unidos e não aparecer, mas olha onde estamos hoje. Temos uma nova chance,” destacou.
“Eu deveria ter ficado com o Bruno Lage. Ele teve um colapso por causa do futebol brasileiro, pela intensidade nas entrevistas coletivas. Ele é um grande professor. Os jogadores não se acostumaram com ele. Eles só queriam jogar futebol, e ele trouxe muitos ensinamentos e conceitos para o dia a dia. Eu acho que poderia ter ajudado com isso. Ele ganharia os seis pontos de que precisávamos (para o título), acharia uma solução. Pode ser uma controvérsia, é muito fácil ficar chateado com a pessoa, e não é que não tivemos bons treinadores depois, mas depois do Bruno a falta de continuidade foi culpa minha,” concluiu.
John Textor mostra preocupação com caso Vasco e 777
John Textor não gostou da saída da 777 Partners do Vasco. A razão é a insegurança jurídica que pode causar, uma vez que a empresa perdeu o controle do clube rapidamente na Justiça, mesmo tendo feito altos investimentos.
“Conhecendo os investidores por trás da 777, eu penso que o que aconteceu de errado no Brasil pode ser bem ruim para o país. Porque o clube social foi até o tribunal e tomou o controle do clube. Ele pode até estar certo sobre os problemas na 777, mas acho que deveriam ter esperado até a 777 violar alguma cláusula do acordo. O dinheiro por trás da 777 ainda está lá e é muito bem capitalizado. É uma grande empresa de seguros. Se eles escolherem cumprir com o contrato, eles têm todos os recursos financeiros para isso. Logo que começaram a surgir os problemas com a 777 ao redor do mundo, esse grupo assumiu o controle da 777 e eles estão preparados para cumprir as obrigações,” argumentou Textor, ao site “GE”.
O empresário americano está preocupado com a Justiça brasileira e citou até mesmo seu caso no Botafogo.
“Tem uma coisa estranha que acontece no Brasil, estranha na perspectiva de um americano, que as pessoas podem ir a um juiz em uma sessão secreta e dizer ‘Veja, é muito claro o que estamos dizendo’. E as outras partes não são convidadas para se defender, e o juiz toma uma decisão os colocando no comando do clube. Isso é insano. Tem um legítimo investidor multibilionário por trás do Vasco. O cara que deu o dinheiro à 777 e que efetivamente é o proprietário dos ativos agora,” lembrou.
“Vamos falar sobre o Botafogo rapidamente. Nós tivemos altos e baixos dentro da SAF desde que chegamos. Estamos aprendendo a lei. Sabe o quão próximo estivemos de talvez ter a mesma coisa acontecendo com a gente? Pegarem alguma coisa, dizerem que fizemos errado, ir até um juiz e tomar controle do clube. Isso ainda poderia acontecer com o Botafogo hoje. Eu sinto que o que aconteceu com o Vasco vai criar problemas daqui para frente. Vai ser muito difícil para as pessoas confiarem em investir no Brasil. Estou muito preocupado com isso,” finalizou.