O Botafogo visitou o Santos em São Paulo no domingo (23), em jogo da décima sexta rodada do Campeonato Brasileiro. A Estrela Solitária empatou em 2 a 2. Confira 5 análises que importantes comentaristas fizeram do atual momento do alvinegro carioca.
Contra todas as expectativas, o Fogão chega à 16ª rodada do Brasileirão com 13 vitórias, 2 derrotas e apenas 1 empate. É campanha de campeão e todos da mídia, que torciam o nariz no início do campeonato nacional, já começam a considerar o Botafogo como o próximo campeão brasileiro. Configura 5 análises de importantes comentaristas sobre o momento do Fogão.
Comentaristas falam do empate do Botafogo com o Santos
O empate do Glorioso por 2 a 2 com o Santos neste domingo fez com que alguns jornalistas e comentaristas opinassem sobre o resultado e a atuação do líder do Brasileirão. Veja abaixo alguns comentários da mídia após a partida.
Eugênio Leal, ESPN
O Botafogo deveria ter vencido o jogo, foi melhor que o Santos. No início, antes do primeiro gol, o time entrou um pouco displicente, pouco focado, descompassado, com muito espaço entre as linhas e tomou um gol de contra-ataque. Aí acordou a partir daquele momento. A ausência do Eduardo foi uma dificuldade. O Lage montou o meio-campo com três volantes, faltava aquele jogador que se aproximasse do Tiquinho Soares. Quando ele faz as substituições, o jogo muda, o Botafogo ganha volume ofensivo, consegue o empate e deveria ter virado. Aquela bola do Philipe Sampaio é um gol perdidaço. O Botafogo só jogou como Botafogo depois que levou o segundo gol.
André Risek, SporTV
Olhando o cenário (empate em três minutos), você pode considerar um resultado positivo. Mas acho que o Botafogo desperdiçou uma chance ontem de ganhar de um time inferior a ele, estava desatento no primeiro tempo. O próprio jogo mostrou que o Botafogo tinha todas as condições de vencer. A ausência do Eduardo teve um peso muito grande, porque não há no elenco um jogador com as características dele. Quando o Botafogo está sem a bola, o Eduardo sempre se coloca como homem referência para quando roubar a bola tocarem nele, e ele sempre joga de primeira. Quando o Botafogo não tiver o Eduardo, o Lage vai ter que encontrar outra formação para ter essa ofensividade. Com a ausência dele, o Tiquinho foi obrigado a sair muito da área, e com ele saindo não vai ter ninguém na área.
Rodrigo Coutinho, SporTV
O Botafogo se impôs inicialmente, até mesmo com um comportamento um pouco diferente do que víamos fora de casa, com uma marcação mais em cima. Se podemos dizer que Bruno Lage começou a fazer algo diferente, foi essa marcação mais alta. Nem foi a escalação do Danilo Barbosa, porque o Luís Castro fez isso várias vezes. O Botafogo começou sendo superior e aí leva o gol, talvez até por estarem desabituados com esse posicionamento em campo. Os dois gols do Santos foram construídos em contra-ataques, algo que é raro a gente ver o Botafogo levar. É um contexto muito difícil de vermos o Botafogo. Aliás, tem sido raro o time sofrer gols no Brasileiro.
O Eduardo faz muita falta no sentido do Tiquinho sair muito da área e não ter quem compensasse essas flutuações no espaço. O Júnior Santos tentou, o Luis Henrique também e o Tchê Tchê não é esse jogador que vai se colocar entre os zagueiros quando o Tiquinho faz a circulação.
Paulo Nunes, SporTV
Uma questão que pode ser colocada também é não ter torcida, mesmo contra. Jogador gosta da atmosfera de jogo. Vocês falaram de o Botafogo ter entrado desligado, não estar conectado, mas geralmente você entra meio mole num jogo como esse. Até você acordar, já foi. A falta do Eduardo é absurda, a do Victor Cuesta também. O Cuesta faz a construção pelo lado esquerdo, o Adryelson cresce muito com ele, mas sem o Cuesta você perde aquela saída de bola que é qualificada. E o Eduardo é um jogador que faz toda a diferença.
Ele (Bruno Lage) pode até parecer um pouco com o Luís Castro no trabalho, mas ele não é o Luís Castro. O trabalho é diferente. Os treinadores mudam a forma de treinar, isso é fato. Lage é um treinador muito bem conhecido pelo trabalho dele e ele vai fazer as intervenções que achar que devem ser feitas, independentemente se o time está organizado. É um trabalho dele, é a digital dele que está ali.
Pedro Ivo Almeida, ESPN
Ele pode até parecer um pouco com o Luís Castro no trabalho, mas ele não é o Luís Castro. O trabalho é diferente. Os treinadores mudam a forma de treinar, isso é fato. Lage é um treinador muito bem conhecido pelo trabalho dele e ele vai fazer as intervenções que achar que devem ser feitas, independentemente se o time está organizado. É um trabalho dele, é a digital dele que está ali. Por mais que alguém fale que não adianta ter aquilo ali no meio, ele quer tentar, analisar. Ficou claro que aquela formação de início não funciona, mas ele é bom treinador e vai entender isso. Não dá para tirar o contexto de que é início de trabalho. O Botafogo, queira ou não, vai ser um novo Botafogo. Não é que ele vá mudar tudo, mas não é mais o mesmo Botafogo do Luís Castro.