A ansiedade e a expectativa cercam a partida entre o Botafogo e o Fortaleza, que inicialmente estava marcada para terça-feira, na Arena Castelão, pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, uma decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adiou o jogo, alegando a necessidade de um intervalo mínimo de 66 horas entre dois jogos. O Botafogo, por sua vez, não concordou com o adiamento e buscou apoio junto à Federação Nacional e ao Sindicato de Atletas Profissionais, gerando discussões acaloradas no mundo do futebol.
A CBF argumenta que o adiamento se baseia na preservação da integridade física dos atletas, garantindo um intervalo adequado entre partidas. No entanto, os jogadores do Botafogo se mostram empenhados e confiantes em atuar na data inicialmente programada. Segundo informações divulgadas por "O Globo," os jogadores alvinegros não veem problemas em manter a partida agendada, mesmo sem o intervalo de 66 horas estipulado pelo Regulamento Geral de Competições (RGC).
Botafogo quer jogar
O Botafogo enviou um abaixo-assinado à CBF, no qual afirmou que estão plenamente de acordo com a manutenção da partida contra o Fortaleza na data original, destacando a atipicidade do caso e a falta de precedentes semelhantes. Eles também ressaltaram que a suspensão e a continuação da partida contra o Athletico Paranaense, que ocorreu no dia 22/10, não causaram modificações significativas na programação, sendo equivalente ao microciclo de treinamentos previamente estabelecido.
O clube carioca, insatisfeito com a decisão da CBF, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na esperança de manter o jogo na data inicial. Caso a partida não ocorra na terça-feira, a alternativa seria adiá-la para a próxima data-Fifa, que ocorrerá em novembro.
Do outro lado, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, apoiou o adiamento proposto pela CBF e destacou a necessidade de respeitar o intervalo mínimo de 66 horas entre jogos. Ele argumentou que abrir precedentes nesse aspecto, em uma competição com longas viagens e 38 rodadas, poderia ser prejudicial para o campeonato como um todo.
Quando questionado sobre a possibilidade de o Botafogo buscar manter o jogo para enfrentar um time reserva do Fortaleza, considerando a final da Copa Sul-Americana no sábado, Paz evitou polêmicas e respeitou a instituição adversária. Ele enfatizou que o adiamento acabou sendo positivo para o Fortaleza, permitindo mais tempo de descanso e foco na final.