Falta de organização e os momentos cruciais custaram pontos decisivos ao Botafogo

O Botafogo encerrou seu décimo jogo consecutivo com um empate, dessa vez contra o Cruzeiro em um 0 a 0, no Estádio Nilton Santos. No entanto, apesar das oportunidades construídas, a ausência de Eduardo, suspenso, acabou sendo um fator contribuinte para a falta de organização em campo, conforme apontado pelo comentarista Ricardinho.

De acordo com suas análises, a queda de desempenho não se restringiu apenas a esse jogo específico. A pressão que se viu em campo durante a partida contra o Cruzeiro refletiu a falta de reciprocidade entre o time e sua torcida. O histórico do segundo turno, a ausência de confiança e o nervosismo foram elementos cruciais que impactaram o desempenho dos jogadores. Apesar dos esforços, a falta de equilíbrio resultou em diversos erros durante a partida, mostrando um time que, apesar da velocidade nas ações, carece de organização.

Ricardinho enfatizou a necessidade do Botafogo combinar sua velocidade com uma estrutura mais organizada, ressaltando a importância da presença de Eduardo no time. O jogo se desenhou para o Alvinegro como uma batalha baseada na determinação e na busca incessante por oportunidades, permitindo ao Cruzeiro, em determinados momentos, contra-atacar. A avaliação final de Ricardinho, durante o programa "Troca de Passes", foi de que o resultado final, o empate, foi justo considerando o desempenho das duas equipes em campo.

Carlos Eduardo Mansur, outro comentarista, acrescentou que o peso dos resultados recentes, que culminaram na perda da liderança, também teve um impacto significativo no rendimento atual do Botafogo. Ele descreveu a maneira cruel como a queda no segundo turno afetou os torcedores do time, especialmente pelos desfechos dramáticos das partidas e pelas viradas sofridas, como se o destino estivesse lançando um último golpe.

Botafogo e os pontos perdidos nos acréscimos

Até o início de novembro, o Botafogo não havia sofrido gols nos acréscimos no Campeonato Brasileiro. No entanto, o último mês trouxe uma reviravolta nesse aspecto, com quatro gols sofridos nos momentos finais das partidas. Esses gols custaram sete pontos preciosos à equipe e distanciaram o time da disputa pelo título brasileiro.

Segundo informações do "UOL", se não fossem esses gols sofridos nos acréscimos, o Botafogo estaria à frente na tabela, com 70 pontos, em comparação aos 64 do Palmeiras, alcançando a liderança isolada do Brasileirão.

Os momentos críticos nos últimos minutos das partidas se tornaram determinantes. No jogo contra o Palmeiras, o Botafogo empatava em 3 a 3 até sofrer o quarto gol no último lance da partida. Confrontos contra Red Bull Bragantino, Santos e Coritiba também viram a vitória escapar nos momentos finais, resultando em empates que custaram pontos valiosos à equipe.

Em resumo, a falta de organização em campo e a sequência de gols sofridos nos acréscimos representam os maiores desafios enfrentados pelo Botafogo. Apesar da velocidade e da determinação demonstradas, a ausência de uma estrutura sólida tem sido um obstáculo recorrente. Resta ao time trabalhar nessas lacunas para reverter a situação e buscar um desempenho mais consistente nos momentos decisivos das partidas.