CEO do Botafogo Argumenta a Favor do Uso e Desafia Posicionamentos Contrários
O debate acerca da utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro ganhou força recentemente, com posições firmes tanto a favor quanto contra essa tecnologia. Thairo Arruda, CEO do Botafogo, revelou a existência de um movimento nos bastidores que busca proibir o uso desse tipo de superfície nos estádios do país, incluindo o Estádio Nilton Santos. Em uma declaração durante o podcast “Flashscore Brasil” durante o evento Confut Nordeste 2023, em Salvador, Arruda enfatizou a necessidade de um debate embasado em dados científicos e refutou a alegação de que o gramado sintético aumenta o risco de lesões para os jogadores.
Arruda expressou sua preocupação com a falta de embasamento estatístico por trás das decisões, destacando a necessidade de análises mais profundas antes de se chegar a uma conclusão definitiva sobre os impactos desse tipo de superfície nos atletas. Ele desafiou a narrativa predominante, salientando a importância de estudos estatísticos para verificar se de fato o gramado sintético está associado a um maior número de lesões.
Thairo Arruda defende gramados sintéticos e fala sobre críticas
O CEO do Botafogo enfatizou que a qualidade e as condições dos gramados naturais no Brasil frequentemente são precárias, com buracos e remendos, fatores que podem causar mais lesões do que os gramados sintéticos bem cuidados. Ele ressaltou as especificidades do gramado do Botafogo, que incluem uma camada de amortecimento, proporcionando aos jogadores uma experiência de impacto menos agressiva do que em gramados naturais.
Além disso, Arruda propôs à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a adoção de regulamentações para padronizar os gramados sintéticos, levando em consideração a diversidade de tecnologias e materiais empregados na construção dessas superfícies. Sua sugestão envolve estabelecer critérios de qualidade e durabilidade para esses gramados, visando garantir um padrão aceitável e limitando o tempo de uso para evitar desgastes que possam comprometer a segurança e a performance dos jogadores.
Em resposta a críticas recentes feitas pelo Flamengo sobre a temperatura elevada dos gramados sintéticos, Arruda defendeu o gramado do Estádio Nilton Santos, salientando a presença de cortiça, um isolante térmico natural, que, segundo ele, impede o aumento excessivo da temperatura. Ele desafiou a comparação direta, destacando as diferenças entre os materiais utilizados em diferentes gramados sintéticos.
Por fim, o CEO do Botafogo negou que o gramado sintético tenha proporcionado benefícios técnicos significativos ao clube. Ele contrapôs a ideia de que a fase vitoriosa do time coincidiu com a utilização desse tipo de superfície, apontando que o desempenho da equipe não apresentou uma correlação direta com o tipo de gramado.
O posicionamento de Thairo Arruda destaca a importância de um debate amplo e embasado em dados científicos para se chegar a conclusões sólidas sobre a viabilidade e os impactos dos gramados sintéticos no futebol brasileiro. Suas propostas buscam encontrar um meio-termo entre os defensores e opositores dessa tecnologia, visando estabelecer padrões de qualidade e segurança para o benefício dos atletas e do esporte como um todo.