Clube questiona não expulsão de Filipe Machado e critica critérios inconsistentes da arbitragem brasileira
O Botafogo enviou mais um ofício à CBF nesta quinta-feira (4/7) para reclamar da arbitragem após a partida contra o Cuiabá, realizada na quarta-feira na Arena Pantanal, pela 14ª rodada do Brasileirão-2024. A informação é do “GE”.
Reclamação Sobre a Não Expulsão de Filipe Machado
No documento, o Botafogo destaca a não expulsão de Filipe Machado, do Cuiabá, por uma falta dura em Gregore, jogador do Botafogo. O clube considera o lance como "totalmente injustificável e inadmissível", principalmente porque o árbitro de campo não solicitou revisão do VAR, algo que já havia ocorrido em partidas anteriores contra Fluminense e Vasco.
Trecho do Ofício
"Será necessário um atleta do Botafogo sofrer uma contusão séria, como uma fratura ou uma lesão ligamentar para que haja a intervenção necessária e pertinente do VAR? Cortes acarretando procedimento médico de sutura, mediante seis pontos, e cotoveladas causando sangramentos, pelo visto, ainda não foram suficientes."
Falta de Critério na Arbitragem
O Botafogo também reclamou da falta de critério no lance do pênalti de Lucas Halter em Isidro Pitta, comparando com um lance similar onde Júnior Santos foi derrubado dentro da área no jogo contra o Athletico-PR, no dia 19 de junho. A diretoria alvinegra relembrou outras entradas fortes sofridas por seus jogadores que não foram punidas com cartão vermelho, destacando uma "condução bisonha e em completa desmoralização" da arbitragem brasileira.
Consequências Institucionais
A situação agrava-se ainda mais com o processo movido pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, contra John Textor, dono da SAF do Botafogo, por calúnia. O clube enfatiza que tal processo "não pode nem deve causar qualquer tipo de influência nas competições".
Trecho do Ofício
"O fato de o Presidente da CBF possuir um processo criminal em andamento em face do acionista majoritário do Botafogo não pode nem deve causar qualquer tipo de influência nas competições. Porém, é inegável que lances reiterados como os narrados, sem qualquer tipo de expulsão ou atuação contundente por parte da Arbitragem, acabam por gerar uma grande preocupação da opinião pública."
Análise do VAR pela CBF
Em resposta, a CBF divulgou um vídeo com a revisão do VAR da falta de Filipe Augusto em Gregore. A VAR Charly Wendy Straub Deretti considerou que a entrada não foi com as travas da chuteira e que a intensidade foi "média", não recomendando a revisão do lance pelo árbitro Paulo Cesar Zanovelli.
A análise da VAR foi recebida com controvérsia, com muitos questionando a consistência dos critérios utilizados para julgar a intensidade das faltas e a necessidade de intervenção do VAR.
Impacto na Competição
A repetição de decisões controversas e a percepção de critérios inconsistentes por parte da arbitragem têm gerado um clima de insatisfação e desconfiança entre clubes e torcedores. A situação atual coloca em cheque a credibilidade da arbitragem brasileira e levanta preocupações sobre a equidade nas competições.
Ofício do Botafogo enviado à CBF
De modo totalmente injustificável e inadmissível, em que pese ser totalmente passível de recomendação de reanálise pelo Árbitro de Vídeo, o aludido lance (falta de Filipe Machado em Gregore), OUTRA VEZ, COMO OCORRERA NOS LANCES ANTERIORES ocorridos nas partidas contra Fluminense e Vasco, não fora objeto de revisão pelo Árbitro de campo via Monitor do VAR.
Será necessário um atleta do BOTAFOGO sofrer uma contusão séria, como uma fratura ou uma lesão ligamentar para que haja a intervenção necessária e pertinente do VAR? Cortes acarretando procedimento médico de sutura, mediante 6 (seis) pontos [caso de Tchê Tchê contra o Vasco], e cotoveladas causando sangramentos [Eduardo contra o Cuiabá], pelo visto, ainda não foram suficientes.
O fato de o Presidente da CBF, Sr. Ednaldo Rodrigues, possuir um processo criminal em andamento em face do acionista majoritário do BOTAFOGO, Sr. John Textor, não pode nem deve causar qualquer tipo de influência nas competições. Porém, é inegável que lances reiterados como os narrados, em intervalo de tempo curtíssimo entre eles, sem qualquer tipo de expulsão ou atuação contundente por parte da Arbitragem, e, posteriormente, da Comissão de Arbitragem e da CBF, acabam por gerar uma grande preocupação da opinião pública neste sentido.
Mais uma vez, o que se busca é a condução equilibrada, razoável e uniforme por parte da Arbitragem, com critérios minimamente padronizados, para que sejam evitados erros grosseiros como os que têm ocorrido em desfavor do BOTAFOGO. A Arbitragem brasileira vive um caos institucional com uma condução bisonha e em completa desmoralização, onde os líderes já não lideram, as regras do jogo não são mais respeitadas e erros grotescos passaram a ser normalizados.