A polêmica envolvendo o adiamento do jogo do Botafogo e as diferenças de tratamento da CBF
Na última segunda-feira, o comentarista André Loffredo abriu o programa "SporTV News" de forma bem-humorada, porém crítica, diante da confusão envolvendo o Botafogo e o adiamento do jogo contra o Fortaleza. O tema central da polêmica gira em torno da decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de adiar a partida, inicialmente prevista para terça-feira. O Botafogo ainda tenta reverter a situação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Loffredo ressaltou a insatisfação do Botafogo e criticou a CBF por ter adiado o jogo com o Fortaleza, originalmente marcado para terça-feira. Segundo o comentarista, o regulamento estabelece que, em caso de suspensão ou adiamento de partida, devem ser respeitadas 66 horas de intervalo. A CBF, no entanto, optou por uma solução que não agradou ao Botafogo: a continuação da partida contra o Athletico-PR, que havia sido interrompida no domingo, sem público no Estádio Nilton Santos. Essa decisão também foi alvo de críticas.
O segundo adiamento da partida gerou controvérsias, com o influenciador Felipe Neto entrando com uma ação, e a PM (Polícia Militar) se opondo ao jogo. Com esses acontecimentos, os argumentos da CBF para o adiamento do jogo contra o Fortaleza parecem estar perdendo força.
Um dos pontos levantados na discussão foi a carta enviada pela Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) à CBF, garantindo que não há impedimento para a realização da partida em menos de 66 horas de intervalo. A justificativa para essa flexibilização é o "fato imprevisível e extremamente atípico" envolvendo o jogo Botafogo x Athletico-PR, que teve apenas 39 minutos de duração.
Botafogo x Fortaleza será realizado?
O Botafogo recorreu ao STJD em busca de manter a data original do jogo contra o Fortaleza, mas a liminar foi indeferida. Enquanto isso, a CBF anunciou a possibilidade de adiar o jogo para uma data futura, possivelmente durante a data Fifa em novembro.
A falta de equidade na abordagem da CBF em relação ao Botafogo e ao Flamengo também foi destacada na análise. O Flamengo conseguiu adiar seu jogo contra o Red Bull Bragantino com relativa facilidade, enquanto o Botafogo enfrentou dificuldades para manter seu compromisso contra o Fortaleza. As relações entre o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o diretor de competições da CBF, Julio Avellar, foram citadas como um possível fator influenciador na decisão.
Além disso, a surpreendente preocupação do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, com o adiamento do jogo do Flamengo, uma semana antes da final da Libertadores, gerou questionamentos sobre os argumentos técnicos envolvidos nas decisões da entidade.
Por fim, a situação da partida do Botafogo contra o Athletico-PR, que foi continuada no domingo sem a presença de público, também foi objeto de críticas, visto que o Regulamento Geral de Competições respaldava a presença dos torcedores. A rotina de conflitos no Rio de Janeiro, inclusive com uma tragédia envolvendo a morte de um torcedor, trouxe à tona a discussão sobre a segurança na cidade.