Clube carioca aciona Ministério Público após relatório apontar discrepância de 21 pontos em sua pontuação

O Botafogo decidiu tomar uma atitude contundente em relação aos erros de arbitragem no Campeonato Brasileiro de 2023. O CEO da SAF, Thairo Arruda, confirmou que o clube irá acionar o Ministério Público após a divulgação de um relatório elaborado pela empresa europeia “Good Game!”. Esse documento revelou que o Botafogo poderia ter acumulado 21 pontos a mais do que o Palmeiras, líder do campeonato, até a reta final da competição.

A polêmica em torno desses possíveis equívocos tomou proporções ainda maiores após John Textor, acionista da SAF do Botafogo, compartilhar o relatório no último fim de semana. A análise realizada pela "Good Game!" apontou discrepâncias cruciais na contagem de pontos do time alvinegro em relação ao líder da competição nacional.

Comentarista fala sobre relatório do Botafogo

Em meio a essa discussão, o programa "Seleção SporTV" dedicou parte de seu tempo nesta segunda-feira para abordar o tema. O ex-árbitro e comentarista Paulo Cesar Oliveira trouxe à tona a perspectiva de que essa iniciativa do Botafogo poderia ter como intuito “pressionar a arbitragem”.

Vi a matéria publicada no GE. Sempre respeitamos a questão de interpretação, muitos lances nós debatemos aqui, como aquele mal anulado do Vasco contra o Palmeiras, mas tem muitos lances interpretativos que no debate entre nós dividiram opinião. Seria um trabalho melhor executado analisar todos os lances do campeonato todo. A arbitragem tem critério que às vezes muda de um jogo para o outro ou de uma competição para outra. Quando se entra em lances interpretativos, tem que respeitar opiniões. Com todo respeito à empresa e à direção do Botafogo, o relatório divulgado neste momento é com muito mais intenção de pressionar e jogar pressão na arbitragem.

No entanto, o apresentador André Rizek esclareceu que a divulgação do relatório pelo acionista do Botafogo aconteceu em um contexto específico, vinculado à defesa de John Textor perante o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ao processo criminal movido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra ele.

"No caso, (Textor) precisou divulgar agora porque faz parte da defesa dele no STJD e do processo criminal que a CBF move contra ele", destacou Rizek, evidenciando a relação direta entre a divulgação do relatório e a situação jurídica em que o acionista se encontra.

Compartilhar no: