A trajetória de Tiquinho Soares no Botafogo se deparou com uma encruzilhada desafiadora. Assim como o clube, o artilheiro enfrenta uma fase de escassez, passando por um jejum de cinco jogos sem encontrar as redes adversárias. A ansiedade da torcida, expressa nas redes sociais, reflete a preocupação crescente com o desempenho do ídolo, que até contribuiu para um gol contra no último empate com o Fortaleza, por meio de Brítez, mas, de maneira geral, tem apresentado um rendimento abaixo do esperado.
O panorama se torna mais complexo ao considerar que o rendimento de Tiquinho está aquém do seu padrão. Erros em tabelas e passes que anteriormente não faziam parte de seu repertório evidenciam uma queda na eficiência que era sua marca registrada no Brasileirão. Este declínio é ilustrado pela perda da posição de principal artilheiro, agora com 16 gols, contra os 17 de Paulinho, do Atlético. Uma distância que já foi de seis gols e parece encurtar rapidamente.
Tiquinho Soares em má fase
Mas o que levou a essa transformação no desempenho de Tiquinho? Além da queda na confiança técnica, assim como todo o time, o atacante do Botafogo enfrentou duas lesões que possivelmente impactaram sua mobilidade. A primeira delas, no joelho esquerdo, o forçou a acelerar sua recuperação para retornar ao clássico contra o Flamengo, em 2 de setembro, aproximadamente duas semanas antes do previsto. Recentemente, surgiram notícias sobre um familiar próximo de Tiquinho sofrendo de uma doença grave, possivelmente seu pai, residente em Natal.
Entretanto, houve um período promissor desde então, quando marcou seus últimos três gols em quatro jogos no início de outubro (contra Goiás, Fluminense e Athletico). Curiosamente, todos foram marcados no Rio de Janeiro. Embora tenha sido crucial em partidas fora de casa durante o primeiro turno, 12 dos 16 gols do camisa 9 do Glorioso foram anotados em solo carioca.
A possibilidade de perder a titularidade Assim como ocorreu durante a demissão do técnico Bruno Lage, existe a chance de Tiquinho Soares perder sua vaga de titular com a chegada de Tiago Nunes. A impaciência da torcida, assim como de membros da diretoria, tem se intensificado. O novo treinador teve contato com o centroavante apenas nos últimos dois treinos devido à sua última lesão. No confronto contra o Santos, no próximo domingo, é provável que mantenha Tiquinho para avaliar a reação da equipe titular diante da torcida no Nilton Santos lotado.
No entanto, Diego Costa está buscando seu espaço, com gol e um recente desempenho notável no ataque. Além disso, o veterano possui uma energia contagiante, capaz de inspirar os companheiros e incendiar o jogo dentro de campo. Uma característica vital para o momento atual do Botafogo. Tiquinho, por outro lado, é mais reservado e se comunica pouco durante as partidas, algo intrínseco à sua personalidade.