O Botafogo viu-se imerso em um contexto desafiador antes da chegada da SAF (S/A Futebol). O que parecia ser uma busca incessante por um título nacional, transformou-se em um resgate necessário da estrutura e organização do clube. Em uma entrevista exclusiva ao podcast “Flashscore Brasil”, o CEO do Glorioso, Thairo Arruda, desvendou os bastidores da transição e as etapas da impressionante evolução que o clube alcançou desde então.
Thairo Arruda fala da transformação do Botafogo
Thairo não hesitou em recordar um momento peculiar e, ao mesmo tempo, simbólico, do estado em que encontraram as instalações do Botafogo quando Luís Castro assumiu o comando, em março de 2022. A imagem de uma parte do teto desabando sobre a mala do treinador, contendo até mesmo vestígios inesperados de um vaso sanitário, tornou-se um retrato da degradação estrutural enfrentada pelo clube naquele momento.
"O Botafogo estava realmente destruído em todos os aspectos. No dia da apresentação do Luís Castro, fomos mostrar a sala dele e de repente cai uma parte do teto em cima da mala dele, e estava debaixo de um vaso sanitário. Caiu literalmente xixi na mala do Luís Castro no primeiro dia dele. Abençoou, tem até que descobrir quem fez aquele xixi (risos). Mas foi um episódio lamentável. Não tinha água quente para jogador tomar banho", relatou Thairo Arruda, com um tom de quem relembra desafios superados.
Contudo, o CEO destacou as mudanças drásticas desde então, apontando investimentos significativos em infraestrutura, reforço da equipe e melhorias na gestão como pilares da transformação. O Botafogo não apenas recuperou-se, mas também tornou-se uma referência em solucionar problemas, graças ao esforço conjunto de toda a estrutura administrativa.
"Não tinha nada disso no Botafogo. Tivemos que imediatamente começar investimentos em manutenção urgente na estrutura. Quando assumimos, havia 30 pessoas na administração, não tinha ninguém no departamento comercial, havia empresas interessadas e não sabíamos o preço da camisa, não tínhamos área de suprimentos e compras, jurídico interno… Não tinha nem RH. Quando assumimos a SAF, tínhamos 30 funcionários no setor administrativo, e hoje temos 97. Em um ano e meio, mais do que triplicamos a capacidade produtiva da SAF em todas as áreas", explicou Thairo, ilustrando a magnitude das mudanças implementadas.
A ênfase na gestão foi outro ponto crucial ressaltado por Arruda. Ele enfatizou que uma gestão eficiente transcende a dependência de indivíduos específicos, estando fundamentada em processos bem estabelecidos e uma estrutura organizacional sólida.
"Hoje o cenário é completamente outro. Temos uma infraestrutura muito mais adequada às necessidades do clube, temos pessoas extremamente capacitadas, o Botafogo hoje é uma máquina de resolver problemas. E sobre gestão, quando ela é bem feita, significa que não depende de pessoas, porque tem processos, rotina, está inserida na estrutura. Se eu ficar dois meses fora, sem ligar o celular, o Botafogo roda sem mim, porque há gestão", enfatizou Thairo, ressaltando a autonomia conquistada pelo clube.
A história do Botafogo sob a gestão da SAF é uma narrativa de superação, resiliência e comprometimento para reconstruir um clube outrora abalado. A transformação não apenas consolidou uma base sólida, mas também posicionou o Glorioso em um novo patamar, pronto para enfrentar os desafios futuros com confiança e determinação.