O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tem se deparado com novos desafios em suas julgamentos, especialmente no que diz respeito à violência nos estádios e à manipulação de resultados. O caso dos bonecos enforcados com os rostos da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pendurados por torcedores do Botafogo, é apenas um dos exemplos recentes.
Apesar da gravidade do ato, a jurisprudência do STJD ainda não possui um precedente claro para casos como este. Em 2023, a morte de uma torcedora do Palmeiras, atingida por estilhaço de garrafa, não foi julgada pelo tribunal por ter ocorrido fora do estádio. No entanto, o caso do Sport, punido com portões fechados por invasão ao ônibus do Fortaleza, demonstra a possibilidade de punições severas para atos de violência.
STJD e o caso da manipulação de jogos
Paralelamente aos casos de violência, a manipulação de jogos tem sido um dos principais focos do STJD. O senador Carlos Portinho, membro da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, solicitou ao tribunal informações sobre todos os processos e inquéritos relacionados ao tema. O pedido do senador demonstra a preocupação com a transparência e a necessidade de combater esse tipo de prática que mancha a imagem do futebol brasileiro.
Os desafios da Justiça Desportiva
O STJD enfrenta diversos desafios para garantir a justiça e a integridade do esporte. A complexidade dos casos, a pressão da opinião pública e a falta de precedentes claros são alguns dos obstáculos que a instituição precisa superar. Além disso, a crescente influência do dinheiro e das apostas no futebol exige uma atuação cada vez mais rigorosa e eficiente do tribunal.
A importância da prevenção e da educação
A punição é fundamental para coibir atos de violência e manipulação, mas não é suficiente. A prevenção e a educação são pilares essenciais para construir um ambiente esportivo mais saudável e seguro. É preciso investir em programas de conscientização, tanto para os torcedores quanto para os atletas e dirigentes, sobre os impactos negativos da violência e da corrupção no esporte.