O Botafogo será julgado na próxima quinta-feira (9/11) pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta dos problemas na iluminação do Estádio Nilton Santos que afetaram a partida contra o Athletico-PR, dia 21 de outubro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O Botafogo foi denunciado com base no Artigo 191, inciso III do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que versa sobre "deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento do regulamento". O problema na iluminação do estádio infringiu o Artigo 7º do Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que atribui ao clube mandante a responsabilidade de garantir a adequada iluminação do estádio durante a realização das partidas. A punição prevista varia de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Apagão no Nilton Santos
A noite de 21 de outubro testemunhou um espetáculo peculiar, onde a iluminação dos refletores no Estádio Nilton Santos sofreu quedas de energia em diversas ocasiões. Além de causar a interrupção do jogo, os problemas de iluminação afetaram o funcionamento do Árbitro de Vídeo (VAR), o que levou o árbitro principal a suspender a partida. O jogo só foi retomado no dia seguinte, à tarde, e sem a presença de público, devido a determinação da Polícia Militar. A retomada ocorreu a partir dos seis minutos do segundo tempo, e o confronto terminou com um empate de 1 a 1 no placar.
O episódio despertou críticas, não apenas por parte da torcida e da imprensa, mas também da própria Confederação Brasileira de Futebol, que viu na situação uma violação das regras que regem as competições nacionais. O Botafogo, por sua vez, argumenta que fez todos os esforços necessários para sanar o problema na iluminação e que as quedas de energia foram ocasionadas por motivos alheios à sua vontade.
No julgamento que ocorrerá na 4ª Comissão Disciplinar do STJD, as partes envolvidas apresentarão seus argumentos e provas para sustentar suas posições. O resultado desse julgamento poderá definir o desfecho dessa controversa situação, com possíveis implicações financeiras para o clube carioca. Além disso, servirá como um importante precedente em relação à responsabilidade dos clubes mandantes no que diz respeito às condições do estádio durante as partidas.