O Botafogo vive um momento de altos e baixos em 2025, após o sucesso histórico no ano anterior. Em 2024, o time conquistou o Campeonato Brasileiro e a Libertadores, alcançando o que muitos consideram o ápice da sua história. No entanto, a temporada de 2025 começou com várias críticas, tanto de comentaristas esportivos quanto de torcedores, especialmente sobre a gestão do acionista John Textor e a preparação do time para este novo ciclo.
O que aconteceu com o Botafogo em 2025?
Em 2024, o Botafogo conquistou títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro e a Libertadores. No entanto, a temporada de 2025 começou de maneira diferente. O time já foi eliminado do Campeonato Carioca e perdeu a final da Supercopa e a Recopa Sul-Americana, o que gerou descontentamento e frustração. Essa queda no desempenho fez com que comentaristas e torcedores questionassem as escolhas feitas pela gestão do clube.
As críticas de Conrado Santana sobre a gestão de Textor
Conrado Santana, comentarista esportivo, foi um dos primeiros a criticar abertamente o desempenho do Botafogo. Para ele, o time não teria alcançado o sucesso histórico em 2024 devido a decisões bem planejadas, mas sim porque as circunstâncias foram favoráveis. Santana acredita que o Botafogo teve sorte, apesar da contratação tardia de Artur Jorge, técnico que chegou ao clube apenas em abril, sem tempo para organizar a equipe e planejar a temporada.
"Se o Artur Jorge tivesse chegado mais cedo, com uma pré-temporada bem estruturada, o time poderia ter jogado ainda melhor", afirmou Santana, questionando o fato de Textor continuar defendendo que a temporada só começa com o Campeonato Brasileiro, em março.
Além disso, Santana criticou a postura de Textor em relação ao início da temporada. "O torcedor do Botafogo está pedindo para ver seu time jogar bem, mas o dirigente parece querer ignorar o calendário. O Botafogo tem que começar a temporada mais forte, não pode esperar que tudo dê certo sem empenho", concluiu o comentarista.
Fernando Campos: O "papel constrangedor" do Botafogo na Recopa
Outra crítica forte veio de Fernando Campos, que chamou a atuação do Botafogo contra o Racing de "constrangedora". Para Campos, o clube agiu de maneira frágil, especialmente considerando que era o atual campeão da Libertadores. O comentarista afirmou que o Botafogo, ao tratar competições como o Campeonato Carioca de forma secundária, acabou deixando de lado uma chance importante de seguir conquistando títulos.
"É inaceitável que o Botafogo tenha abdicar da chance de vencer a Recopa. Mesmo com a estratégia de poupar jogadores, o time não mostrou a competitividade esperada", comentou Campos. Ele também fez uma crítica ao fato de que, embora Textor tenha investido fortemente em contratações, o time ainda não conseguiu se mostrar sólido nas competições que disputou.
A opinião de André Rizek sobre a pressão do torcedor
O apresentador André Rizek também fez sua análise sobre o momento do Botafogo. Ele comparou a situação atual com a pressão enfrentada pelo Flamengo após a saída de Jorge Jesus. Para Rizek, o Botafogo precisa entender que, depois de um ano de grandes conquistas, a torcida não aceitará facilmente um declínio, como já foi visto com o Flamengo após 2019.
"O comportamento do torcedor do Botafogo, que viveu um 2024 de sucesso, agora não aceita menos do que o time entregue no ano passado. A pressão está altíssima, e o clube precisa se reinventar para acompanhar os rivais, como Palmeiras e Flamengo", afirmou Rizek.
Milly Lacombe: A insatisfação com Textor
Por último, a jornalista Milly Lacombe também criticou as atitudes de John Textor, destacando a distância do empresário neste início de temporada. Lacombe sugeriu que Textor tem demonstrado uma postura desconectada da realidade do clube e da torcida, especialmente após as derrotas recentes.
"A torcida do Botafogo, antes completamente devota a Textor, já começa a mostrar sinais de insatisfação. Ele pode ter sido um ídolo na chegada ao clube, mas a paciência do torcedor tem limites", afirmou Lacombe.
Para ela, o Botafogo está sofrendo pela falta de consistência nas decisões do dirigente e pela ausência de respeito ao que a torcida deseja: não apenas títulos, mas um time competitivo e com atitude dentro de campo.
Desafios para o futuro do Botafogo
Apesar das críticas, é importante ressaltar que o Botafogo ainda tem tempo para se recuperar. A temporada de 2025 está longe de ser definida, e o clube tem peças importantes no elenco. No entanto, a gestão de Textor e as decisões tomadas até o momento foram suficientes para gerar um ambiente de incertezas e expectativas frustradas.
O maior desafio do Botafogo neste momento é reconquistar a confiança da torcida e reagir às críticas construtivas. O time precisa de mais comprometimento dentro de campo e uma liderança mais próxima dos jogadores e da torcida. Não basta apenas ter investimentos financeiros e contratar jogadores caros; é preciso também dar continuidade ao trabalho realizado em 2024, buscando melhorar os pontos negativos que surgiram no início da nova temporada.
A importância da reação do clube
Para que o Botafogo volte a brigar por títulos, será fundamental que o time se ajuste rapidamente. A crise de 2025 pode ser uma oportunidade de aprendizado para Textor e sua gestão. O clube precisa entender que o sucesso de 2024 não garante nada para o futuro e que é preciso um trabalho constante para manter a competitividade.
A recuperação do Botafogo depende de vários fatores: uma boa preparação para o Campeonato Brasileiro, a contratação de jogadores que se encaixem no estilo de jogo do novo técnico e a paciência da torcida, que precisa ver o time novamente se impor em campo.
