Por Thiago Guedes
O Botafogo superou o Flamengo no Maracanã e venceu por 3 a 2, em jogo no qual Luis Castro acabou sendo expulso da beira do campo. Eficiente, o Glorioso usou bem suas estratégias e superou as expulsões para sair vencedor do clássico.
O confronto teve de tudo: pênalti, artilheiro incomum, expulsões e emoção até o final. Tiquinho Soares, mais uma vez, foi um dos destaques do Alvinegro e ajudou o Botafogo a ser líder e 100% até aqui na competição.
Luis Castro se revolta com arbitragem; confira declarações do português
O técnico Luís Castro foi expulso no segundo tempo do clássico contra o Flamengo. Ele reclamou muito com a arbitragem e explicou a situação na entrevista coletiva após a vitória no Maracanã, mais calmo.
Veja as declarações de Luis Castro neste domingo (30).
Arbitragem
A árbitra comanda a equipe dela e eu comando a minha. Eu tinha dito que não queria a substituição na bola parada, porque o jogador que eu ia tirar era alto, o Júnior Santos, e iria colocar um jogador mais baixo (Di Placido). Eu informei que não queria a substituição naquele momento, portanto não era para ser feita. Não permito que ninguém intervenha na minha equipe.
Naquele momento, imagine se fosse gol... Toda imprensa diria que eu era maluco. Nem era só por isso, era decisão minha, não queria naquele momento. Informei a equipe de arbitragem, portanto não era para ser feita.
Expulsão de Rafael
Quem andou lá dentro, há atitudes reativas. Foi uma atitude reativa dele. Claro, impensada, mas uma atitude reativa. A mim o que mais interessa agora é a forma como a equipe correu pelo Rafa, e a forma como o Rafa vai sentir uma equipe toda correndo por ele. Conquista-se muitas coisas quando há coisas negativas dentro da equipe. Acho que a equipe vai perceber que não pode cometer um ou outro o erro, mas quando algum colega cometer um erro, a equipe vai saber o caminho a percorrer para amenizar aquilo que é um erro do colega. É o espírito de grupo que está instalado na equipe.
Vitória no clássico
Representa o trabalho, a dedicação, união, muito espírito de sacrifício, uma dedicação total dos jogadores, da torcida, de todo um departamento de futebol. Quando temos talento associado a trabalho e coragem, normalmente essa mistura dá origem ao sucesso. Foi o que aconteceu hoje aqui. Os jogadores correram muito, trabalham muito porque se dedicam muito à profissão, aconteça o que acontecer até o fim sempre estarei ao lado deles.
Estratégia para vencer
O Botafogo nunca abdicou de ter a bola, mas queríamos tê-la nas zonas em que gostaríamos, que estavam bem definidas. Fomos surpreendidos por um Santos (goleiro do Flamengo) muito em cima, ele tinha dado sinais de que poderia ter um posicionamento mais adiantado, mas mais perto da área dele. Nossa estratégia era pressionar os três homens da linha de três deles. Foi decisão nossa de não pressionar o Santos. O jogo foi correndo dentro do que havíamos planejado e acabamos por concretizar o nosso objetivo que eram os três pontos. Tivemos momentos muito bons no jogo, no global a tarefa que eles desempenharam foi bem desempenhada.
Liderança no Brasileiro
Sobre o primeiro lugar, não dou importância. Dou importância porque é sinal de que ganhamos os jogos, mas não que isso tenha significado para o futuro… Admito que haja pessoas tão ambiciosas como eu. Agora, mais, ok, pode haver, mas acho muito difícil. Todos os dias sonho em ganhar, mas não me deixo enganar pelo futebol. Uma liderança na terceira rodada não me deixa enganar.
Por Thiago Guedes
