Luís Castro e o lateral-direito Rafael foram punidos com um jogo pela 4ª Comissão Disciplinar do STJD. O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (22) por conta das expulsões no clássico contra o Flamengo, dia 30 de abril, pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro. A punição foi convertida em advertência e ambos estão liberados para atuarem contra o Cuiabá e, claro, também contra o Palmeiras.
Luís Castro havia sido denunciado no artigo 258 do CBJD (conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) e poderia pegar uma pena de um a seis jogos. Já Rafael foi enquadrado no artigo 254-A (agressão), desclassificada para o 258 pela auditora relatora Adriene Hassen. Como o auditor Felipe Tadeu Moreira Lima do Rego Barros não votou pela conversão em advertência, acabou sendo voto vencido.
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Veja defesas de Luis Castro e Rafael
O advogado do Botafogo, André Alves, usou a imagem das duas expulsões em defesa e exibiu o vídeo da não expulsão de Thiago Maia por uma dura entrada em Di Placido, assim como também o diálogo da árbitra Edina Alves com a cabine do VAR.
Luis Castro e Rafael deram seus depoimentos, de forma remota, direto de Cuiabá. Veja abaixo o que os dois disseram.
Rafael
Eu levo uma falta, me desequilibro, e para não cair no chão ia colocar só meu pé de apoio para proteger a bola, o (Everton) Cebolinha veio para chutar a bola e acabei acertando ele, foi mais ou menos isso. Não houve disputa de bola, eu não imaginei que ele fosse disputar a bola, até porque a árbitra já tinha apitado.
Luís Castro
Eu tinha previsto uma substituição no lugar do Júnior Santos, estava sendo marcado um escanteio e disse ao quarto árbitro que queria segurar a substituição naquele momento, até antes mesmo do escanteio. Ao mesmo tempo estava acontecendo uma substituição do Flamengo. O certo é que nesse momento eu pensava que seria feita a substituição do Flamengo, mas para meu espanto a substituição que iria ser feita é aquela que eu solicitei para ser adiada. No momento do escanteio, não gostamos de mexer na equipe, até porque iria tirar um atleta de maior estatura. Confesso, não reagi da forma como deveria ter reagido, não pelas palavras, que sempre foram cordiais, nunca em termos de ofensas, mas em termos gestuais, dizendo de forma veemente que na minha equipe mandava eu e que as substituições deveriam acontecer quando eu quisesse, não admitia que ninguém mandasse na minha equipe. Vocês sabem como é clássico, eu como ser humano entendo que me excedi em termos gestuais, mas não em palavras. Nada mais do que isso. Coloquei a mão na boca (depois do primeiro cartão amarelo) porque sei que depois as palavras poderiam ser colocadas fora do contexto. O problema do futebol é que nós nos descontextualizamos. Eu disse que, infelizmente, minha equipe tinha sido prejudicada por tudo que aconteceu e quem era o responsável por isso foi a equipe de arbitragem, porque a equipe ficou sem treinador. Manifestei meu desagrado. Foi um erro do quarto árbitro eu ter sido expulso, porque disse que não queria a substituição naquele momento e a substituição foi feita.