
O Botafogo de Luis Castro começou muito mal o primeiro jogo da final da Taça Rio contra o Audax, mas conseguiu virar o jogo e vencer por 2 a 1, neste domingo. Os gols foram marcados por Tiquinho Soares e Gustavo Sauer. Próximo jogo será no domingo, às 16h, também no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Vale lembrar que o Botafogo jogará no Chile pela Copa Sul-Americana, contra o Magallanes, na quinta-feira (06).
Coletiva de Luis Castro
O técnico Luis Castro deu uma entrevista coletiva após a vitória do Botafogo por 2 a 1, no primeiro jogo da final da Taça Rio contra o Audax. Veja principais pontos.
Primeiro Tempo
"O jogo foi muito difícil, fundamentalmente na primeira parte. Não encontramos os espaços entre as linhas do Audax, por fora não conseguimos profundidade, tivemos volume ofensivo sem finalizações. Em uma bola que foi à nossa baliza, o Audax fez o gol e se sentiu confortável, baixou linhas, em um campo muito difícil de se jogar. Não houve estabilidade para encontrarmos o que queríamos, que era um jogo interior. Acabamos por fazer uma primeira parte sofrível".
Segundo Tempo
"A segunda parte foi de total domínio nosso, conseguimos dar profundidade ao jogo, baixamos a linha defensiva do Audax, geramos mais espaço e criamos mais problemas, com cantos, livres e lançamentos. Fundamentalmente, veio o gol, aumentamos o volume ofensivo, as linhas cresceram muito no jogo e conquistamos uma vitória que peca por ser escassa. Acho que deveríamos ter avolumado mais o placar, não conseguimos fazer. Mas a justiça do futebol está nos gols que se marcam e nos que se sofrem. Em função do que tem sido os Estaduais pelo Brasil, ultrapassamos uma dificuldade de forma merecida".
Cobrança por resultados
"O que posso dizer de uma coisa que não interessa a ninguém? Nem mídia nem torcida. Querem o resultado. Não adianta dizer que vamos ao Chile, depois Volta Redonda, depois Ypiranga, isso não interessa nada. Temos que aceitar. As vitórias todas são importantes para nos motivar para o trabalho diário, a derrota nos obriga a fazer o luto delas, tem que ser de forma rápida. Estamos conscientes do que nos espera, queremos que todos os jogadores estejam disponíveis e sabemos que os desafios aparecem para quem está metido nas competições. Lembro bem o que era o Botafogo há um ano atrás e o que é hoje. Não dá para apagar da minha memória o que encontrei e não dá para apagar o que está construindo. Felizmente está em todas as competições, há um tempo atrás não era assim".
Luis Castro faz análise da SAF
"Mudou bastante. Era um Botafogo que não tinha um campo para treinar, não tinha vestiário para seus jogadores, percorreu o anexo que não tinha condições, o espaço da Aeronáutica também não, o Espaço Lonier tinha a dureza dos campos, conseguimos recuperar. Foi construído um vestiário a dois meses do fim do campeonato, para não se equiparem os jogadores três a três ou dois a dois, porque o espírito do vestiário também é determinante para se conquistar a união do grupo. Temos organização melhor, jogadores vindo da formação, como Bernardo Valim, Raí, JP, Janderson, já vendemos o Jeffinho. Já é um Botafogo que potencializa e vende. Um elenco que mudou quase 90%. Vocês podem fazer essa análise tão bem ou melhor que eu. Quando cheguei, as notícias é que era um clube a ser salvo em sua existência, tinha problemas gravíssimos para sua continuidade no patamar maior do futebol brasileiro. Hoje olha-se para o Botafogo e acho que está diferente. Não quero ser mal-interpretado, é um trabalho de muita gente. Eu faço o meu trabalho, de forma digna e honesta, abdiquei de uma posição muito estável para vir para um desafio, não estou nada arrependido de ser atirado para o desafio mesmo nos momentos muito difíceis que temos passado, que têm marcado bastante. Com empenho e dedicação temos ultrapassado. Muitas vezes quando ninguém nos compreende, felizmente tenho tido um grupo de trabalho que tem me compreendido e fico muito grato por isso".















