Por Thiago Guedes
A reportagem recente do jornal "O Globo" expôs os bastidores tumultuados que culminaram na derrocada do Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2023. O Glorioso, que chegou a ostentar uma vantagem de 13 pontos na liderança, agora se vê na iminência de conquistar apenas uma vaga na tão desejada "Pré-Libertadores". Até a história de Cuca veio à tona.
Falta de Comando e Decisões Erráticas
O cerne da crise apontado pelo jornal foi a ausência de um comando efetivo no departamento de futebol do clube. O comportamento errático de Bruno Lage, escolhido por John Textor para substituir Luís Castro, foi alvo de críticas, apontando para a falta de aconselhamento e orientação na sua gestão. A decisão de colocar Lucio Flavio como técnico, atendendo a um pedido dos jogadores, foi outro ponto polêmico que a reportagem destacou como sintoma dessa lacuna de liderança.
Segundo as informações do veículo, nenhum dirigente foi capaz de estabelecer um diálogo claro e aberto com o vestiário. As decisões relacionadas ao futebol eram centralizadas em Textor, que acompanhava o cenário de longe e, aparentemente, com outras preocupações. Esta lacuna de poder não passou despercebida pelos jogadores, que se aproveitaram da situação para tomar certas iniciativas.
A Luta por Cuca e as Decisões Contrariadas
Um aspecto revelado pela reportagem foi a tentativa de líderes do elenco, apoiados por dirigentes do clube social, de costurar a contratação do técnico Cuca. Isso ocorreu quando já se percebia que Lucio Flavio não estava à altura da função. No entanto, a ideia encontrou resistência em John Textor. Tiago Nunes, previamente considerado para o planejamento de 2024, viu sua chegada ser antecipada para dirigir o Botafogo nas rodadas finais da competição.
Estas revelações expõem uma série de fragilidades nos bastidores do clube, indicando uma falta de estratégia coesa e liderança sólida, elementos cruciais para o desempenho consistente de uma equipe no mais alto nível do futebol brasileiro.
A incerteza agora paira sobre o futuro do Botafogo, que terá que lidar não só com as consequências imediatas dessa crise, mas também com o desafio de reconstruir sua imagem e estrutura para os próximos desafios.
Por Thiago Guedes
