Por Thiago Guedes
Tiquinho Soares deixou Mineirão na noite de ontem com joelho esquerdo imobilizado e retornou ao Rio. Ele realizará exames no joelho para saber se houve lesão e qual a gravidade da situação. Com isso, ele não acompanhará o grupo para a partida contra o Guaraní-PAR na próxima quarta, em Assunção, pela Copa Sul-Americana.
O atleta sofreu uma entorse no joelho esquerdo no empate em 0 a 0 do Botafogo com o Cruzeiro, neste domingo (6/8), no Mineirão. O “Lance!” conversou com Renê Abdalla, especialista em joelho pelo HCor, que detalhou possíveis cenários para o atacante.
Os entorses podem ser divididos em três graus. No grau 1, é onde acontece estiramento do ligamento. No grau 2, há ruptura parcial. No grau 3, uma ruptura total. Caso haja o acometimento dos ligamentos chamados periféricos ou das laterais do joelho, normalmente são de tratamento não cirúrgico e, conforme o grau, estima-se o tempo para recuperar. No máximo, a recuperação dura seis semanas.
O profissional completou explicando que, caso a lesão seja de grau 1, a previsão de afastamento é de uma a duas semanas. Agora, em caso de grau 2, a situação pode demandar entre quatro e seis semanas. O grau 3 é o mais complicado.
Na maioria das vezes, o ligamento acometido em uma entorse é o ligamento cruzado anterior, com lesão de terceiro grau. Partindo da hipótese que seja esse ligamento, em geral tem indicação cirúrgica e recuperação dura de seis a oito meses.
Comentarista fala do Botafogo sem Tiquinho Soares
O comentarista Renato Rodrigues, no “Linha de Passe”, da ESPN, falou do Botafogo sem Tiquinho Soares e disse que a dinâmica do líder pode mudar.
É um lance que o pé prende no chão, é um lance característico dele, muito importante para o Botafogo, em que ele recebe, segura e espera o time sair de trás. Agora é fazer o exame e torcer. É um dos melhores jogadores do campeonato. Esse problema é muito mais preocupante do que o que falamos aqui sobre a atuação. Está muito claro que não há ninguém muito unânime para substituí-lo. O Matheus Nascimento está fazendo intercâmbio, não entendi muito bem isso aí também. Mas não acho que ele seja o cara que vai chegar e segurar.
Sem ele a dinâmica muda. Aí pode ter esse menino (Adamo) que está chegando agora, ou pode ir com o Eduardo, que já jogou nessa função, mas é uma outra característica, ou Carlos Alberto ou Janderson, que atacam mais a profundidade. A dinâmica da engrenagem sem o Tiquinho muda completamente.
Por Thiago Guedes
