A 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) prepara-se para deliberar sobre os incidentes que marcaram o embate entre Botafogo e Palmeiras, realizado no último dia 1º de novembro, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023. O jogo, carregado de tensão e polêmicas, resultou em uma série de denúncias envolvendo figuras-chave dos clubes e dirigentes.
A sessão de julgamento, agendada para a próxima sexta-feira (1/12), envolverá um rol de personalidades do futebol, desde dirigentes até jogadores, cada qual enfrentando acusações específicas decorrentes dos acontecimentos no confronto em questão.
STJD prepara julgamento para o Botafogo
Um dos nomes proeminentes na lista é John Textor, acionista majoritário da SAF alvinegra, que já se encontra sob suspensão preventiva. Textor enfrenta denúncias por ofensas à honra e invasão de campo, podendo receber penalidades que variam de 15 a 270 dias. Suas declarações após o jogo, qualificando o evento como um roubo e pedindo a renúncia do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foram centrais nas denúncias.
Outros membros do Botafogo, como Vinicius Assumpção, vice-presidente do clube, e André Mazzuco, diretor executivo de futebol, também estão sob a mira do STJD, enfrentando acusações por ofensas à honra, passíveis de punições que variam de 15 a 90 dias de suspensão, além de multas.
O ex-auxiliar de Lucio Flavio, Joel Carli, encontra-se envolvido em três artigos de denúncia, incluindo ofensa à honra, conduta contrária à ética esportiva e invasão de campo, enfrentando a possibilidade de suspensão de até 15 jogos. Patrick de Paula, mesmo não estando em campo devido a uma lesão, também foi denunciado por invasão de campo.
Adryelson, zagueiro do Botafogo expulso injustamente no confronto, enfrenta uma denúncia por "ato desleal ou hostil", com possibilidade de suspensão entre um a três jogos. Por fim, o próprio Botafogo será julgado devido ao lançamento de objetos no gramado por parte de seus torcedores, com a possibilidade de receber multa de até R$ 100 mil.
As denúncias que embasam o julgamento têm como base a súmula do jogo redigida pelo árbitro Braulio da Silva Machado, que descreveu detalhadamente as ofensas proferidas, a invasão de campo por parte de alguns indivíduos mencionados e os episódios que ocorreram nos corredores do Estádio Nilton Santos após a partida.
As perspectivas das punições são delineadas pelos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que estabelecem as possíveis penalidades para cada tipo de infração cometida pelos envolvidos.