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John Textor e a Promessa de Revolucionar o Futebol Brasileiro: Entre Acusações e Esperanças

A controvérsia em torno da Good Game! e a expectativa por provas concretas

autorPor Thiago Guedes
Data Publicação:12/03/2024
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John Textor e a Promessa de Revolucionar o Futebol Brasileiro: Entre Acusações e Esperanças
Foto: Reprodução

Em um cenário onde o futebol brasileiro se encontra frequentemente sob o escrutínio por questões de integridade, a figura de John Textor surge como um catalisador de debates e expectativas. Acionista da SAF do Botafogo, Textor prometeu, há pouco, trazer à tona provas de corrupção dentro do esporte mais amado do país, colocando em xeque a lisura de competições e a atuação de árbitros. A promessa de divulgar evidências de corrupção em 30 dias gerou um turbilhão de reações, variando de ceticismo a apoio, refletindo a complexidade e a paixão que cercam o futebol no Brasil.

A Good Game! no Centro das Attenções

A contratação da Good Game!, uma empresa internacional especializada em análise de arbitragem, por John Textor, levantou questionamentos sobre sua eficácia e relevância na investigação proposta. No programa "Redação SporTV", o apresentador Marcelo Barreto expressou dúvidas sobre a capacidade da empresa em contribuir de forma significativa para o esclarecimento das acusações de corrupção, apontando para a necessidade de compreender melhor o papel e a competência da Good Game! neste contexto.

Nesse novo cenário, a explosão de casa de apostas trouxe algumas coisas que vamos aprender a lidar. Uma delas talvez esteja no centro dessa polêmica. A empresa que o John Textor contratou, a Good Game!, não é questão de duvidar, mas não conhecemos este tipo de trabalho, de investigação da lisura do jogo. Não tenho elementos para falar da reputação da Good Game!, se é boa ou ruim, competente ou incompetente, mas a dúvida é maior, qual a relevância e eficácia dela? Não estou dizendo que não vale nada, mas precisamos entender. Posso pegar a Good Game! como referência? Textor tem um ponto a provar, começa a procurar as explicações que lhe são convenientes (...) Existe manipulação de resultados no futebol brasileiro? Estamos acompanhando agora, se voltarmos no tempo, em 2005 uma reportagem apontou a Máfia do Apito. Existe há muito tempo e há casos recentes, com jogadores se comprometendo. Claro que podemos imaginar que árbitros também, embora nenhum tenha aparecido nos relatórios. Tem algo errado? Tem. Mas como se faz a ligação com o que aconteceu com o Botafogo? O primeiro passo é se existe corrupção no futebol brasileiro, estamos vendo escândalos de apostas. Vamos ver se há árbitros envolvidos. Até agora não apareceu. Se aparecer, como está o terceiro passo, para chegar ao que aconteceu no Botafogo no Campeonato Brasileiro do ano passado?

Quanto mais grave a acusação, mais importante o fato de estar bem embasada. Podemos deixar no seguinte ponto hoje: se apresentar as provas, pode promover revolução no futebol brasileiro, estar diante de grande escândalo. Se deixar sem provas, vão ficar acusações que vão se perder no vazio. E são acusações muito graves. Até agora tem um descompasso muito grande entre a gravidade das acusações e a força das provas. Se elas se encontrarem, podemos ter a grande revolução do futebol brasileiro. Até agora são acusações muito graves com provas muito frouxas.

Entre Acusações e Provas

As acusações de manipulação no futebol brasileiro não são novidade. Casos anteriores, como a Máfia do Apito, já haviam exposto a vulnerabilidade do esporte a práticas desonestas. A preocupação com a manipulação de resultados, especialmente em um contexto marcado pela ascensão das casas de apostas, reitera a importância de abordar tais questões com seriedade e rigor.

Críticas e Apoios à John Textor

A postura de John Textor em relação ao STJD, optando por apresentar as provas diretamente às autoridades judiciais em vez de à justiça desportiva, reflete uma desconfiança em relação aos mecanismos tradicionais de governança no futebol brasileiro. Essa atitude foi apoiada por comentaristas como Flávio Prado, que destacou a necessidade de levar as acusações a instâncias mais confiáveis.

Ele cita um jogo do Palmeiras, mas diz que o Palmeiras não tem nada a ver com isso. O que ele dá a entender é que seria algo envolvendo apostas, e não manipulação de campeonato especificamente. Lógico que, se o árbitro fizer algo visando ganhar dinheiro de apostas, ele vai influenciar o campeonato, é evidente. Mas não parece que isso foi gerado por clubes de futebol (...) Ele não confiar no STJD está certo, isso não é confiável mesmo. Desde aquele caso famoso envolvendo Portuguesa e Fluminense (pelo Brasileiro-2013), você considerar STJD uma coisa séria é uma piada, não dá. Não tem credibilidade nenhuma, eles fazem de acordo com interesses políticos.

Eu nunca levei o Textor muito a sério. Eu iria direto na Justiça Comum, entrego para o MP. Justiça desportiva eu não levo a sério. Se o cara apresentar provas, você começa a respeitar o cara. Mas, para mim, é um fanfarrão, rico, que quer se divertir comprando time de futebol. A visão que tenho dele é essa. E é fanfarrão, gosta de aparecer, tem um ego enorme. Eu não paro muito para ouvir o Textor, mas com essa história nós temos que no mínimo parar e prestar atenção.

No entanto, figuras como Paulo Cobos adotaram uma postura mais crítica, questionando a substância das alegações de Textor e o impacto de suas ações na reputação do Botafogo. Cobos argumenta que, apesar das críticas, a presença de Textor trouxe visibilidade e relevância ao clube, que antes corria o risco de cair no esquecimento.

John Textor é patético no episódio mambembe da suposta manipulação de resultados no futebol brasileiro. A tal gravação que ele diz ter, se é que existe, vai no máximo indicar algum esquema de um jogo insignificante de uma divisão inferior de um Estadual. Não que ela, se realmente existir, não precise ser investigada. Mas é evidente que o americano dono do Botafogo não tem nada concreto para provar que seu clube é prejudicado pela arbitragem (...) Se eu fosse torcedor do Botafogo, estaria enfurecido com o papelão do americano. Mas ainda assim teria convicção que ele faz bem para o clube. Antes ser exposto ao ridículo do que a completa insignificância para que o clube caminhava sem Textor. Se não fosse o americano, o Botafogo não seria nem motivo de discussão na elite do futebol brasileiro hoje. John Textor faz mal para o Botafogo com sua boca. Mas sua caneta compensa.

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