O Botafogo está prestes a escolher seu próximo presidente para o quadriênio 2025-2028. Em uma eleição crucial para o futuro do clube, os torcedores têm a expectativa de conhecer as propostas e visões dos candidatos. O Botafogo Hoje procurou os candidatos Vinicius Assumpção, da chapa Orgulho Alvinegro, e João Paulo Magalhães Lins, da chapa Os Escolhidos, para uma entrevista em nosso site, porém não houve interesse de ambos.
Como jornalista e torcedor do Botafogo, tive a oportunidade de entrevistar candidatos em outras ocasiões, quando eles se dispuseram a dialogar com os torcedores e compartilhar suas ideias para o clube. Tais entrevistas foram compartilhadas em grandes sites da mídia botafoguense, como FogãoNET. No entanto, neste ano, mão conseguimos conversar com os candidatos e esclarecer suas ideias para os nossos leitores.
O Caso dos Candidatos à Presidência do Botafogo
Este ano, a eleição para a presidência do Botafogo conta com dois candidatos principais: Vinicius Assumpção, da chapa "Orgulho Alvinegro", e João Paulo Magalhães Lins, da chapa "Os Escolhidos". Ambos têm perfis distintos e propostas diferentes para o clube.
Buscando apresentar ao leitor do Botafogo Hoje as propostas dos candidatos, fomos atrás das poucas entrevistas que ambos deram para a imprensa. Vinicius Assumpção por exemplo, aceitou a entrevista com a "Rádio Tupi" (veja no final deste artigo); já João Paulo Magalhães Lins optou por não participar.
Vinicius Assumpção, atual vice-presidente do Botafogo, tem uma história dentro do clube e é visto por muitos como alguém que possui o conhecimento necessário para continuar o trabalho iniciado pelo atual presidente, Durcesio Mello. Assumpção rompeu com Durcesio, que decidiu apoiar a candidatura de João Paulo. Essa divisão interna tem gerado bastante debate entre os torcedores, com muitos se perguntando qual será o impacto disso no futuro do clube.
Por outro lado, João Paulo Magalhães Lins, ex-gestor do Boavista e candidato do Montenegro, tem uma proposta mais voltada para uma gestão de longo prazo e com foco no desenvolvimento sustentável do clube. Lins, que tem apoio do atual presidente Durcesio Mello, optou por não participar de entrevistas públicas. Essa escolha foi um reflexo de sua estratégia de campanha, que tem se concentrado mais em contatos diretos e fechados com os associados do clube, ao invés de se expor em entrevistas abertas.
As perguntas do Botafogo Hoje
Nosso objetivo era discutir as candidaturas à presidência do Botafogo e dar oportunidade para que os candidatos compartilhassem suas visões, propostas e projetos para o clube, bem como responder a algumas perguntas que os torcedores e a comunidade alvinegra têm interesse em saber.
Para isso, nossa equipe separou 13 questões, que foram enviadas aos candidatos:
- Qual a sua relação pessoal e profissional com o Botafogo, e o que o motivou a se candidatar à presidência neste momento?
- O que você espera alcançar como presidente do clube social e das modalidades olímpicas, considerando a transição para a SAF?
- Após a criação da SAF e a venda do futebol para John Textor, como você vê o papel do presidente do clube social, considerando que o peso nas decisões diminuiu? E como você pretende lidar com a relação entre o clube social e a SAF, especialmente com Textor, para garantir uma boa colaboração e transparência?
- Quais são as suas principais prioridades para a gestão do clube social nos primeiros meses, caso seja eleito?
- O que você considera fundamental para melhorar a sede de General Severiano e atrair mais sócios para o clube? Existe alguma proposta para melhorar a estrutura, como forma de atrair mais sócios e eventos?
- Você tem planos de reativar ou lançar novos projetos para as modalidades olímpicas, como vôlei ou natação? Quais seriam suas principais ações nesse sentido?
- A Certidão Negativa de Débito (CND) é um tema importante para o futuro do clube social. Quais ações você tomaria para recuperar e manter a CND?
- Você tem algum projeto para aumentar as fontes de receita do clube social, seja através de parcerias, patrocínios ou novos eventos?
- Quais são suas propostas para melhorar a infraestrutura de outras sedes do clube, como a sede de Sacopã, e fortalecer modalidades como o remo?
- O campo de futebol de General Severiano, atualmente pouco utilizado para o clube social para alguns eventos, poderia ser aproveitado para outras atividades. O que você pensa sobre isso?
- Após a transição para a SAF, houve polêmica sobre os ingressos gratuitos do Estádio Nilton Santos para sócios proprietários. Qual é a sua opinião sobre essa situação e como você resolveria o impasse?
- As eleições costumam ser momentos de tensão, independentemente do contexto. Se sua chapa for a vencedora, como você enxerga a convivência e o relacionamento com os membros da chapa que não vencer?
- Qual mensagem você gostaria de deixar para a torcida do Botafogo e os sócios do clube, sobre o futuro da instituição sob sua liderança?
Em contato com João Paulo Magalhães Lins, o candidato a principio topou em nos dar entrevista, mas depois recuou. Já Vinicius Assumpção demonstrou preocupação com uma entrevista neste formato, alegando que poderia ser "pasteurizada" e que o candidato opositor poderia ensaiar respostas prontas. Ainda sim tentamos, mas o candidato não retornou nosso contato.
Polêmica nas vésperas da Eleição
Nas vésperas de uma eleição crucial para o futuro do Botafogo, uma série de polêmicas envolvendo o uso indevido da estrutura do clube e a promoção de uma candidatura têm gerado indignação de sócios e chapa concorrente.
De acordo com denúncias, membros da atual gestão do Botafogo estariam utilizando recursos do clube para favorecer a candidatura de João Paulo Magalhães Lins, da chapa "Os Escolhidos", que conta com o apoio do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro. A situação gerou um enorme mal-estar entre os sócios, que acusam a administração de fazer um “aparelhamento” da máquina do clube com fins eleitorais.
Placa Publicitária Ilegal e Abuso da Estrutura do Clube
A denúncia mais grave até o momento envolve a instalação de uma placa publicitária na calçada, fixada no muro do Botafogo, o que é expressamente proibido pela legislação municipal, conforme a Lei complementar nº 269, de 12/12/2023. O uso indevido de espaço público para fins eleitorais é uma infração, e muitos associam a instalação dessa placa a uma tentativa de promover a imagem de João Paulo Magalhães Lins em pleno período eleitoral.
Foto: Divulgação
Além disso, outra prática questionável seria a transformação da sala da presidência do clube em um verdadeiro comitê eleitoral. Segundo informações, o local está abarrotado de material de campanha de João Paulo, incluindo faixas, cartazes e outros itens promocionais.
A Reprimenda da Junta Eleitoral
Em resposta a essas denúncias, a Junta Eleitoral do Botafogo se manifestou, publicando uma reprimenda que tem sido amplamente divulgada entre os sócios. O posicionamento da Junta destaca a gravidade das infrações cometidas, especialmente no que diz respeito à utilização da máquina do clube para favorecer um candidato. A reprimenda ainda ressalta que a conduta dos envolvidos no caso fere princípios fundamentais da democracia e das boas práticas de governança.
A Junta Eleitoral, em sua declaração, afirmou que irá acompanhar de perto as ações de todos os candidatos e que tomará as medidas necessárias para garantir que o processo eleitoral seja conduzido com a máxima transparência e respeito às normas do clube. A reprimenda, que vem sendo considerada um "aviso" para aqueles que ainda insistem em desrespeitar os procedimentos, reflete o compromisso da instituição com a justiça e a ética.
O Papel das Entrevistas nas Eleições
Em uma eleição, especialmente no ambiente esportivo, a transparência é fundamental. Os torcedores precisam conhecer as propostas e a visão de quem está se candidatando a um cargo de tamanha responsabilidade. As entrevistas têm um papel crucial nesse processo, pois oferecem uma oportunidade para os candidatos se apresentarem, responderem a perguntas relevantes e se conectarem com o torcedor.
No caso do Botafogo, que atravessa um período de estruturação e de busca por estabilidade após a chegada da SAF, as propostas para o futuro do clube são ainda mais importantes. O torcedor alvinegro quer saber, de maneira clara e direta, como os candidatos pretendem melhorar a estrutura da sua sede, a gestão do social com a SAF e as finanças, por exemplo.
A Cobertura da Eleição
Apesar da falta das entrevistas que tanto gostaríamos de ter, o Botafogo Hoje continuará com sua cobertura jornalística. Nesta quinta (19), dia dia da eleição, vamos trazer todas as informações necessárias para que os torcedores possam acompanhar o processo de escolha do novo presidente e entender os impactos dessa decisão.
O Botafogo Hoje é uma página antipartidária e, como tal, continuará cumprindo seu papel de informar e trazer o máximo de transparência possível. Mesmo sem a chance de entrevistar os candidatos, o compromisso com a cobertura da eleição e com a verdade se mantém firme. Vamos trazer todos os detalhes, as reações e os resultados para garantir que os torcedores, independentemente de sua escolha, possam compreender o que está em jogo.
É importante lembrar que a eleição de um novo presidente para o clube não é apenas uma formalidade. Essa escolha terá um impacto significativo no futuro do Botafogo, seja no aspecto esportivo, financeiro ou administrativo. Por isso, o voto consciente é essencial para garantir que o clube continue crescendo e superando os desafios que surgirem pela frente.
Acompanhe o nosso site e as redes sociais @sigabotafogohoje e @thiagobotafogo e fique por dentro dos bastidores e cobertura da Eleição do Botafogo, direto de General Severiano!
Entrevista de Vinícius Assumpção à Rádio Tupi
Conforme dito no início deste artigo, a “Rádio Tupi” procurou os dois candidatos para uma entrevista, mas apenas Vinicius Assumpção, da chapa Orgulho Alvinegro, topou em participar. João Paulo Magalhães Lins, da chapa Os Escolhidos, não compareceu.
Abaixo, confira algumas respostas de Assumpção.
Eleições no Botafogo
Todo processo tem suas sequelas, mas eu sempre tenho dito que durante todo esse período tento manter o nível porque todos nós somos botafoguenses. A gente precisa entender o que está em jogo nesse processo eleitoral. Eu era o candidato natural, aí falo que o Montenegro indica o João Paulo e, o Durcesio pela relação que tem com o Montenegro histórica apoia o João Paulo. Diante de toda essa dificuldade que relatei aqui faço a pergunta, onde estava o João Paulo? O João Paulo não era conhecido por ninguém no clube, foi fabricado. Essa fórmula no passado a gente sabe qual foi o resultado de inventar pessoas desconhecidas no clube, os “cardeais” botam e depois o resultado a gente viu que é o acúmulo de dívida, humilhação da torcida e rebaixamentos seguidos. Esse processo como relatei aqui anteriormente, acumulando a vice-presidência financeira quando ninguém quis acumular, com a dívida de um bilhão de reais, enfiando a cara com a torcida, o time chegou a um momento que estava na décima quarta posição da série B. Mesmo assim, a gente se manteve ali convicto, acreditando no trabalho com o Freeland, que era o nosso diretor de futebol da época. O Durcesio estava acumulando a vice-presidência de futebol, e eu ali do lado dele acumulando a vice financeira, porque ele não podia ter as duas contas do cheque. Eu faço a pergunta, onde estava o João Paulo? O João Paulo estava cuidando de outra agremiação esportiva. Ele é um botafoguense? É, mas ele estava cuidando do Boavista nesse processo todo. Aí, do nada, ele vem pro Botafogo. A gente tem uma farta documentação e não é uma documentação tirada de maneira ilícita, nós entramos em cartório, pedimos e pagamos por isso. Tem todos os recibos com documentações oficiais.”
Para o sócio-proprietário entender qual é a nossa maior preocupação desse imbróglio todo que nós pedimos a impugnação do João Paulo. Ele, na verdade, pega o Esporte Clube Barreira, o antigo Barreira é do Boavista, é a SAF Boavista, como se fosse Botafogo e SAF. O Barreira tem porcentagem na SAF Boavista. Aí para ter o controle do Barreira ele faz uma reforma estatutária, cria uma modalidade nova de sócios, emite 100 títulos, esses 100 títulos cada título desse tem direito a 6 votos, peso 6, e ele compra todos os 100 títulos que compõe o Conselho de Desporto do Barreira. Qualquer decisão do Conselho de Desporto do Barreira tem um único proprietário, que é o João Paulo. Quem me garante que ele com a maioria dentro do Conselho de Deliberativo, eu quero falar para o sócio-proprietário, que ele não possa fazer uma reforma estatutária e fazer isso também dentro do Botafogo e ter o controle do clube. O controle que é hoje do sócio-proprietário, ele passa a ter controle único e os 10% da SAF. Essa é a nossa maior preocupação. Aqui não tem nada ilícito, não estou fazendo nenhum tipo de acusação, mas a documentação que chegou pra gente do cartório lá da SAF Boavista, para ele poder concorrer no Botafogo passa o controle da SAF Boavista para o Luiz Felipe, que criou uma empresa chamada Confidence. Só que no documento dessa empresa tem algo errado. Ela tem data na venda do dia 27 de setembro de 2024, mas o CNPJ que está nesse documento de compra e venda só saiu no dia 30, três dias depois. Como isso? Mãe Diná? Como é que eles descobriram o CNPJ? Essas são movimentações que nos preocupam muito. A gente num processo eleitoral desse tem que ser responsável. Eu não tenho nada contra a figura do João Paulo, e o direito dele ser candidato. Agora, eu como vice-presidente geral, candidato a presidente e disputando uma eleição contra ele, tenho que dizer para o associado que fiz a minha parte. Se a Junta Eleitoral homologou eles, a responsabilidade é da Junta Eleitoral. A minha parte como candidato está feita.
Relação do presidente com a SAF
O relacionamento tem que ser o mais maduro, o mais profissional possível. Todos nós somos botafoguenses por causa do Futebol. O que foi feito no Botafogo até agora foi uma revolução. Em dois anos e meio nós saímos de uma segunda divisão para o título das Américas. Então, nós temos que ser profissionais nesse momento e proteger a SAF. A gente quer tratar a valorização do sócio-proprietário com a SAF.”
A dívida está conosco, com associativo, e quem paga a dívida é a SAF, que tem aquela coisa da utilização da marca, dos royalties. Os royalties não entram, entra o que? Entra o pagamento da dívida. Essa dívida foi parcelada e renegociada com os credores, e tudo isso apoiado pela gente. Eu acho que é dessa maneira que a gente quer se comportar com eles, de forma profissional, transparente, buscando os interesses mútuos. O Botafogo não vive sem a SAF, e a SAF não vive sem o Botafogo. O escudo, a bandeira, quando a gente vai ter um jogo de basquete, você vai lá ver a bandeira, o hino, a torcida é a mesma que está hoje dentro do estádio vibrando. Eu tenho conversado com muitos deles. Sou grato a todos eles, não só o John Textor, mas queria aproveitar e falar uma série de pessoas importantes que estão ali, o Thairo, o Jonas, o Anderson nas finanças, a galera do futebol, o Alessandro Brito, todo o staff deles. Falar do Júlio, diretor de Comunicação, Gabriel, Bernardo e Pedro Souto. Posso estar esquecendo nomes aqui, o Eucimar no estádio, hoje tem lá o Alexandre Costa tocando o projeto. Essa galera mais da Comunicação e do Marketing, foi uma galera que estava com a gente, tem lá o Morani, o Marcão. Então é bem gratificante ver como tinha qualidade no nosso quadro de funcionários e muita gente dizia que não. É um processo que houve a implementação de uma profissionalização e nós temos afirmado em alto e bom som de que nós vamos proteger a SAF da velha política do Botafogo, porque o único interesse é fortalecer o futebol e os esportes olímpicos, com uma condição digna ao sócio-proprietário, que ele possa ter a sua valorização e isso vai ser feito através de um diálogo maduro e profissional.
Dívida do Botafogo
A dívida do Botafogo estava dividida entre trabalhista, civil e tributária. O primeiro a ser atacado foi a trabalhista. Nós conseguimos nessas três dívidas fazer um processo de renegociação. Eu posso dizer que pelo menos 30% dessa dívida tenha sido abatida nesse processo de negociação e isso só se faz com muito profissionalismo e competência. A SAF trabalhou muito bem nisso. A dívida era de um bilhão. Eu não tenho o número exato agora, sendo muito justo, mas acho que a dívida não deve ultrapassar um total de quinhentos milhões, tendo uma redução em torno da metade do que era. Acredito que em mais alguns anos o Botafogo possa ter um clube praticamente sem dívida. Hoje, eu posso afirmar que a dívida não sufoca mais porque está toda alongada. Diga-se de passagem, esse Conselho Deliberativo foi importante, que o Tom, meu vice, que é da Mesa, e foi muito importante não só pela aprovação da SAF, mas de todo debate que foi feito para alongar essa dívida, porque o acordo de acionista falava em prazo para pagá-la, esse prazo foi um pouco alongado porque a gente sabia que o negócio estava sendo feito, mas que precisaria alongar, já que o acordo firmado lá atrás era num cenário. A leitura que o Conselho fez é que tinha um outro cenário e que a gente precisava ter autorização para alongar essa dívida. Isso foi trabalhado sempre em parceria. O que a gente busca agora é melhorar essa parceria, com mais transparência, com mais diálogo, porque é uma relação nova de dois anos e meio. O Durcesio é o nosso representante lá.
Sede de General Severiano
É a sede onde o associado mais frequenta, tem uma piscina, a gente tem um clube ainda. Melhorou muito, se você entrasse lá quando assumimos o clube estava numa situação de degradação muito grande, a gente não tinha sequer o maquinário da piscina filtrando direito a água, a gente não tinha condições de fazer o pagamento da energia elétrica, então escolheria qual sede ia pagar. O que a gente fazia, está atrasado dois meses aqui, pagar um para não vencer o terceiro e cortar, a outra lá tem um mês, deixa seguir mais um mês, era um caos que fomos aos poucos organizando. Quero deixar bem claro que não tô aqui acusando ninguém pessoalmente, mas assim, quando eu falo em caos, falo em processo de gestão. Acho que o processo de gestão no Botafogo que foi feito antes dessa foi um processo que levou a esse tipo de coisa. A gente precisava modificar. E por que essa gestão conseguiu isso? Conseguiu porque mudou o modelo. Até hoje o clube social tem lá um diretor executivo, um diretor de marketing, uma equipe de profissional. Precisamos melhorar? Precisamos melhorar muito, principalmente os sócios proprietários.”
Se você pegar a sede hoje, vamos dar um exemplo aqui para a sócia, porque geralmente quem leva a família dentro do clube é a sócia, ou ela é dependente ou ela é titular. É ela que leva o filho e o marido acaba indo junto, eu quero ir pra piscina, estamos indo pra piscina. O que a sócia tem, além da piscina, nada. Nós temos um CT que está subutilizado porque ainda falta recurso, mas queremos fazer ali uma parceria com um Salão de Beleza, nós queremos botar um salão de jogos, ter um salão de festas, ter uma academia em parceria para que a sócia possa fazer a unha, o cabelo e não precisar sair do clube. Ela vai ao clube, pega a piscina dela, faz o que ela tem que fazer, volta para o clube, o marido toma conta das crianças e assim vai por diante. A gente precisa fazer um processo mais estrutural para aproveitar melhor aquela área socialmente. Em cima do telhado tem um projeto de fazer lá um bar na parte de cima. Quando você sobe naquele telhado ali do CT vai ver o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. O que nós queremos para aquele campo? Acho que eu como presidente vou querer decidir aquilo sozinho, não. Por que a gente não vai escutar um pouco também o associado? O que ele espera de expectativa daquela região, daquela área que talvez quase a metade da área social do clube. A gente pode fazer ali um campo total de grama sintética? Podemos, mas podemos ter society, quadra de tênis, novas churrasqueiras, utilizar aquela área de maneira que a gente possa melhorar a área social do clube.
O restaurante, está no meio do clube, mas aonde a gente poderia colocar? Mexer naquilo tem uma obra. Nós ainda não avaliamos esse total. A área social precisa ter um vice-presidente, mas também ter um corpo embaixo. A galera que gosta de jogar futebol, pega um representante e bota dentro. Piscina… A sauna, que precisa ser melhorada e modernizada. A gente tem uma sauna mista, será que não é melhor ter uma divisão e uma sauna masculina e feminina para que as mulheres fiquem mais à vontade? Hoje, o associado às vezes fica até tolhido, porque a gente tem pouco espaço, o esporte olímpico, principalmente o basquete, que é internalizado, que é o único esporte hoje tirando o remo, que é estatutário, está internalizado. O restante está tudo em parceria, mas mesmo em parceria acaba tendo ocupação de espaços e prejudicando um pouco o sócio proprietário, que é quem paga uma das receitas importantes do clube.
Esportes Olímpicos
Já falei aqui do remo, que é um esporte estatutário. É um esporte vencedor e podemos potencializar. No basquete a gente tem um trabalho na divisão de base muito bem feito. Podemos melhorar? Podemos melhorar. As escolinhas precisam ser internalizadas, e não é só do basquete, são de todas, porque elas são fontes de arrecadação. Elas têm três vertentes: Arrecadação, trabalho social e captação de atletas. Você tem que ter esse olhar para a escolinha. Se você tiver esse olhar, você consegue fazer as três coisas. Você consegue captar, você consegue fazer o trabalho social, quer ver a criança, a criança está fazendo esporte, está ali, você movimenta o clube, e você tem a captação de atletas. Então, escolinha, vôlei. No basquete ainda, a parte do time principal, no NBB, é que eu te falo, investimento. Ali precisa, o clube está arcando com algumas coisas, acaba onerando a folha do clube em algumas coisas, mas foi um caminho que nós resolvemos seguir, trazer o botafogo de volta para a NBB, basquete que é um esporte tradicional nosso. A gente tem conseguido isso, mas ainda não é o time, o volume de investimentos que queremos dar ao basquete.
Queremos retornar com o vôlei. O vôlei é um esporte tradicional, não é à toa que a Ana Richa está nos apoiando, porque a gente está com essa proposta do vôlei de retornar, primeiramente com as escolinhas, com a divisão de base masculino e feminino. Isso é feito no basquete e puxar para o vôlei. A captação de atletas já estamos conseguindo revelar jogadores que estão inclusive no time principal jogando no NBB, que saíram desse trabalho de base do Botafogo. Você vai reparar que o trabalho de base nosso a gente tem conseguido ganhar bastante campeonatos aí na base, estamos disputando, estamos bem. O vôlei a gente precisa começar do zero.
A natação tem a ver com a recuperação do Mourisco Mar, mas acho que se a gente conseguir um parceiro antes da recuperação do Mourisco Mar, podemos fazer uma parceria com um clube próximo e trazer de volta nossa natação, principalmente a natação de alto rendimento e o polo aquático, que também é um esporte tradicional e sempre foi muito forte pra gente. Temos atletas olímpicos dentro do polo aquático.
Tem o futebol de salão, o futsal, que eu quero claramente dizer que eu quero internalizar o futsal, o futsal é uma fonte não só de receita, mas acho que é um esporte de bastante visibilidade, e essa parceria com a SAF, ela precisa ser melhor tratada, eu sou favorável essa parceria com a SAF. Inclusive, eu fui o primeiro cara Léo, que é o gerente da base que veio lá do Atlético Paranaense. Pô, vamos fazer uma parceria no nosso futsal. Nosso futsal hoje está terceirizado. É um projeto que tem envolvimento com a prefeitura. Objetivo é internalizar o futebol do Salão tornando as escolinhas superavitárias pra dentro do clube fomentando a captação de novos atletas e depois numa crescente pra chegar quem sabe numa Liga Nacional com um grande parceiro. Pra isso precisamos melhorar esse processo que já existe de parceria com a SAF.
Resumidamente, nos esportes olímpicos, todos os nossos esportes terão que ser bem trabalhados com estudos de projetos de viabilidade, senão a gente internaliza e quando falam de internalização é a gente botar professor e tem uma série de outras despesas que o clube passa a ter, que não tem quando você terceiriza, mas só que quando você terceiriza você perde um pouco do controle, da qualidade, se você está ali com alguém em cima, a gestão cobrando e tendo metas, tendo viabilidade, é o ideal, mas para isso a gente não pode comprometer, esse é um compromisso da gestão.