Hoje técnico do RWD Molenbeek (BEL), Cláudio Caçapa falou sobre sua passagem rápida e marcante como técnico interino do Botafogo. Com quatro vitórias em quatro jogos, o time encaminhou classificação na Copa Sul-Americana e ampliou distância na liderança do Campeonato Brasileiro.
Ao programa “Resenha”, da ESPN, Caçapa recordou os momentos e falou muito de Botafogo.
Entrevista Cláudio Caçapa - "Resenha", ESPN
Confira trechos da entrevista de Cláudio Caçapa ao "Resenha", da ESPN.
Chegada ao Botafogo
Hoje estou muito bem aqui, muito feliz. São muitos anos de Europa, tirei todos os meus diplomas aqui, estou feliz da vida. Lógico que a passagem pelo Botafogo veio mostrar todo trabalho que tenho feito aqui, as pessoas não lembravam de mim, só as mais próximas. Quando surgiu essa oportunidade, primeiramente tomei um susto, estava de férias, faltando cinco dias para voltar para o Lyon, me ligaram para ir ajudar o Lucio Flavio lá no Botafogo. Perguntei se era verdade. Teve um “uau, está acontecendo, vou ter que ir”. Mas foi com naturalidade quando cheguei ao Botafogo, parecia que já conhecia o grupo e a casa há anos – descreveu Caçapa, que contou por que crê que o time merece ser campeão brasileiro.
Merecimentos
O segredo é isso. Para ser campeão não basta ter apenas 11 bons jogadores, tem que ter um elenco muito forte. Hoje um detalhe é que quando o Botafogo marca o gol, como o banco reage, os caras dão pique para comemorar junto. Hoje não tem um time titular, tem um grupo titular. O cara que não joga lógico quer jogar, mas sabe que o mais importante é a vitória. Hoje, para mim, a grande força do Botafogo, por isso acho e eles merecem, tomara que saiam campeões brasileiros, porque o grupo é muito bom, o de atletas e o de profissionais que trabalham ali. Tudo que eles têm vivido é merecido.
Recepção do elenco
Quero acrescentar uma coisa a mais. Cheguei ao Botafogo em um sábado no fim da tarde, o primeiro jogo foi um clássico com o Vasco domingo. Meu primeiro contato com o elenco foi no hotel, antes do jantar, fizemos uma reunião, o André Mazzuco (diretor de futebol) me apresentou. Impressionante, já nesse primeiro discurso, olhava nos olhos dos atletas e via uma aceitação muito grande. Isso para mim que foi bacana. Nós jogamos, sabemos que quando o jogador quer jogar pelo treinador nada segura. Mantiveram o nível de concentração, de trabalho e do melhor que estavam fazendo nos jogos. Eles não se abatiam. Um exemplo é contra o Grêmio, que nos massacrou no primeiro tempo, o nosso primeiro tempo foi horroroso, falei “esse não é o meu time, o que jogou contra o Vasco, o que combinamos, vocês precisam voltar e mudar meu discurso no fim do jogo, quero dar parabéns a vocês”. Deu no que deu, voltaram, ganhamos de 2 a 0. Quando os atletas se entregam para o treinador, nada segura.
Próximos jogos do Glorioso
- Atlético-MG (F) - sábado (16/09) às 21h (de Brasília) - Campeonato Brasileiro
- Corinthians (F) - sexta (22/09) às 20h (de Brasília) - Campeonato Brasileiro