A conquista do tricampeonato brasileiro pelo Botafogo marcou época e deixou a torcida alvinegra em êxtase. Com um futebol vistoso e eficiente, o Glorioso dominou a competição e conquistou o coração dos brasileiros. Mas o que pensam os protagonistas dessa história? Neste artigo, vamos mergulhar nos bastidores da festa alvinegra e ouvir as opiniões dos jogadores que fizeram história.
O Efeito do Tri
A conquista do tricampeonato brasileiro pelo Botafogo repercutiu em todo o país. Jornais e revistas esportivas destacaram a campanha histórica do Glorioso, que superou grandes rivais e se consagrou como o melhor time do Brasil. A torcida alvinegra, por sua vez, vive um momento de euforia e celebra a conquista com muita festa e alegria.
A Voz dos Campeões
Marlon Freitas, Adryelson, Alexander Barboza, Júnior Santos, Allan, John, Marçal e Savarino são apenas alguns dos nomes que fizeram história com a camisa do Botafogo em 2024. Em entrevistas exclusivas, os jogadores revelaram seus sentimentos sobre a conquista, os desafios enfrentados e os planos para o futuro.
Marlon Freitas
O volante, conhecido por sua personalidade reservada, surpreendeu ao falar sobre a importância das redes sociais em sua vida e como a conquista do título o motivou ainda mais.
Sou um cara muito discreto. Vejo futebol de outra forma, não jogo por like, por nota depois do jogo. Sei da minha importância, da minha influência dentro do jogo, é o que vale. Não sei se vou voltar (para redes sociais), só quero comemorar com a minha família, com o grupo de jogadores. Temos outra viagem, outro objetivo para alcançar, pra lutar. Rede social deixo para depois. O importante é saber quem sou e de onde vim. Quero agradecer à minha mãe, ao meu pai, que queria que estivesse aqui, mas sei que ele está feliz pelo filho que me tornei, pelo pai que me tornei (...) Primeiro falar da Libertadores, título que o Botafogo não tinha ainda, algo histórico. Não tivemos começo muito fácil, não foi fácil, mas o grupo trabalhou, se uniu, foi passando das fases. Como falei no final, o Botafogo nunca desistiu, isso foi antes do Marlon. Sou uma pequena peça. É algo histórico, que vou guardar para sempre, o torcedor também. O Campeonato Brasileiro tem sabor especial para mim e para o clube, ano passado batemos na trave, muitas coisas aconteceram. Costumo dizer que sou escolhido, abençoado. Sabia quando vim para cá que ia fazer história, falei isso na entrevista, que vim para o Botafogo ganhar títulos. A palavra tem poder. Acreditava muito, tinha muita fé. Estou muito feliz. Somos abençoados de decidir o título brasileiro na nossa casa, pela primeira vez, histórico, está feito. Vamos comemorar porque merecemos.
Adryelson
O zagueiro, que voltou ao Botafogo em 2024, celebrou a conquista do título como a realização de um sonho e falou sobre a importância do clube em sua carreira.
A conversa era que tínhamos duas missões, ser campeão da Libertadores principal e o Campeonato Brasileiro em seguida. Sou muito grato a Deus. Só eu, Deus e minha família sabem o que passei. Estava no Lyon, não foi fácil, estava com sentimento no coração de que faltava alguma coisa. Não entendíamos o porquê da volta, mas já estava escrito por Deus que era para acontecer isso. A missão está cumprida. Obrigado por todo apoio, a todos que estão nos apoiando (...) O Botafogo representa muita coisa. Depois de voltar dos Emirados, eles me acolheram super bem, desde o pessoal que arruma o gramado até o Mister, fiz amizade com todos. Merecemos muito isso. Entramos para a história, já está feito.
Alexander Barboza
O defensor, que chegou ao Botafogo no início da temporada, admitiu as dificuldades de adaptação ao futebol brasileiro e destacou a importância da união do grupo para a conquista dos títulos.
Trato de não pensar nos rivais, de verdade. Penso em mim. Sei que se fizer bem as coisas ninguém vai passar. Acredito em mim e nesse time. Confiança. Primeiro vamos jogar com Pachuca, depois Al-Ahly, depois Real Madrid. Passo a passo, jogo a jogo, vamos conseguir. Já conquistamos duas coisas incríveis, faltam mais três taças para conseguir (...) Se hoje vier qualquer time do mundo, vamos pensar que podemos ganhar. Porque o resultado diz isso, ganhamos Libertadores e Campeonato Brasileiro. Estamos com confiança muito alta. Sabemos que podemos. Temos que seguir trabalhando. O Pachuca estava de férias, já viajou há três dias, estão com mais descanso, mas aqui jogamos a cada três dias, até para a final da Libertadores, e ganhamos, com menos um jogador desde os 30 segundos. Cansaço está na cabeça, quando as coisas saem bem o cansaço sai fora. Graças a Deus o momento ruim não chegou, estamos muito felizes (...) O futebol no Brasil é muito difícil, muito diferente. O do Paraguai é de muito mais briga, muito mais contato. Para acostumar foi difícil, foi um processo, porque trabalhei, tive que modificar meu jogo, sem deixar de lado minha essência, que é o jogo forte. Gosto de jogar também, obviamente. Deu resultado. Quando cheguei aqui, os jogadores eram diferentes, cada jogador que vinha. Eu pensava se esse time pode jogar como treina, vamos ganhar muitas coisas. Graças a Deus aconteceu.
Júnior Santos
O atacante, artilheiro do Botafogo na temporada, falou sobre a importância da força mental para superar os desafios e alcançar o sucesso.
Foi muito importante toda a nossa trajetória aqui no Botafogo. O começo de ano foi muito difícil mentalmente. A gente teve que construir isso jogo após jogo. Sabíamos que teríamos que fazer uma campanha excepcional para que o peso da frustração do ano passado não caísse sobre os jogadores. Nesse começo, eu consegui fazer grandes jogos com a camisa do Botafogo. A gente conseguiu se classificar na Libertadores. Eu fico muito feliz de poder ter feito parte dessa trajetória do Botafogo, ter sido importante junto com meus companheiros. Ser coroado com os títulos que conseguimos esse ano é algo que vai ficar marcado na minha vida, na minha carreira, na minha trajetória profissionalmente. Foi o auge que eu consegui atingir. Justamente com essa camisa do Botafogo, com tudo que representa a história do clube, para mim é algo que vai ficar marcado na minha vida (...) Quando eu entrei no campo, antes da partida rolar, na hora do hino, eu já comecei a ver a torcida. Comecei a imaginar justamente minha trajetória. Eu comecei a dizer, cara, isso é a mão de Deus em minha vida. Consegui conquistar o que eu conquistei. Consegui passar pelo que eu passei. E algo que foi determinante na minha evolução como jogador foi a atitude. Porque você chega com 23 anos sem nunca ter feito base, tudo o que eu pensava, o que eu faço nos campos de terra, o que eu faço na quadra, no futsal que eu joguei também, eu tenho que colocar dentro de campo, eu tenho que ter atitude. Ou eu vou para cima dos caras e consigo passar nos testes, onde eu passei, no Ituano, no Oswaldo Cruz. Ou, senão, eu vou ficar para trás. Então, isso me fez ir evoluindo, ir passando onde passei, ir conquistando os títulos que eu conquistei. Graças a Deus onde joguei consegui fazer gol, consegui ser destaque, consegui títulos no Japão, consegui títulos pelo Fortaleza. E agora consigo títulos de expressão com o Botafogo, acho que baseado em atitude. As oportunidades que Deus tem me dado, eu tenho conseguido abraçar. E, resumindo tudo isso em sete anos, é o meu sexto título, cara, é uma sensação que não dá para descrever. É muita coisa que passou, mas eu agradeço por tudo, por ter conseguido dar essa virada na minha vida.
Às vezes no futebol você não aparece tanto, mas você é um jogador importante para a equipe. Como aconteceu no ano passado, em 2024 o nosso psicólogo falou algo importante no início da caminhada, que era você encontrar o flow, eu faço uma aula sobre isso, que era quando a dificuldade se tornava grande, a pessoa que tem o poder, a confiança, de você se tornar extraordinário, é quando você vê os desafios grandes mesmo que aparecem. Então acho que nesse momento peguei isso muito para mim, até pela minha trajetória de vida, e consegui colocar isso dentro de campo. Com a confiança que o Botafogo me passou, as coisas começaram a acontecer. A gente começa a fazer as coisas dentro de campo, a confiança vai aumentando em você, você se sente realmente um jogador diferente. Então acho fazer as coisas naturais dentro de campo, os gols, me deu bastante confiança, até mesmo machucando, voltando, conseguindo fazer os gols. Essa confiança já existia, a torcida também me abraçou, me passou bastante confiança, ficaram eufóricos na minha volta, acho que tudo isso ajudou para coroar com tudo o que a gente conquistou esse ano.
Allan
O volante, um dos mais experientes do elenco, celebrou a conquista do título como a realização de um sonho de criança e reafirmou seu compromisso com o clube.
É um sonho de criança. A ficha ainda não caiu, dois títulos, um perto do outro. Esse grupo é merecedor, batalhador, merece desfrutar desse momento (...) Meu futuro é o Botafogo, tenho dois anos de contrato.
John
O goleiro, eleito o melhor da posição no Campeonato Brasileiro, destacou a importância da união do grupo e do trabalho realizado pela comissão técnica.
Muito feliz, né? Agradecer a Deus por ter sido escolhido com todos que estão aqui. Eu acho que a gente construiu aqui uma família linda e maravilhosa, que não só encanta o futebol dentro de campo, encanta o dia a dia dessa rapaziada, que merece muito. É uma rapaziada trabalhadora, um grupo muito trabalhador, no qual todo mundo chega cedo, trabalha bastante, então é isso, merece muito desfrutar de tudo que vai acontecer (...) Eu acho que o nosso grupo tem grandes líderes. Não é só quem carrega a braçadeira, todo mundo do grupo é líder. Eu acho que a gente fez um ano maravilhoso, onde soubemos passar por todas as dificuldades, onde muita gente criticou, falou muita coisa do ano passado, a gente deu a volta por cima e hoje saímos coroados com esse título do Brasileiro, e ganhamos a Libertadores. É desfrutar, desfrutar muito de tudo o que vai acontecer. A gente brinca bastante, né? Nossa pressão a não sofrer tanto chute, a não sofrer muito, começa lá na frente. Desde o Igor até a gente lá de trás. Então, é isso, acho que é desfrutar, todos nós. Acho que é um ano muito maravilhoso para mim e para todo o grupo. Onde cada um deu o seu melhor e contribuiu para que a gente saísse com essas conquistas. Feliz demais.
Marçal
O lateral-esquerdo, que pode deixar o clube no final da temporada, celebrou a conquista do título e falou sobre a possibilidade de defender outro clube em 2025.
Eu provavelmente saio, cara. Provavelmente saio. Não falamos ainda, eu e o Botafogo não conversamos ainda. Mas eu quero, obviamente, encerrar do jeito que estou encerrando, ainda tem mais uma competição (Copa Intercontinental). Mas provavelmente saio. Agradeço ao Botafogo por tudo. E está em aberto, vamos ver o que vai acontecer. Não sei ainda para onde vou, cara. O telefone não tocou (...) Com certeza (é um gosto especial), por tudo que aconteceu ano passado, bateu na trave. Sem dúvida nenhuma é um sabor dobrado e é um peso também que sai. É saber que o torcedor realmente está feliz. Tem dobrado ainda com a Libertadores, então, tem um peso totalmente diferente. É bom demais ter vivido aquilo. Infelizmente não ganhamos, mas sem dúvida nenhuma foi maravilhoso, potencializou a vitória.
Eu provavelmente saio, cara. Provavelmente saio. Não falamos ainda, eu e o Botafogo não conversamos ainda. Mas eu quero, obviamente, encerrar do jeito que estou encerrando, ainda tem mais uma competição (Copa Intercontinental). Mas provavelmente saio. Agradeço ao Botafogo por tudo. E está em aberto, vamos ver o que vai acontecer. Não sei ainda para onde vou, cara. O telefone não tocou.
Savarino
O atacante venezuelano, destaque do Botafogo na temporada, projetou a disputa da Copa Intercontinental e falou sobre seu futuro no clube.
Feliz pela conquista do Brasileiro e pela conquista da Libertadores, o Botafogo merece muito. Vai ser um lindo momento lá também, espero que o time possa disfrutar como tem disfrutado ao longo do ano. Fico feliz por tudo que conquistei no Brasil, tanto pelo Galo como no Botafogo. Venho fazendo essa função já há dois ou três anos. Cheguei aqui ao Botafogo para jogar desse jeito e graças a Deus deu tudo certo. Se não tivesse o Almada, o Luiz, o Igor, o Gregore, o Marlon, isso não seria possível (...) Meu futuro eu deixo para Deus. Estou no Botafogo, tenho mais dois anos de contrato, sempre trato de tomar a decisão melhor para mim e para minha família. O Botafogo também vai falar o que quer para o ano seguinte. Vamos disfrutar desse momento, jogar o Mundial de Clubes e depois continuar disfrutando.
O Futuro do Botafogo
Com a conquista dos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, o Botafogo se tornou um dos clubes mais fortes do continente. Os jogadores, por sua vez, estão motivados a conquistar ainda mais títulos e escrever novas páginas na história do clube.
A disputa da Copa Intercontinental é o próximo desafio do Botafogo. Os jogadores estão cientes da dificuldade da competição, mas estão confiantes em conquistar mais um título.