Por Thiago Guedes
O Botafogo vive um momento de tensão. Após conquistar a Copa Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro em 2024, o time viu a saída de seu treinador, Artur Jorge, que partiu para o Al-Rayyan, no Catar. Desde então, o clube segue sem um novo comandante, e a situação está se tornando cada vez mais crítica. O dono da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), John Textor, está sendo pressionado pela demora na contratação do novo técnico, o que tem gerado insatisfação tanto nos jogadores quanto nos torcedores.
O Impacto da Demora
Após a saída de Artur Jorge, o Botafogo ficou sob o comando interino de Carlos Leiria, mas a falta de um técnico definitivo começa a refletir no desempenho da equipe. A pressão por uma escolha rápida é crescente, pois o clube tem grandes objetivos para 2025, como a defesa do título brasileiro e a participação na Libertadores, além do Campeonato Carioca, que já está em andamento. A demora na definição do novo comandante pode prejudicar o planejamento do time para a temporada.
Os próprios jogadores têm demonstrado preocupação. Alguns jornalistas tem citado fontes internas do clube afirmaram que a falta de um técnico fixo para 2025 pode comprometer a performance da equipe. O tempo está passando e o Botafogo precisa agir rápido para não comprometer seus objetivos para o ano.
Roberto Mancini: O Favorito do Botafogo
Atualmente, o nome que mais ganha força para assumir o comando técnico é o do italiano Roberto Mancini, que está livre no mercado. No entanto, uma das questões que está dificultando a negociação é o alto salário pedido pelo treinador. De acordo com informações do Blog Diogo Dantas, Mancini teria solicitado cerca de 6 milhões de euros líquidos por temporada, o que equivale a aproximadamente R$ 36,2 milhões. Esse valor mensal de R$ 3 milhões é similar ao que o técnico Abel Ferreira recebe no Palmeiras, um dos maiores nomes do futebol brasileiro nos últimos anos.
A situação financeira do Botafogo, agora sob a gestão da SAF, também tem sido um fator decisivo nas negociações. Enquanto o time busca um técnico de peso, a negociação se complica devido à alta demanda salarial de Mancini, e a torcida alvinegra espera por uma solução rápida e eficiente.
Outras Alternativas: Tite e Luís Castro
Tite, ex-técnico da Seleção Brasileira, também foi cogitado para o cargo, mas seu salário mais modesto pode ser uma opção viável para o Botafogo. A experiência de Tite, que conduziu a Seleção a uma Copa do Mundo e conquistou títulos importantes no Corinthians, é um trunfo para qualquer equipe que busca estabilidade. No entanto, a negociação ainda não avançou, e o nome de Roberto Mancini segue como o favorito.
Outra possibilidade levantada foi o português Luís Castro, atualmente no comando do Dunkerque, da França. O técnico renovou recentemente seu contrato com o clube até 2027 e, segundo seu representante, não há intenção de deixar a equipe francesa. Em entrevista ao jornal L'Équipe, o ex-jogador Demba Ba, atual gerente de projetos do Dunkerque, reforçou que Castro está 100% focado no projeto do clube, deixando claro que a negociação com o Botafogo seria improvável.
A Crítica de Neto e a Pressão da Torcida
A demora na contratação de um técnico para o Botafogo gerou críticas de diversos setores, incluindo Neto, apresentador do programa Apito Final, da Band. Em seu comentário, Neto questionou a gestão de John Textor e afirmou que a falta de um treinador definitivo está prejudicando a imagem do clube, especialmente após uma temporada histórica. Segundo Neto, é inaceitável que um time que foi campeão brasileiro e da Libertadores não tenha um treinador fixo em um momento tão crucial.
A comentarista Marília Ruiz também se mostrou frustrada com a falta de critério na busca por um novo técnico. Para ela, o Botafogo parece estar perdido em suas escolhas, indo de nome em nome sem uma linha de pensamento clara. A especialista ainda lembrou que, apesar da SAF e da entrada de novos investidores, o clube precisa dar atenção a detalhes como a escolha de um comandante, o que, segundo ela, é um desrespeito com a torcida.
Por Thiago Guedes
