O final de ano no futebol brasileiro trouxe despedidas no Botafogo. O goleiro Gatito Fernández, o volante Tchê Tchê e o lateral-esquerdo Hugo deixaram o clube carioca, cada um seguindo para novos desafios em suas carreiras. O time alvinegro, que conquistou grandes títulos em 2024, como o Campeonato Brasileiro e a Libertadores, vive um momento de transição e renovação, com a saída desses jogadores que marcaram época.
Gatito Fernández: O Fim de uma Era
Gatito Fernández é, sem dúvida, um dos maiores ídolos da história recente do Botafogo. Com mais de 200 jogos disputados pelo clube, o goleiro paraguaio é o estrangeiro com mais partidas na história alvinegra. Durante seus oito anos no Botafogo, Gatito se destacou não apenas pela sua qualidade técnica, mas também pela sua liderança e comprometimento.
Em 2024, ele foi peça fundamental nas conquistas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, títulos que marcaram um retorno ao topo do futebol brasileiro e internacional para o Botafogo. Em um gesto de respeito e carinho, o clube se despediu de Gatito com um emocionante vídeo, que foi divulgado nesta quinta-feira (26/12). O goleiro foi anunciado como reforço do Cerro Porteño, clube que o revelou para o futebol.
Roberto Júnior Fernández Torres, ou melhor, Gatito Fernández. Para nós, alvinegros, carinhosamente o Gatito, o Gato, o paredão, o campeão, o ídolo. Quando você chegou, a missão não era simples, não é mesmo? Substituir e fazer os alvinegros ficarem tranquilos sem o nosso ídolo Jefferson debaixo das traves. Quem poderia conseguir? Pois é, você conseguiu. Não só isso, virou um parceiro e dividiu lindos momentos com ele. E isso deixou nossos corações tão alegres!
Você se mostrou gelado e defendeu inúmeros pênaltis. E olha que não foram poucos. Ufa! Virou um dos maiores pegadores que o Brasil já viu. Muitos deles nos fizeram comemorar demais. Em 2018, o Carioca veio assim, lembra? Você também operou defesas milagrosas. Algumas que até hoje ninguém consegue nem entender.
Ah, e como não lembrar daqueles momentos necessários em alguns jogos, hein? A garrafinha de água antes do tiro de meta, a toalhinha para limpar as luvas… Gente, alguém viu a lente do Gatito aí?
Nos nossos momentos de dificuldade? Sim, você esteve lá. Trabalhou e representou sempre com esse sorriso tímido no rosto. Nos seus momentos de dificuldade, você não desistiu. Pegou todo o apoio dos nossos torcedores e o transformou em motivação para voltar mais forte.
É, Gatito… Foram mais de sete anos juntos e tudo o que você fez com essa camisa com certeza está marcado em cada coração alvinegro. Sim, seu ciclo como atleta do Botafogo chegou ao fim. Mas sabemos que, como um bom alvinegro de coração, está bem longe do final. Isso é eterno. Afinal, sua história se mistura com a nossa.
Gatito Fernández, o pegador de pênaltis, o sucessor e parceiro de Jefferson, o melhor amigo de Joel Carli, o alvinegro apaixonado que pediu sua querida Sil em casamento no gramado do Estádio Nilton Santos. O papai das botafoguenses Rafinha e Sossô. O cara que mostrou todo o seu amor ao Glorioso mesmo nos momentos mais difíceis.
O campeão da América. O campeão do Brasil. O ídolo. Para sempre, o nosso herói absoluto no Defensores del Chaco. Obrigada por tudo, Gatito!
Gatito deixa uma marca indelével no Botafogo, e sua saída emociona torcedores, colegas de time e membros da comissão técnica. Durante sua passagem, ele foi peça fundamental em momentos decisivos, como a vitória na Libertadores de 2017, e seu legado é imensurável para todos que acompanharam sua trajetória no clube.
O Impacto de Gatito no Botafogo
Gatito não foi apenas um goleiro. Ele foi um líder, uma referência para todos no time. Sua habilidade de manter a calma em situações de pressão, sua segurança no gol e sua relação com a torcida botafoguense fizeram dele uma figura querida por todos. Fernanda Maia, locutora do Estádio Nilton Santos e apresentadora do "SBT Sports Rio", compartilhou a emoção ao ler o texto de despedida para Gatito. Ela mencionou o quanto foi difícil controlar a emoção ao falar sobre o goleiro, que se tornou um verdadeiro ídolo para os botafoguenses.
“Eu falei em nome de todos os botafoguenses: Obrigada, Gatito! Você foi um dos maiores ídolos dos últimos 30 anos do Botafogo. Sua marca vai ficar eternamente na história do clube", disse Fernanda, que tem uma relação pessoal de admiração por Gatito. Ele vai deixar saudades e será lembrado como um dos grandes nomes da história do time.
Tchê Tchê: Um Líder que Deixa a Camisa 6 com Orgulho
Outro nome importante a se despedir do Botafogo é o volante Tchê Tchê. O jogador fez parte da era SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e foi um dos pilares do time durante sua passagem. Tchê Tchê, que atuou em 150 partidas com a camisa alvinegra, se despediu nas redes sociais com uma mensagem emocionante.
“Honra é sinônimo de privilégio e posso me dizer um privilegiado por ter usado por 150 vezes a camisa 6 do Botafogo. A camisa do Nilton Santos, um revolucionário do futebol", escreveu Tchê Tchê, destacando o quanto foi especial defender a camisa do Botafogo, um dos clubes mais tradicionais do Brasil.
Tchê Tchê, que também ajudou o time nas conquistas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, tem uma carreira vitoriosa. Seu futebol combativo e sua liderança dentro de campo fizeram dele um dos capitães mais respeitados do Botafogo. Ele deixa o clube para defender as cores do Vasco em 2025, mas seu legado permanecerá na memória dos torcedores.
Hugo: O Lateral que Deixou seu Nome na História
Hugo, o lateral-esquerdo que foi emprestado ao Vitória, também se despediu do Botafogo. O jogador, que passou a maior parte da temporada de 2024 como reserva, teve um papel importante durante o ano, com 33 jogos disputados. Embora não tenha sido titular absoluto, Hugo contribuiu com dois gols e sete assistências, se destacando em momentos-chave para o time.
O empréstimo de Hugo ao Vitória inclui uma opção de compra fixada em US$ 2 milhões (cerca de R$ 12,3 milhões). O lateral-esquerdo deixa o Botafogo com a sensação de dever cumprido e com a gratidão dos torcedores pela sua dedicação durante o tempo em que vestiu a camisa alvinegra.