O Botafogo deu um passo significativo na busca por soluções financeiras ao requerer, nesta última quinta-feira, um processo de recuperação extrajudicial na 1ª Vara Empresarial de Justiça do Rio de Janeiro. O objetivo primordial é quitar um montante expressivo de dívidas cíveis, estimadas em cerca de R$ 405 milhões, ao longo de um período de 15 anos.
Credores ilustres e montantes expressivos
A revista “Veja”, por meio da coluna “Radar”, divulgou uma lista dos credores mais notáveis do Botafogo. Além da já mencionada Odebrecht, figuram nessa relação empresas e instituições de grande porte, como a mineradora Vale, com um valor a receber de aproximadamente R$ 8,5 milhões, e a antiga companhia aérea TAM, com uma dívida de quase R$ 23 milhões. Surpreendentemente, até mesmo o Ministério Público do Rio de Janeiro está na lista, com um montante de R$ 1,2 milhão a ser recuperado.
Destacam-se também os irmãos Walter e João Moreira Salles, com uma quantia de R$ 18,6 milhões cada, totalizando cerca de R$ 37 milhões, representando quase 9,2% do passivo total do clube. A dívida com a Odebrecht/Novonor, por sua vez, atinge a cifra de aproximadamente R$ 100 milhões.
Proposta de pagamento do Botafogo e estratégias adotadas
De acordo com informações da coluna “Radar”, o plano apresentado pelo Botafogo oferece a possibilidade de um desconto expressivo de 90% para pagamentos à vista ou um deságio de 40% para quitação em até 156 parcelas. Estas, por sua vez, teriam seu início dois anos após a homologação do processo de recuperação extrajudicial.
Essa estratégia visa viabilizar a quitação dos débitos de forma mais acessível e condizente com a capacidade financeira do clube, possibilitando um ajuste gradual e mais favorável para ambas as partes envolvidas.
O passo dado pelo Botafogo demonstra uma tentativa efetiva de reorganização financeira, buscando, assim, um caminho para a estabilidade e a continuidade de suas atividades. Resta aguardar o desenrolar desse processo, na expectativa de um desfecho que assegure não apenas a saúde financeira do clube, mas também a manutenção de sua tradição e relevância no cenário esportivo nacional.
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Por Thiago Guedes
