O futebol é uma montanha-russa de emoções, e o Campeonato Brasileiro de 2023 tem sido um perfeito exemplo disso. O Botafogo, que iniciou a competição com um desempenho notável, viu suas conquistas e eficiência despencarem de forma alarmante no segundo turno. Uma análise realizada pela plataforma “Sofascore” revelou um declínio impressionante de 51 pontos percentuais no aproveitamento do time carioca, passando de um expressivo 82% no primeiro turno para preocupantes 31% no segundo.
Esta queda vertiginosa não apenas coloca o Botafogo em uma posição delicada na tabela, mas também se destaca como a maior mudança de desempenho entre um turno e outro, não só nesta temporada, mas entre todos os clubes participantes da Série A. Para colocar em perspectiva, a segunda maior queda de rendimento, atribuída ao Fluminense, foi de 12 pontos percentuais a menos, demonstrando o quão drástica foi a transformação dos alvinegros.
Enquanto alguns clubes encontraram maneiras de reverter suas trajetórias no campeonato, como Vasco e Santos, lutando tenazmente contra o rebaixamento e melhorando seus desempenhos em 27 e 22 pontos percentuais, respectivamente, o Botafogo enfrenta um cenário desafiador.
Botafogo não deve manter Di Placido em 2024
Para agravar a situação, a decisão do Botafogo em não exercer a opção de compra para manter Di Placido, lateral-direito emprestado pelo Lanús (ARG), sugere uma possível reconfiguração no elenco para a temporada seguinte. O valor estipulado para a compra do argentino é de US$ 1,8 milhão (aproximadamente R$ 8,8 milhões), um investimento considerado alto no momento.
Além das questões financeiras, há relatos sobre o comportamento do jogador fora de campo, que têm sido mal avaliados ao longo desta temporada. Esses elementos se tornam peças de um quebra-cabeça maior, indicando não apenas uma reavaliação da estrutura do time, mas também a necessidade de considerar aspectos além do desempenho em campo ao planejar o futuro do Botafogo.
Com apenas quatro rodadas restantes, o cenário para o Botafogo é desafiador. A equipe precisa não apenas lidar com seu desempenho em campo, mas também equilibrar questões contratuais e de comportamento que podem impactar significativamente seu rumo na competição e nas próximas temporadas.
É um momento crucial para o clube e seus gestores, que enfrentam decisões complexas para reverter essa queda abrupta e traçar um novo curso para o Botafogo. A esperança permanece, mas a urgência de medidas assertivas é evidente para evitar desfechos indesejados no cenário do futebol brasileiro.
