O Botafogo enfrentou uma noite desafiadora na 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, enfrentando o Vasco no estádio de São Januário. Com uma série de desfalques em seu sistema defensivo, a equipe alvinegra entrou em campo para tentar manter sua liderança na competição. No entanto, a falta de criatividade e uma atuação abaixo do esperado resultaram na terceira derrota consecutiva, deixando o título que parecia questão de tempo se transformar em um grande vexame.
Vasco 0x1 Botafogo
O jogo começou com um cenário inusitado, já que torcedores do Botafogo enfrentaram longas filas e lentidão na troca de ingressos para o clássico. A demora na conversão dos vouchers de compra online em ingressos físicos frustrou a torcida, que teve acesso a apenas cerca de 900 ingressos, devido a determinações da Polícia Militar. Uma vez dentro do estádio, o Botafogo precisava superar as dificuldades impostas pelo Vasco.
O início da partida viu o Vasco pressionar, mas o Botafogo conseguiu controlar o jogo gradualmente, aproveitando-se das falhas do adversário. A melhor oportunidade do Glorioso surgiu aos oito minutos, quando Danilo Barbosa fez uma jogada brilhante no meio-campo e encontrou Victor Sá, que chutou forte, mas a bola bateu no goleiro Maicon.
Quando o Botafogo parecia estar dominando o jogo, o Vasco marcou o primeiro gol aos 28 minutos. Paulo Henrique aproveitou uma hesitação na defesa do Botafogo, driblou Bastos e acertou um belo chute de esquerda no canto esquerdo do goleiro Lucas Perri, que não conseguiu alcançar a bola.
Após o gol, o Vasco se fechou defensivamente, e o Botafogo, apesar de alguns espaços, teve dificuldades para criar oportunidades claras de gol. O segundo tempo não trouxe melhorias significativas para o Glorioso, que continuou a lutar para produzir ofensivamente.
As substituições feitas pelo técnico Lucio Flavio não surtiram o efeito desejado, com jogadores como Diego Costa e Segovinha tendo pouco impacto. Além disso, jogadores visivelmente cansados permaneceram em campo, contribuindo para a falta de criatividade do Botafogo.
Com essa derrota, o Botafogo terminou a 32ª rodada do Brasileirão ainda na liderança, com 59 pontos, empatado com o Palmeiras (que tem um jogo a mais e uma vitória a menos) e um ponto à frente do Red Bull Bragantino.
Próximos jogos do Botafogo incluem um confronto contra o Grêmio em São Januário, seguido de um duelo com o Red Bull Bragantino no Nabi Abi Chedid.
Notas
As notas individuais dos jogadores e do técnico refletem a atuação do Botafogo no confronto contra o Vasco, onde a equipe sofreu uma derrota por 1 a 0. Aqui está uma análise detalhada das notas:
- LUCAS PERRI (5,0): O goleiro não vive seu melhor momento e foi criticado por seu posicionamento no gol do Vasco.
- DI PLACIDO (4,5): Teve uma atuação marcada pela correria, mas com erros de posicionamento que prejudicaram a equipe.
- PHILIPE SAMPAIO (5,5): Apesar de gerar preocupação na torcida, não fez um jogo ruim e conseguiu ganhar disputas na força.
- BASTOS (5,0): Sua atuação foi razoável, com alguma imposição nas jogadas, mas foi facilmente driblado no gol adversário.
- MARÇAL (3,0): O capitão da equipe foi duramente criticado, especialmente por falhar de forma decisiva no gol do Vasco.
- DANILO BARBOSA (6,5): Foi um dos destaques do Botafogo, atuando bem tanto no meio de campo como na zaga. Marcou, jogou e tentou armar.
- TCHÊ TCHÊ (6,5): Trabalhou incansavelmente, mas sua atuação destacou a falta de contribuição de outros jogadores. Correu, marcou, chutou, mas teve pouca ajuda.
- EDUARDO (3,5): Passou despercebido em campo, e sua atuação foi criticada.
- JÚNIOR SANTOS (5,0): No primeiro tempo, contribuiu com determinação, mas desapareceu ao longo da partida.
- VICTOR SÁ (5,5): Começou bem, criando oportunidades, mas caiu de produção à medida que o jogo avançava.
- TIQUINHO SOARES (3,5): Possivelmente teve sua pior atuação pelo Botafogo, sendo criticado por sua lentidão e falta de intensidade.
- HUGO (5,0): Melhorou um pouco o lado esquerdo da equipe, mas não fez uma grande diferença.
- DIEGO COSTA (4,0): Entrou em campo, mas sua atuação foi marcada por confusões, cartão amarelo e dificuldades na partida.
- MATÍAS SEGOVIA (4,5): Tentou se destacar, mas enfrentou dificuldades físicas.
- CARLOS ALBERTO e LUIS HENRIQUE: Tiveram pouco tempo em campo e, portanto, não receberam notas.
- LUCIO FLAVIO (4,0): O técnico passou boa parte do jogo reclamando da arbitragem e não conseguiu encontrar soluções para sua equipe. Sua abordagem tática lembrou tempos anteriores, com posse pouco produtiva, tentativa de propor o jogo, equipe espaçada e linhas distantes. Suas substituições também não tiveram o efeito desejado.
Essas notas refletem a insatisfação da torcida com o desempenho da equipe, particularmente diante de uma sequência de derrotas. O Botafogo enfrenta desafios importantes pela frente, e será fundamental superar as dificuldades e encontrar soluções para retomar o caminho das vitórias no Campeonato Brasileiro.
FICHA TÉCNICA
- VASCO 1 X 0 BOTAFOGO
- Estádio: São Januário
- Data-Hora: 6/11/2023 – 19h
- Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
- Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (Fifa/SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
- VAR: Wagner Reway (VAR-Fifa/PB)
- Renda e público: R$ 1.033.486,00 / 20.557 pagantes / 21.043 presentes
- Cartões amarelos: Medel e Paulinho (VAS); Marçal, Danilo Barbosa, Diego Costa e Tiquinho Soares (BOT)
- Cartões vermelhos: –
- Gol: Paulo Henrique 28’/1ºT (1-0)
A derrota do Botafogo nesse confronto ressalta a necessidade de encontrar soluções criativas e eficazes para manter sua liderança no Campeonato Brasileiro. Com uma série de desafios pela frente, o Glorioso terá que se recuperar rapidamente e mostrar um desempenho mais consistente para evitar que o título que parecia certo se transforme em um vexame histórico.