O Botafogo está de volta aos holofotes do futebol brasileiro! O time carioca vive um momento mágico, com desempenho impecável dentro de campo e reconhecimento da crítica especializada. A liderança do Campeonato Brasileiro, a classificação para as semifinais da Libertadores e a convocação de diversos jogadores para a Seleção Brasileira consolidam o Glorioso como uma das principais forças do futebol nacional.
A boa fase do Botafogo tem sido amplamente elogiada por comentaristas esportivos de renome. Nomes como Eugênio Leal, Zinho, Mário Marra, Tim Vickery e PVC têm destacado a qualidade do time, a solidez do projeto e o potencial de conquistas futuras.
A Visão de Eugênio Leal
Eugênio Leal, em seu programa na ESPN, destacou a nova realidade do Botafogo, ressaltando a importância do trabalho realizado nos bastidores e a evolução do time ao longo dos últimos anos.
O Fogão é diferente esse ano, entendeu o que aconteceu ano passado. Tudo começa com a saída do Luís Castro, mas não foi só. Sofreu muito por não ter reforçado o elenco no meio da temporada, e o elenco que ficou caiu muito de produção, assustadoramente. E caiu psicologicamente, a confiança foi desabando junto com a queda física. Vimos uma situação esportivamente que foi um desastre, porque tinha larga vantagem na liderança do campeonato. Foi desmilinguindo a cada jogo, chegou de forma trágica. Não é o que vemos hoje. Hoje pode nem ser campeão, mas não passará pelo que passou ano passado, do fato de estar tão bem, com tanta vantagem, com tanta força e desabar como desabou. Tem elenco mais reforçado, técnico mais equilibrado, ano passado as escolhas não foram boas, não soube lidar, faltou mais presença da diretoria no dia a dia, agora tem ações mais corretas. A diretoria aprendeu, fez contratações que melhoraram muito o time.
O Botafogo do primeiro semestre era inferior ao de hoje. Chegou Adryelson para reforçar a zaga, foi buscar Vitinho, para mim melhor que o Damián Suárez, na esquerda o Alex Telles, de Seleção, no meio buscou Allan, Thiago Almada, com uma programação, assim como Igor Jesus. Foram negócios fechados anteriormente para dar um extra no meio do ano. O Botafogo estava sofrendo com lesões, jogadores caindo de produção, Tiquinho não é o mesmo, Júnior Santos se machucou, a volta dele vai potencializar até mais o Botafogo no fim da temporada. Tinha jogadores capazes de manter o rendimento nesse período. É diferente, outra realidade, há preocupação do Artur Jorge de saber controlar a questão da memória de 2023, às vezes é até duro, não pode deixar entrar esse vírus lá dentro. Tem que blindar, está blindando, não acho que esteja errado. A ideia de evitar o assunto é melhor. Hoje é um Botafogo que além do Campeonato Brasileiro está pensando em uma Libertadores da América, está na semifinal. Faz 51 anos que não chegava. É hoje um time muito consistente, competitivo, com futebol envolvente, se destaca. É uma referência de time no futebol brasileiro, com personalidade e estratégia de futebol europeu.
A Análise de Zinho
Zinho, outro grande nome do futebol brasileiro, também se mostrou impressionado com o desempenho do Botafogo. O comentarista elogiou a solidez defensiva e a qualidade do jogo ofensivo do time carioca.
O Botafogo estava em tarde diferente. Se a pergunta é se é o time mais confiável, mostra ser sim. Tem pontuação pequena em relação ao Palmeiras até, três pontos, está em aberto. O Botafogo ano passado tinha vantagem muito maior. Mas percebemos um Botafogo mais sólido, bem organizado, que joga fora de casa buscando vitória, não vai jogar no contra-ataque, é muito bem treinado. Vai ter que se dividir? Mas é em reta final, ganhou novos reforços, tem a volta de Júnior Santos, tem banco, jogadores para buscar soluções. Tem condições de não priorizar só um. Está em semifinal de Libertadores, perto de ganhar título, é administrar elenco, tem elenco para isso e joga o futebol nesse momento que mais me agrada, o estilo de jogo, a forma de buscar as vitórias. Realmente está mais sólido.
A Projeção de Mário Marr
Mário Marra acredita que o Botafogo está no caminho certo para conquistar títulos importantes. O comentarista destacou a importância da gestão profissional do clube e a qualidade do elenco.
O Botafogo tem alguma oscilação, mas nada comovente, é algo normal. Me parece que a gestão de grupo é muito mais confiável que ano passado. Era instável. Sem querer ser o mais cético do universo, o trabalho está sendo muito bem conduzido. Ganhar o Campeonato Brasileiro é muito difícil. O Botafogo está fazendo trabalho perfeito, incrível. Olhando para o pior cenário, se perder, se der tudo errado, não há menor possibilidade de ano que vem não lutar de novo. O Botafogo vai acabar sendo campeão. E vai continuar com investimento.
Em relação à disputa que esperamos, que foi ano passado em boa parte da temporada, hoje é surpresa pensar que o o Palmeiras perdeu ponto no fim de semana, porque o adversário não vinha mostrando muita força de reação. O segundo turno é muito diferente, a ficha cai. Uma hora entendem a informação que se não pontuar estão perdidos. O Red Bull Bragantino conseguir tirar ponto do Palmeiras, o que fez o Botafogo abrir um pouco mais. Mas não há menor projeção que não pode inverter na próxima rodada, está tudo em aberto.
O Olhar de Tim Vickery
Tim Vickery, um dos principais comentaristas de futebol inglês no Brasil, também não escondeu sua admiração pelo Botafogo. O jornalista destacou o trabalho do departamento de scout do clube, responsável por revelar grandes talentos.
Que achado esse jogador. Temos que reconhecer, com ele e vários outros, Tiquinho Soares por exemplo, que o trabalho do scout do Botafogo é extraordinário. Todo mundo que traz dá certo dentro da estrutura do time. Tem achado jogadores sensacionais onde ninguém está olhando. Não é somente dinheiro. Lembro Romário, Sávio e Edmundo (no Flamengo em 1995), não rolou.
Igor Jesus é um centroavante com versatilidade de encaixar no time. Além de ser referência, tem mobilidade, pode se colocar por trás da linha também. O cara com a bola precisa do atacante para não morrer com a bola nos pés, Igor Jesus dá várias opões. Entrou bem. Parabéns para o Botafogo e para o Dorival Júnior. Pessoalmente, para futebol internacional, acho Igor Jesus mais interessante que Pedro, que é jogador de grande área. A mobilidade do Igor é um plus em cima do Pedro, que sei que antes da tragédia da lesão estava tentando se desenvolver. Mas sempre achei que a entrada dele contra a Croácia (na Copa do Mundo de 2022) determinou o jogo, até para pressionar o adversário. A Croácia tinha facilidade para colocar a bola no meio-campo, aí se vão cinco minutos, tocando. Não tenho a menor dúvida que a entrada do Pedro influenciou, não tem intensidade para pressiona.
A Opinião de PVC sobre o Botafogo
Paulo Vinicius Coelho, em sua coluna no UOL, abordou a relação entre o Botafogo e a Seleção Brasileira. O jornalista destacou o orgulho da torcida alvinegra com a convocação de seus jogadores e como isso pode fortalecer o vínculo entre a equipe canarinha e o povo brasileiro.
Sete dias de notícias que envolveram o Botafogo. Primeiro, a notícia de que o Glorioso voltava a ser o clube com mais jogadores cedidos à seleção. Mais do que o Real Madrid, com a substituição de Arana, do Atlético, por Alex Telles, do Botafogo, e os cortes de Militão e Vinicius Júnior. Surpreendentemente, o Botafogo passou a ser o clube com mais convocados para a seleção brasileira, o que não acontecia desde 15 de abril de 1992, época em que o alvinegro tinha o banqueiro do jogo do bicho Emil Pinheiro como patrono, Renato Gaúcho, Carlos Alberto Dias, Márcio Santos e Valdeir na lista de Carlos Alberto Parreira. O Botafogo não tinha sete convocados para seleções nacionais, como nesta Data Fifa, desde 1962. Mais um aspecto para reforçar a vaidade.
A última, ter os dois gols da virada sobre o Chile marcados por jogadores do elenco botafoguense. Havia 26 anos sem gols de atletas do Botafogo para a seleção, desde Bebeto contra a Dinamarca, nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1998.
O orgulho alvinegro esbarrou na observação de que o Botafogo não teria tantos jogadores talentosos se não fosse SAF. Ora, mas as Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) estão dentro da legislação. Pode-se dizer que o Manchester City não teria 13 convocados por seleções nacionais se não fosse comprado pelo sheik Mansour Bin Zayed, se não fosse um integrante do conglomerado City Group, que tem como matriz o Abu Dhabi United Group. O Milan estava à beira da falência, quando foi comprado pelo grupo Fininvest, de Silvio Berlusconi. Não fosse por isso, não teria conquistado cinco de suas sete Champions League, nem contado com o talento de jogadores como Ruud Gullit, Marco Van Basten, Frank Rijkaard, Dejan Savicevic, Kaká, Shevchenko, Pirlo, Dida.