Por Thiago Guedes
Em um momento crucial de sua história, o Botafogo enfrenta o desafio de reestruturar sua dívida milionária, valendo-se do mecanismo da recuperação extrajudicial (REJ) como estratégia para superar uma crise financeira. O clube carioca, símbolo de tradição e paixão no futebol brasileiro, está na reta final das negociações, buscando um acordo que satisfaça tanto a instituição quanto seus credores.
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O Prazo se Aproxima
Conforme divulgado pelo "Panorama Esportivo", o Botafogo tem até o dia 19 de março para apresentar um plano viável para o pagamento de suas 340 dívidas cíveis, as quais somam aproximadamente R$ 400 milhões. Esta situação coloca o clube sob uma pressão intensa, exigindo não apenas habilidade nas negociações, mas também uma estratégia sólida que permita uma recuperação financeira efetiva.
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Estratégia de Negociação
A expectativa do Botafogo é obter a adesão de credores que representem até 60% do valor total da dívida, superando o mínimo de 50% necessário para que o plano de recuperação seja aprovado judicialmente. Entre os credores, destaca-se a Odebrecht, com uma dívida original de R$ 100 milhões, que concordou com um pagamento de R$ 10 milhões. Por outro lado, os irmãos João Moreira Salles e Walter Moreira Salles, com créditos de R$ 18,6 milhões cada, estão próximos de um acordo, segundo fontes ligadas às negociações.
Condições de Pagamento
O plano proposto pelo Botafogo inclui condições de pagamento variadas, visando acomodar as diferentes necessidades e expectativas dos credores. Aqueles dispostos a aceitar um desconto de 90% poderão receber o pagamento à vista, uma estratégia que visa reduzir significativamente o passivo do clube de forma imediata. Para os credores que concordarem com um desconto de 40%, o clube oferece um parcelamento em até 156 vezes, demonstrando flexibilidade e disposição para atingir um consenso.
Renegociação de Dívidas Trabalhistas e Tributárias
Além das negociações em torno das dívidas cíveis, o Botafogo já avançou na renegociação de suas obrigações trabalhistas e tributárias, o que representa um passo significativo na direção da recuperação financeira. Esses acordos são cruciais para que o clube possa se reorganizar, mantendo sua competitividade e honrando seus compromissos.
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Por Thiago Guedes
