O Botafogo viveu uma noite tensa na última quarta-feira (22/01), no Estádio Nilton Santos, ao perder para o Volta Redonda no Campeonato Carioca 2025. O momento mais crítico foi quando o volante Patrick de Paula teve a chance de empatar a partida, mas desperdiçou um pênalti que poderia ter mudado o rumo do jogo. O erro gerou muitas discussões, especialmente em relação ao papel da comissão técnica e à indefinição sobre quem deve ser o responsável pelas cobranças de pênaltis no time.
Embora o jogador tenha recebido apoio do técnico Carlos Leiria, que destacou sua dedicação e experiência como capitão da equipe, também surgiram críticas sobre a forma como os pênaltis estão sendo gerenciados pelo clube. O comentarista André Loffredo, do programa "Troca de Passes" (SporTV), foi enfático ao apontar falhas graves na organização da comissão técnica, principalmente no que diz respeito à definição dos batedores. A dúvida e a falta de um procedimento claro para a cobrança de pênaltis geraram ruídos dentro do elenco, o que, segundo Loffredo, não deveria acontecer.
O Erro de Patrick de Paula: Mais do que uma Falha Individual
Quando Patrick de Paula se posicionou para cobrar o pênalti que poderia ter garantido o empate ao Botafogo, muitos torcedores e especialistas acreditavam que o jogador estava pronto para fazer a diferença. No entanto, o chute foi mal executado e o gol não aconteceu. Embora o volante tenha sido firme ao assumir a responsabilidade, a perda do pênalti teve repercussões além do campo.
Carlos Leiria, técnico do time, procurou tranquilizar o jogador após o erro. Ele destacou que Patrick tem se esforçado muito para recuperar o ritmo de jogo após um longo período inativo. Leiria também ressaltou que o volante tem desempenhado uma função importante na equipe, tanto pela sua habilidade de passe quanto pela sua liderança como capitão. O treinador frisou que o apoio à confiança de Patrick é fundamental, especialmente após um erro como o de um pênalti.
Leiria ainda fez questão de lembrar que, no jogo anterior, Patrick havia sido competente ao bater um pênalti e marcar gol. O treinador acredita que o volante tem potencial para superar esse tropeço e continuar sua evolução dentro do time, enquanto a equipe se prepara para os próximos desafios, como o confronto contra o Bangu no domingo (25/01).
Primeiramente, com relação ao Patrick, vou falar sobre o posicionamento dele em campo. Tenho o utilizado em uma função um pouco mais recuada à frente da defesa, pela capacidade de passe, tanto curto quanto longo. Tenho cobrado algumas ações de opção de passe para que a bola chegue mais vezes nele, nesse posicionamento que ele tem feito. É um jogador que tem se empenhado muito no dia a dia, tem se empenhado bastante, tem treinado muito, ficou um longo tempo inativo.
Então, eu peço a ele sempre que tenha a confiança para jogar, passo essa confiança para o Patrick. Ele é o capitão da nossa equipe por mérito, por ter conquistado isso no dia a dia, por ter se tornado um líder dessa equipe, um jogador que está sendo importante na adaptação dos jovens que estão sendo inseridos no elenco. O Patrick tem uma importância pela experiência que ele tem e obviamente a gente está trabalhando para que cada vez mais ele possa estar ganhando o ritmo de jogo novamente. Isso tem sido importante, a minutagem que ele está tendo. Infelizmente, ele perdeu o pênalti, isso faz parte de quem está ali dentro. No jogo anterior, ele foi competente na batida do pênalti e fez o gol. É continuar procurando apoiar o Patrick e ao mesmo tempo cobrar ele com relação ao desempenho para que ele possa estar evoluindo.
A Crise dos Pênaltis no Botafogo: Falta de Organização
Embora o erro de Patrick tenha sido um momento importante, ele não é o único fator que tem gerado polêmica no Botafogo. A questão dos pênaltis e a indefinição sobre quem deve ser o responsável pela cobrança têm sido um problema recorrente no clube. No mesmo jogo contra o Volta Redonda, o time teve outro pênalti a seu favor, mas, mais uma vez, houve confusão sobre quem seria o batedor.
Para o comentarista André Loffredo, essa falta de definição sobre os batedores é uma falha grave da comissão técnica. Ele apontou que, antes de cada jogo, a comissão deveria ter uma lista clara de quem são os jogadores responsáveis por cobrar os pênaltis, e isso não deveria ser decidido na hora do jogo, de forma improvisada. A falta de organização nesse aspecto cria um clima de incerteza dentro do elenco, o que pode afetar a confiança dos jogadores e prejudicar a performance da equipe.
A falha é muito grave da comissão técnica. A comissão técnica, quando está no vestiário, tem os jogadores ali, tem que ter uma listinha “olha, um em campo, bate esse. Se esse não estiver em campo, bate esse. Se não estiverem os dois, bate esse. Acontecer de não estar três em campo, aí a gente decide.
Loffredo fez uma crítica direta à comissão técnica, dizendo que não pode haver essa indefinição durante uma partida, especialmente em momentos tão decisivos como as cobranças de pênalti. Para ele, deveria haver uma hierarquia clara, uma "ordem de prioridade" para as cobranças, que fosse seguida rigorosamente. Isso evitaria discussões desnecessárias e garantiria maior tranquilidade para os jogadores durante a execução dos pênaltis.
Tem uma lista disso, prioridade de batida. Quem é o batedor oficial desse time? É esse. É esse que vai bater. Chegar na hora, o cara que vai bater entregar a bola para o outro e depois a gente conversa no vestiário? Quem vai bater é esse. Aconteceu no Corinthians agora. Aconteceu no Botafogo agora. Comissões técnicas não podem deixar esse tipo de coisas acontecer, gera um ruído dentro do elenco desnecessário.