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Botafogo eliminado: Cansaço ou falta de sorte? Comentaristas falam sobre o assunto
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Botafogo eliminado: Cansaço ou falta de sorte? Comentaristas falam sobre o assunto

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A goleada sofrida pelo Glorioso na Copa Intercontinental reabre o debate sobre o calendário do futebol e a dificuldade dos clubes brasileiros em competições internacionais.

autorPor Thiago Guedes
Data Publicação:12/12/2024
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A emocionante jornada do Botafogo em 2024, marcada pela conquista da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, teve um final amargo. A derrota sofrida para o Pachuca na Copa Intercontinental reacendeu um debate que já é antigo no futebol brasileiro: o impacto do calendário sobre o desempenho dos clubes em competições internacionais.

Botafogo: O Cansaço como Vilão? 

A eliminação do Botafogo serviu como estopim para uma série de análises sobre os motivos que levaram o time a ser derrotado de forma tão contundente. A principal justificativa apresentada por comentaristas e especialistas foi o desgaste físico dos jogadores, decorrente da intensa temporada que o clube disputou.

A sequência de jogos, viagens e a pressão por resultados teriam sido os principais fatores que contribuíram para a queda de rendimento do time carioca. Afinal, conquistar dois títulos nacionais em um mesmo ano é uma façanha e exige um esforço físico e mental gigantesco dos atletas.

A Polêmica do Calendário

A questão do calendário do futebol brasileiro não é nova. Há anos, clubes, jogadores e técnicos reclamam da quantidade excessiva de jogos e da falta de tempo para descanso e recuperação. A eliminação do Botafogo apenas trouxe à tona mais uma vez esse problema.

Comentaristas como PVC e André Rizek defenderam a tese de que o calendário sobrecarregado é um dos principais obstáculos para que os clubes brasileiros obtenham sucesso em competições internacionais. Eles argumentaram que a disputa de tantos jogos em um curto período de tempo prejudica a preparação das equipes e aumenta o risco de lesões.

PVC: "Não é vexame! É cansaço! Não é só físico, mas mental. O desgaste mental e físico desta vez é de vencer tudo e, três dias depois, ter de jogar do outro lado do mundo, com seis horas de mudança de fuso horário, sem conseguir dormir, sem parar de comemorar, sem poder parar de trabalhar por uma hora que seja. O futebol brasileiro precisa pensar nisso (...) Ou a gente vai falar de futebol a sério, todos nós, ou vamos seguir perdendo para quem trabalha melhor".

André Rizek: "Em circunstâncias normais, eu abriria o programa de hoje lembrando que o Mundial de Clubes tem sido um grande tapa na cara da nossa sociedade. Depois de 2012 para cá, quando o futebol brasileiro vai jogar o Mundial de Clubes, ou a gente para na semifinal ou chega na final pra ser massacrado pelo campeão da Champions, como foi no ano passado com o Fluminense levando 4 a 0 e praticamente com todos os sul-americanos que conseguem chegar na decisão. Além de tudo, disso ser uma verdade indigesta para a gente, por mais que muita gente insista em negá-la, devo dizer que hoje não foi uma circunstância normal. O Botafogo disputou hoje o quinto jogo em 16 dias, cada um numa cidade diferente. Terça-feira em São Paulo contra o Palmeiras, sábado em Buenos Aires contra o Galo, jogando com um jogador a menos desde os 40 segundos, quarta-feira seguinte em Porto Alegre contra o Internacional, domingo contra o São Paulo no Nilton Santos e na sequência o embarque pra Doha, com mais de 15 horas de viagem, seis horas de fuso e depois de algumas horas no Catar entrou em campo para disputar uma partida contra uma equipe que se mostrou valorosa, de jogadores internacionais, de bons jogadores e que superou o Botafogo completamente do começo ao fim. Acho que, além da gente ter mais um choque de realidade do futebol brasileiro quando sai da América do Sul, eu não consigo tratar o jogo de hoje como algo normal na vida de um time de futebol que completou o quinto jogo em 16 dias e por causa disso, por exemplo, começou com uma escalação completamente diferente, que nunca foi utilizada antes. Estou passando muito pano, mas é que eu acho que a situação do jogo de hoje é atípica, sem tirar o mérito do Pachuca, que, insisto, foi superior do começo ao fim contra o Botafogo."

A Comparação com Outros Clubes

A eliminação do Botafogo também serviu como ponto de partida para comparações com outros clubes brasileiros que já passaram por situações semelhantes em Mundiais de Clubes. O Palmeiras, por exemplo, foi eliminado pelo Tigres em 2020, e o Flamengo também já enfrentou dificuldades em competições internacionais.

Essas comparações levaram à discussão sobre a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre o futebol brasileiro e sobre as medidas que precisam ser tomadas para que os clubes nacionais sejam mais competitivos no cenário internacional.

A Necessidade de Mudanças

A eliminação do Botafogo pode ser um ponto de inflexão para o futebol brasileiro. A discussão sobre o calendário, a preparação das equipes e a competitividade dos clubes nacionais precisa ser levada a sério. É preciso encontrar soluções para que os clubes brasileiros possam ter mais sucesso em competições internacionais e fazer jus ao potencial do futebol brasileiro.

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Por Thiago Guedes

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Sou Thiago Guedes, Jornalista e Publicitário. Fiz da internet o meu país e nas minhas redes sociais não coloco ninguém em vacilo. Aqui no portal, servimos bem para servirmos sempre! Você confere todas as noticias do Botafogo, os jogos do Botafogo hoje, horário do jogo do Botafogo, classificação e tabela completa atualizada e muito mais!

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