No último domingo, o Botafogo enfrentou o Cruzeiro no Mineirão pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2024. Apesar da derrota por 3 a 2, o técnico Artur Jorge destacou não apenas os desafios enfrentados, mas também a tenacidade de sua equipe. Uma das principais dificuldades foi a expulsão do zagueiro argentino Alexander Barboza, que prejudicou a estratégia alvinegra ainda no segundo tempo.
Expulsão Controversa e Repercussões
A expulsão de Barboza, após uma revisão pelo VAR por uma entrada forte em Matheus Pereira, foi um ponto crítico no jogo. Artur Jorge comentou que essa situação será discutida internamente, ressaltando a importância de aceitar a decisão arbitral, embora com reservas quanto à sua clareza.
Entre essas contrariedades, foi quando ficamos com menos um. Esse é um assunto que debateremos internamente, da forma que eu entendo que deve ser debatido. Perdemos um jogador que acaba por ser penalizado pelo árbitro, e não compete a mim julgar se bem ou mal, porque não tenho ainda toda a certeza, mas tenho que concordar com a decisão porque eles (árbitros) estão lá para decidir e decidir bem.
Condições Físicas: O Grande Obstáculo para o Botafogo
Artur Jorge expressou preocupações com o estado físico da equipe, que não está no nível desejado para executar o modelo de jogo pretendido. Este problema foi exacerbado pela recente partida na altitude de Quito contra a LDU, pela Libertadores, que deixou marcas no preparo físico dos jogadores.
Em relação a o que queremos em termos de dinâmica e intensidade, ainda temos uma equipe com níveis físicos ainda abaixo do que desejamos. Estamos correndo contra o tempo, temos pouco tempo para treinar, jogo de três em três dias… Temos que nos adaptar e ultrapassar essa condicionante. Hoje tivemos algumas amostras de um Botafogo forte, intenso, dinâmico. Precisamos de algum tempo e é isso que iremos com toda certeza dentro desses dias perspectivar para sermos melhores já no próximo jogo, sustentado em vitórias que é o que precisamos (...) Vamos para o próximo jogo com a mesma motivação que hoje apresentamos aqui. Não podemos viver de euforia e depressão. Quem joga de três em três dias, ou de quatro em quatro, tem que ter o equilíbrio emocional para fazermos um caminho de forma consistente. Vamos procurar preparar a equipe, recuperar, tivemos alguns jogadores… O Marçal jogou 45 minutos e não conseguiu jogar mais, temos alguns jogadores que estão acusando aquilo que entendo ser um déficit de condição física.
A Recuperação é a Chave para os Próximos Jogos
O técnico salientou a necessidade urgente de recuperação e adaptação, dada a frequência dos jogos. Marçal, substituído por cansaço, simboliza os desafios físicos que o time enfrenta. A preparação para as próximas partidas em casa será crucial, especialmente com os desfalques e a necessidade de melhoria física.
Temos que tirar de positivo o que fizemos, foi uma exibição onde os jogadores tiveram uma tremenda disponibilidade, vontade de fazer as coisas bem feitas, se entregaram num jogo que teve para nós muitas contrariedades e, quando é assim, é sempre mais difícil, porque o contexto não foi em nenhum momento muito favorável (...) Abrimos o marcador, depois perdemos muito cedo o Marlon (Freitas), iniciamos o segundo tempo com duas oportunidades muito claras para fazer o gol, uma delas sem goleiro, e depois numa situação acabamos por ficar com dez… Portanto, foram muitas contrariedades que essa equipe teve que lutar, lutou até o fim. É isso que tiro desse momento, foi a entrega do time, de acreditar até o fim.
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Por Thiago Guedes
