Por Thiago Guedes
O Botafogo, que por muito tempo reinou no topo do Campeonato Brasileiro, enfrenta uma crise preocupante, e grande parte disso está relacionada ao desempenho inconsistente durante o segundo tempo das partidas. Desde a ascensão de Lúcio Flávio ao comando técnico, a equipe perdeu nove preciosos pontos na etapa complementar, uma estatística que se tornou um fator decisivo em sua recente queda na classificação.
Lúcio Flávio assumiu a liderança da equipe paranaense em 8 de outubro, justo antes do clássico contra o Fluminense. No entanto, sua passagem registrou duas vitórias, dois empates e quatro derrotas em oito jogos, marcando uma gestão instável que afetou significativamente o desempenho geral do Botafogo.
Botafogo e seu péssimo segundo tempo dos jogos
A análise detalhada revela que, dos 16 pontos perdidos pela equipe durante esse período, nove foram derramados devido às atuações abaixo da média no segundo tempo. Viradas surpreendentes contra Palmeiras e Grêmio, além de resultados decepcionantes contra Cuiabá e Bragantino, destacam a vulnerabilidade do time após o intervalo.
A liderança do Botafogo, que persistiu por 30 rodadas, foi interrompida no último domingo, quando o empate com o Bragantino coincidiu com a vitória do Palmeiras sobre o Internacional. Apesar disso, o Alvinegro ainda mantém o destino em suas próprias mãos, com a oportunidade de recuperar a liderança, especialmente considerando um jogo a menos e uma partida crucial contra o Fortaleza no horizonte.
A vertiginosa queda na classificação do Botafogo na Série A do Campeonato Brasileiro pode ser diretamente atribuída à falta de atenção e ao desempenho abaixo do esperado no segundo tempo das partidas. Nos últimos 12 jogos da competição, a equipe marcou gols em apenas três ocasiões, resultando em uma única vitória contra o América, um empate com o Goiás e uma derrota para o Grêmio.
As recentes derrotas estão intrinsecamente ligadas às atuações vexatórias na etapa complementar dos jogos. Contra o Grêmio, a equipe desperdiçou uma vantagem de 3 a 1 nos minutos iniciais do segundo tempo, sofrendo uma virada para 4 a 3. As dificuldades em marcar no segundo tempo agravaram a sequência de derrotas, como evidenciado contra Palmeiras, Cuiabá, Vasco, Athletico, Flamengo, Corinthians e Atlético.
O mais recente tropeço ocorreu diante do Red Bull Bragantino, quando, após liderar no intervalo por 2 a 1, o Botafogo recuou e permitiu o empate nos acréscimos do segundo tempo, resultando na perda da liderança após 31 rodadas.
À medida que o Botafogo se prepara para enfrentar o Fortaleza, a análise das fragilidades na segunda etapa torna-se essencial. A chegada do novo treinador, Tiago Nunes, adiciona uma camada de expectativa e renovação à equipe. O confronto marcado para o dia 23 de novembro no Castelão promete ser um teste crucial para a capacidade do Botafogo de recuperar sua posição no topo da tabela.
Por Thiago Guedes
