Por Thiago Guedes
O Botafogo tem enfrentado dificuldades no Campeonato Carioca de 2025. Sob o comando do técnico Carlos Leiria, o time alternativo acumula três derrotas e apenas uma vitória até o momento. A derrota por 2 a 1 para o Volta Redonda no Estádio Nilton Santos, no dia 22 de janeiro, deixou claro que a equipe ainda precisa de ajustes. Em entrevista após o jogo, Leiria explicou o que está faltando para o time se acertar, mas descartou mudanças drásticas no planejamento. O clima de incerteza em relação ao comando do time para a final da Supercopa do Brasil também segue no ar.
Carlos Leiria: O Desafio à Frente
Carlos Leiria, técnico do time alternativo do Botafogo, se mostrou um profissional comprometido, destacando sua competitividade. Apesar dos maus resultados, ele se mantém confiante em seu trabalho e não acredita que a mudança para a escalação principal do time deva ser antecipada. Para ele, o momento exige paciência e foco no processo, e não uma mudança abrupta de estratégia.
Isso não passa, nesse momento, pela nossa cabeça, de mudar nada do que está sendo planejado. O que passa, sim, é uma cobrança interna para que consigamos ter um melhor desempenho e que esse desempenho possa nos levar a resultados positivos dentro da competição
Após a derrota para o Volta Redonda, o treinador falou sobre os pontos que a equipe precisa melhorar. Entre eles, o mais citado foi o entrosamento do time, que ainda não se encaixou como esperado. Leiria ressaltou que o futebol é dinâmico e que os erros cometidos nas partidas podem ser corrigidos com mais tempo de treinamento.
Tínhamos o objetivo muito claro hoje de vencer o jogo. Trabalhamos com uma proposta e uma ideia de equipe para que isso se tornasse possível dentro do jogo. E isso obviamente nos colocaria muito próximos, ou talvez até dentro do G4. Então, somos cientes de que ainda precisamos evoluir mais aspectos dentro do jogo. Precisamos ser mais contundentes nas nossas definições, nas nossas ações, tanto ofensivas quanto defensivas. Agora é buscar maneiras e aspectos estratégicos que nos favoreçam para que a gente possa vencer a próxima partida.
Sem Resposta Sobre a Final da Supercopa
A grande dúvida no Botafogo, agora, é quem comandará a equipe na importante final da Supercopa do Brasil, no dia 2 de fevereiro, contra o Flamengo. O técnico Carlos Leiria foi questionado sobre a possibilidade de estar à frente do time principal para essa partida decisiva, mas preferiu se esquivar da resposta.
O Botafogo hoje é composto de profissionais extremamente competentes e que certamente estão atentos ao mercado, sabem o que estão fazendo, sabem o caminho e o rumo que eles querem para o clube. Acredito que já fizeram muito bem na última temporada e não tenho nenhuma dúvida de que farão isso novamente. A minha função aqui é conseguir trabalhar e fazer o melhor pela instituição, pela equipe, e tenho me doado ao máximo para isso, para que a gente possa realmente entregar o melhor trabalho. Me incomodo um pouco quando os resultados positivos não vêm, principalmente quando a gente tem um volume de oportunidades interessante como nós tivemos hoje.
Acredito muito em essência. Essência é uma coisa que nós profissionais que trabalhamos, seja no futebol ou em qualquer área, não podemos deixar de ter. Seja, por exemplo, com essa equipe que jogou hoje ou seja a beira do campo ou seja com a equipe principal. Então vejo muito como essência. Sou um profissional, um treinador muito competitivo. Então cobro muitos dos nossos jogadores no dia a dia de treino. Procuro orientá-los à medida do possível. Muitas vezes devido ao próprio barulho da torcida, enfim, acaba sendo mais distante a comunicação no jogo. Às vezes a gente tem que passar a comunicação para um jogador que está mais próximo, para que ela chegue. Mas esse sim é o meu perfil, de estar ali, de estar contribuindo, de estar apoiando o jogador, de estar orientando o jogador, de estar cobrando também. Essa é um pouco da minha característica. De ser realmente um cara competitivo, um cara que gosta de vencer e que busca a todo momento a vitória.
Enquanto isso, o Botafogo segue com um time alternativo e uma campanha irregular no Campeonato Carioca. O trabalho de Leiria, embora com resultados insatisfatórios até agora, é visto como parte de um processo de reconstrução do clube.
Por Thiago Guedes
