Por Thiago Guedes
No Campeonato Brasileiro de 2024, o Botafogo tem se destacado não apenas pela sua liderança isolada, mas também pela impressionante capacidade física de seus jogadores e a astuta gestão do técnico Artur Jorge. As análises de comentaristas e jornalistas trazem à tona um debate enriquecedor sobre a performance e os desafios do time alvinegro.
A Capacidade Física do Botafogo e a Liderança de Artur Jorge
O Botafogo atingiu a marca de cinco vitórias consecutivas ao vencer o Internacional por 1 a 0 no Estádio Nilton Santos. Este feito não passou despercebido pelo comentarista Zé Elias, da ESPN, que destacou a robustez física dos atletas alvinegros.
Zé Elias destaca o preparo físico do Botafogo
“O que chama a atenção é a parte física desses jogadores, como eles são fortes fisicamente, conseguem uma intensidade muito grande. O Tite sempre fala que o coletivo potencializa o individual, e é isso. E tem a maturidade desse time em relação a posicionamento, entendimento de jogo,” disse Zé Elias no programa "Sportscenter".
Estratégia e eficiência na gestão de Artur Jorge
Artur Jorge, por sua vez, tem sido eficaz ao rodar o elenco, promovendo alterações estratégicas que não comprometem o desempenho da equipe. Um exemplo foi a reintegração de Cuiabano na lateral-esquerda e a estreia de Igor Jesus como titular, mantendo o nível de intensidade.
“O Artur Jorge colocou dois volantes que poderiam jogar em qualquer time do futebol brasileiro. O Danilo é mais marcador, mas com força de chegada para finalizar, muito bom na bola aérea. O Tchê Tchê é um cara que organiza, mais técnico, joga mais. Ele substitui no fim do segundo tempo, coloca Gregore e Marlon Freitas, o Internacional tenta pressionar, mas os dois volantes pressionam. Ele tira o melhor dos jogadores,” frisou Zé Elias.
Desafios e Críticas ao Desempenho nos Finais de Jogos
Renata Mendonça alerta para a queda de desempenho
Embora o Botafogo tenha mostrado um desempenho notável, a comentarista Renata Mendonça, do SporTV, destacou um ponto de melhoria crucial: a queda de rendimento nos finais das partidas.
“Se tem uma coisa que o Artur Jorge precisa corrigir é essa queda de desempenho quando o Botafogo está à frente do placar. É claro que é normal haver um relaxamento. O Botafogo se caracterizou por ser um time muito intenso, que pressiona alto, quando perde a bola reage muito rápido, é um time ligado 100% o tempo inteiro, então é natural depois de sair na frente dosar a energia, mas em alguns jogos o Botafogo tem feito isso por muito tempo. Aconteceu contra Vasco, Cuiabá e hoje (Inter),” avaliou Renata.
Rodrigo Coutinho observa mudança de estilo
Rodrigo Coutinho acrescentou uma análise sobre a mudança de estilo do Botafogo nas últimas semanas, observando uma transição para um jogo mais vertical e menos focado na posse de bola prolongada.
“No começo do Artur Jorge, o Botafogo era uma equipe que ficava mais tempo com a bola, tinha posses mais longas até finalizar. De algumas semanas para cá, é um time mais vertical, até mais parecido ao do ano passado, que joga mais em transições ou tenta provocar espaços nas costas do adversário para jogar com passe longo. Acho que tem faltado ao Botafogo mesclar o estilo dentro de cada partida nos últimos jogos. O time perde o controle do jogo, flertou com o empate, e olha que o Inter nem fez tanta coisa assim. É uma questão que o Botafogo precisa prestar mais atenção,” disse Coutinho.
Polêmicas de Arbitragem e as Denúncias de John Textor
Jaeci Carvalho critica a arbitragem e apoia denúncias de Textor
O Campeonato Brasileiro 2024 também tem sido marcado por polêmicas de arbitragem. O colunista Jaeci Carvalho, do “Estado de Minas,” fez duras críticas à arbitragem, especialmente em lances favorecendo Flamengo e Palmeiras, e apoiou as denúncias de John Textor, CEO do Botafogo, contra a arbitragem brasileira.
“Se querem dar a taça para Flamengo e Palmeiras, que o façam logo, pois o torcedor não é palhaço. Peço apenas cuidado com o Botafogo, que faz campanha brilhante, lidera a competição e sem nenhum auxílio dos árbitros. Pelo jeito, o dono da SAF, John Textor, tem razão em suas denúncias contra a arbitragem brasileira e a CBF. São erros crassos, inadmissíveis, pois não podemos dizer que são erros venais, já que não temos como provar. Mas que tudo isso é muito suspeito, ah isso é,” afirmou.
Por Thiago Guedes
