Técnico ouve gritos de “burro” no Nilton Santos, defende suas decisões e critica antijogo do São Paulo em partida movimentada pelo Brasileirão

A noite da quarta-feira (16) foi agitada no Estádio Nilton Santos. Botafogo e São Paulo protagonizaram um jogo cheio de emoção, gols e... polêmica. O placar de 2 a 2 acabou ficando em segundo plano após as reações da torcida alvinegra. O técnico Renato Paiva foi chamado de "burro" por boa parte dos botafoguenses após algumas substituições feitas durante a partida.

Mesmo com o time apresentando evolução ofensiva, a insatisfação tomou conta das arquibancadas. Em entrevista após o jogo, Paiva explicou suas decisões, comentou o antijogo do São Paulo e criticou a arbitragem. Neste artigo, vamos detalhar o que aconteceu no jogo, as reações da torcida, as declarações do treinador e o que isso pode significar para o futuro do Botafogo.

O Jogo: Empate com gosto amargo para o Botafogo

Placar final: 2 a 2

O jogo foi válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro 2025. Botafogo e São Paulo fizeram uma partida equilibrada, mas com momentos de tensão. O time carioca criou muitas chances e mostrou evolução ofensiva, mas esbarrou na boa atuação do goleiro são-paulino.

O Botafogo saiu atrás no placar, virou o jogo e depois sofreu o empate. A torcida queria a vitória e sentiu que o time poderia ter feito mais — principalmente após algumas substituições que não agradaram.

Torcida se revolta com Renato Paiva

Gritos de “burro” no Nilton Santos

Os gritos começaram quando Renato Paiva tirou Gregore, volante com bom desempenho, para colocar Patrick de Paula. A mudança, apesar de trazer mais ofensividade, não foi bem recebida pelos torcedores.

Mais tarde, a troca de Matheus Martins por Mastriani aumentou ainda mais a insatisfação. A torcida reagiu com vaias e xingamentos, refletindo a frustração com o resultado e com o desempenho do time em momentos-chave da partida.

Resposta de Renato Paiva: “A torcida é soberana”

Técnico explicou as substituições

Após o jogo, Renato Paiva falou com a imprensa e comentou sobre os protestos. Segundo ele, as mudanças foram feitas com base na leitura do jogo e no desgaste físico dos jogadores.

“A torcida tem o direito de se manifestar. Mas a verdade é que, na minha visão, o time melhorou com as substituições. Criamos mais, fomos mais verticais”, afirmou.

Ele também explicou que algumas trocas foram motivadas pelo cansaço de atletas que vêm atuando com frequência. Para Paiva, mesmo que o nome esteja em campo, o rendimento pode cair por conta do desgaste.

Críticas ao antijogo e à arbitragem

“O São Paulo parou o jogo e o árbitro deixou”

Além da reação da torcida, Renato Paiva também comentou o comportamento do São Paulo. O técnico criticou o que chamou de “excesso de cera” e disse que a arbitragem foi conivente.

“Só uma equipe queria jogar. Se queremos um futebol brasileiro melhor, isso precisa mudar”, disparou.

Paiva defendeu que o árbitro deveria ter dado mais acréscimos, sugerindo que sete minutos foram poucos para compensar as paralisações.

Lamentação pela lesão de Calleri

Durante o primeiro tempo, o atacante Jonathan Calleri, do São Paulo, saiu de campo com suspeita de lesão no joelho. Renato Paiva mostrou empatia:

“Deixo um abraço e desejo uma recuperação rápida. Não queremos ver lesões graves em nenhum jogador.”

Botafogo mostra evolução ofensiva

Apesar das críticas, o treinador destacou um ponto positivo: o time criou mais chances. Em jogos anteriores, o Botafogo teve dificuldades para gerar jogadas de perigo. Contra o São Paulo, isso mudou.

🔎 Análise do técnico:

  • Volume de jogo: Melhorou.
  • Finalizações: Suficientes para vencer.
  • Goleiro adversário: Um dos destaques da partida.

Mesmo com essa melhora, o Botafogo ainda sofre com a falta de eficácia nas finalizações. O treinador ressaltou que é preciso continuar trabalhando para converter as chances em gols.

Gols sofridos e falhas defensivas

O treinador também comentou os dois gols sofridos:

  1. Primeiro gol do São Paulo: Uma jogada individual do Ferreirinha, que já era conhecida pela comissão técnica.
  2. Segundo gol: Erro coletivo na saída de bola, que custou caro ao time.

Essas falhas mostram que o time ainda precisa de ajustes, especialmente na defesa.

O que vem por aí?

Com duas vitórias, dois empates e duas derrotas até aqui, Renato Paiva ainda busca encontrar o equilíbrio do time. A pressão da torcida aumenta, mas o técnico garante que está confiante no trabalho.

O calendário continua apertado, com o famoso “calendário textoriano”, e o desgaste físico dos atletas é uma realidade. As próximas rodadas serão decisivas para o treinador conquistar a confiança da torcida e consolidar sua filosofia no clube.

Concorda com as substituições de Renato Paiva? Acha que a torcida exagerou nas críticas?

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