O mundo do futebol brasileiro foi abalado por uma declaração controversa do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme. Durante uma entrevista, Seneme admitiu que o árbitro de campo não precisa ter acesso a todas as imagens do VAR para tomar decisões. Essa revelação gerou uma onda de indignação, especialmente por parte do jornalista Fábio Sormani, do Grupo Disney, nos canais ESPN.

A Revolta de Sormani por declarações de Seneme

Em uma postagem no X, Sormani expressou sua incredulidade e frustração com a declaração de Seneme:

“INACREDITÁVEL!!! Você sabia disso? Nem eu. Esse depoimento do Seneme fortalece o Textor: o VAR no Brasil não é confiável porque quem tem que decidir (o árbitro) não recebe todos os elementos para ele julgar um lance. Repito: INACREDITÁVEL!!!!”

Para Sormani, é inadmissível que o árbitro de campo não tenha acesso a todas as câmeras disponíveis no ataque em análise. Ele destacou que, enquanto o VAR tem acesso a todas as imagens, o árbitro de campo é limitado a apenas três câmeras.

A Reação de John Textor e Carlos Portinho

A declaração de Seneme também repercutiu fortemente entre outras figuras importantes do futebol brasileiro. John Textor, acionista da SAF do Botafogo, e o senador Carlos Portinho foram rápidos em se manifestar. Textor apontou manipulação de imagens do VAR no lance da revisão da expulsão de Adryelson em Botafogo 3x4 Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro de 2023.

Carlos Portinho, por sua vez, declarou que pedirá uma investigação na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. A omissão de certos ângulos das câmeras foi uma das principais causas da revolta.

A Defesa de Eric Faria

O comentarista Eric Faria, em uma abordagem contrária, considerou “o fim do mundo” associar o protocolo do VAR, que permite ao árbitro de vídeo escolher quais imagens mostrar ao juiz de campo, à manipulação de resultados. Durante o programa “Seleção SporTV”, Faria argumentou:

“Associar isso à possível manipulação para mim é algo inacreditável. O desconhecimento, aí cada um conhece, eu também não conheço muita coisa… Mas você associar um protocolo que o mundo inteiro usa à manipulação é o fim do mundo.”

Faria lamentou o clima de desconfiança que se instaurou sobre os atores do futebol, ressaltando que isso não começou com John Textor ou com a CPI. Ele criticou a constante suspeita sobre o futebol, afirmando que colocar em dúvida a honestidade e integridade das pessoas envolvidas no esporte é prejudicial.

Consequências e Reflexões

A polêmica levantada por Seneme, a revolta de Sormani e as reações subsequentes de Textor, Portinho e Faria destacam uma questão fundamental: a transparência e a confiabilidade do VAR no futebol brasileiro. A divergência de opiniões mostra a complexidade do tema e a necessidade de um debate mais aprofundado sobre os procedimentos e protocolos utilizados.

A discussão sobre a manipulação e a integridade do futebol não é nova, mas as recentes revelações e acusações têm o potencial de causar um impacto duradouro no esporte. A confiança dos torcedores, jogadores e clubes está em jogo, e as decisões tomadas pelas autoridades responsáveis terão consequências significativas para o futuro do futebol brasileiro.

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