Investidor e dono do Botafogo diminuiu vindas ao Rio; qual o motivo?

John Textor sumiu. Essa é a afirmação do torcedor botafoguense após a derrota do clube para a Portuguesa, que resultou na eliminação precoce do alvinegro no Campeonato Carioca. O torcedor tem perdido um pouco a paciência com a gestão do empresário John Textor, o que resultou em pichações feitas no muro de General Severiano na última quinta-feira (09).

Mas e o "sumiço" do americano, tem explicações? Vamos aos pontos.

John Textor sumiu

Se o sumiço se refere aos poucas vindas do investidor ao Rio, podemos dizer em números que sim, ele deu uma sumida. No ano passado, quando o Botafogo se transformou em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o americano morador da Flórida fez do Rio de Janeiro o seu destino preferido, vindo pelo menos sete vezes pra cá durante todo 2022, uma média de uma vinda a cada 50 dias.

2023 chegou e, após 69 dias passados deste ano (hoje estamos em 10 de março), John Textor veio apenas uma vez ao Rio. O objetivo da viagem da viagem foi tentar a contratação de João Gomes, que estava de saída do Flamengo. Mas a negociação não tinha ligação com o Botafogo e sim para o Lyon, clube que pertence ao portfólio da "Eagle Holding", empresa do americano, que também conta com o Crystal Palace, da Inglaterra.

Em relação ao ano passado, sim houve uma diferença na relação. Tudo bem que suas vindas em 2022 eram mais do que necessárias, visto que precisou pessoalmente resolver todo o processo de compra do Botafogo, resolver burocracias finais,  viabilizar seus primeiros aportes financeiros no clube, assistir alguns jogos... hoje, talvez, isso não seja mais tão necessário. 

Mas a era "falastrão", como a torcida costuma se referir, também diminuiu. Textor falava que nessa nova era o Botafogo iria "atropelar o rival" Flamengo, logo após o Glorioso perder para eles. Nos importantes jogos do alvinegro, o americano apareceu tremulando uma bandeira no gramado do Nilton Santos e chorou bastante.

Textor também vinha olhar de perto a base, indo assistir partidas do sub-20 pelo Brasileirão da categoria dentro da Gávea. Recebeu também, junto do goleiro paraguaio Gatito Fernández e do zagueiro argentino Joel Carli, Textor, o título de cidadão honorário da cidade do Rio de Janeiro em cerimônia na Câmara dos Vereadores.

Mas tudo isso parece ter ficado no passado. Além de diminuir sua frequência de vindas ao Brasil, John Textor se calou. Ele chegou até mesmo a desativar a sua conta no Twitter onde era muito presente com suas opiniões e interação com a torcida. Segundo o americano, a decisão não tem ligação alguma com as cobranças pelos maus resultados ou ainda por ouvir "piadas" sobre a venda de Jeffinho para o Lyon, ou até mesmo agora com as críticas ao trabalho do técnico Luis Castro. Textor apenas preferiu se ausentar do ambiente virtual, que as vezes realmente é um pouco tóxico.

"A razão principal é que o Twitter não funciona para mim, honestamente. Porque é muito raro que os quatro clubes (Botafogo, Crystal Palace, Molenbeek e Lyon, nos quais investiu) vençam no mesmo dia, e quase nunca é uma boa ideia comemorar algo no Twitter. Um grupo está a sentir-se ótimo, enquanto outro está mal. Isso é futebol. Então, ultimamente fez mais sentido simplesmente não comentar mais. Logo, o Twitter parou de funcionar para mim. Já estava a pensar deixar o Twitter há meses. Nas semanas recentes essa ideia voltou. Eu adoro comunicar com os adeptos e tenho boas ideias para fazer isso de forma mais útil", disse ele na ocasião.

Se afastar das redes sociais e segurar mais um pouco a euforia e as palavras pode ser um ponto positivo do "sumiço" de John Textor, mas a comunicação do Botafogo com o seu torcedor precisa melhorar e muito. Afinal, esse silêncio e falta de respostas não faz bem pra nenhum dos lados.

John Textor quer levantar capital para a Eagle Football

John Textor está atrás de investidores para seu conjunto de clubes, o Eagle Football. É o que afirma o site "Bloomberg", especializado em negócios e finanças, que diz que oi norte-americano quer levantar capital para aplicar no grupo que conta com o Botafogo, Lyon, RWD Molenbeek e Crystal Palace.

Textor estaria trabalhando com um consultor para identificar novos patrocinadores para o seu grupo. Segundo publicação, ele voltou a conversar com investidores que avaliaram participar do negócio com o clube francês, mas preferiram não entrar no acordo.

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