Julio Casares defende os jogadores do São Paulo em depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, em Brasília
O presidente do São Paulo, Julio Casares, participou como testemunha na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, nesta quarta-feira, em Brasília. Em meio a acusações de manipulação de resultados feitas por John Textor, Casares defendeu fervorosamente seus jogadores, mas também fez críticas ao proprietário da SAF do Botafogo.
A Defesa dos Jogadores
Durante seu depoimento, Casares foi questionado pelo presidente da CPI, senador Jorge Kajuru, sobre as medidas tomadas contra as alegações de John Textor. Os senadores exibiram os gols da goleada de 5 a 0 do Palmeiras sobre o São Paulo, que está sob suspeita de manipulação.
Resposta a John Textor
Casares defendeu a postura de seus atletas e destacou a falta de provas apresentadas por Textor:
- "Essas imagens me machucam, 5 a 0, eu estava no estádio. Vínhamos de uma conquista histórica (Copa do Brasil), e sabemos que depois de uma grande conquista há um relaxamento. Eu vi os próprios atletas no vestiário em estado de inconformismo, um brigando com o outro…", afirmou.
O presidente do São Paulo deixou claro que pediu provas a Textor, e que a única medida jurídica foi interpelar o empresário para que ele se retratasse caso não apresentasse evidências concretas.
Comentários Sobre a Partida
Casares também fez questão de destacar a natureza normal dos gols sofridos pelo São Paulo:
- "Eu vendo os lances aqui… Primeiro, vamos fazer algumas colocações. Campo sintético, precisa ter uma padronização. Vejo (os gols) como total normalidade. O anormal é perder de cinco, o que nos deixou nervoso. Foi um dia muito feliz do Palmeiras. O São Paulo vinha de uma conquista, etc…", comentou.
Casares não poupou críticas a Textor, chamando-o de irresponsável por fazer alegações sem provas e comparou a situação com um hipotético gestor brasileiro nos Estados Unidos.
- "Imagine um gestor brasileiro que estivesse trabalhando nos Estados Unidos, contratasse uma Good Games lá e fizesse uma afirmação dessa num time da NFL… Como esse brasileiro seria tratado?", questionou.
O presidente do São Paulo reforçou a defesa dos jogadores, especialmente do goleiro Rafael, que foi alvo das acusações:
- "O Rafael é um goleiro de Seleção Brasileira, a bola passou longe dele, afirmar tal coisa de um profissional como ele é no mínimo irresponsável."
Esperança por Contribuição Positiva
Apesar das críticas, Casares mostrou respeito por John Textor e expressou esperança de que ele possa contribuir positivamente para o futebol brasileiro:
- "Eu espero que ele possa contribuir, não quero dizer que não tem nada errado, mas ele jogou uma bomba de canhão e pode pegar uma coisa ou outra que talvez não seja objeto da denúncia dele, talvez do ambiente."
Encerramento do Depoimento
No final do depoimento, Casares destacou que qualquer denúncia deve ser investigada adequadamente:
- "Toda denúncia deve ter o curso da apuração, e é isso que está sendo feito aqui. Se for uma bravata, jogar para a torcida, justificar a perda do campeonato, ele escolheu a porta errada."
Relator não vê indícios de manipulação nos gols
O relator da CPI, Romário, assistiu aos gols da partida e não identificou nada de anormal, corroborando a defesa de Casares:
- "Não identifiquei nada de estranho nesses gols. São erros que acontecem todos os dias em todos os jogos."
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